Em artigo, Luciano Huck confirma que não será candidato à Presidência da República, em 2018

Huck ressaltou que sua reação natural ao ver seu nome apontado, sem tê-lo oferecido, foi “tentar entender melhor do que se tratava”. (Foto: Reprodução)

Nesta segunda-feira (27) um artigo publicano na “Folha de S. Paulo” confirmou que o apresentador Luciano Huck não será candidato à Presidência da República, em 2018. O apresentador revelou que familiares e amigos impediram que o “deixasse levar pelos sons dos chamados quase irresistíveis”.

“Quem se interessa pelo que sou e faço pode acreditar: vou atuar cada vez mais, sempre de acordo com minhas crenças, em especial com a fé enorme que tenho neste país. Contem comigo. Mas não como candidato a presidente”, escreveu o apresentador, que prometeu ir “além da voz amplificada pela televisão, do eco das redes sociais e do instituto que criou para ajudar e agregar ao país. “E, para isso, não são necessários partidos, cargos, nem eleições”.

Huck reforçou a visão de que é fundamental “sair da proteção e do conforto das selfies no Instagram para somar forças na necessária renovação política brasileira”, o que está bem distante, segundo ele, de postular uma candidatura a presidente.

“O momento de total frustração com a classe política e com as opções que se apresentam no panorama sucessório levou o meu nome a um lugar central na discussão sobre a cadeira mais importante na condução do país (…) Mas tenho hoje uma convicção ainda mais vívida e forte de que serei muito mais útil e potente para ajudar meu país e o nosso povo a se mover para um lugar mais digno, ocupando outras posições no front nacional”, elaborou Huck.

No texto, ele cita “A Odisseia”, de Ulisses, para explicar que esteve “tentando escapar da sedução das sereias, cantando a pulmões plenos e por todos os lados”, inclusive dentro de si, nos últimos meses. Huck também refletiu sobre como seu nome surgiu no radar dos possíveis candidatos e atribuiu as especulações à sua exposição pública, seu jeito, suas características, sua personalidade e sua forma de ver o mundo. Entre “centenas de defeitos”, ele destacou ter genuína e enorme paixão e curiosidade pelo outro.

“E a sensação de “intimidade” que meus mais de 20 anos de televisão provocam nas pessoas possibilita conversas instantaneamente francas e verdadeiras (…) E foi essa permanente “bateção de perna”, sempre ” in loco”, que me tirou definitivamente da zona de conforto e me fez ver: O Brasil está sofrendo demais — especialmente os mais pobres, mas não apenas eles— para ficarmos passivos e reféns deste sistema político velho e corrupto”, destacou no texto.

Huck ressaltou que sua reação natural ao ver seu nome apontado, sem tê-lo oferecido, foi “tentar entender melhor do que se tratava”. Ele voltou a frisar que sua geração hoje trabalha e inova “com vigor em muitas frentes”. “Mas, pela política, tem feito pouco”, reconheceu.

Com informações de O Globo

Queda de Dória em pesquisa, cresce o foco do DEM em Luciano Huck

A avaliação de um integrante da cúpula do DEM é que se João Doria iniciar uma tendência de queda irreversível nas pesquisas “nem ele será candidato se tiver juízo”. (Foto: Reprodução)

Desde que a última pesquisa Datafolha mostrou estagnação de João Doria na corrida presidencial, o discurso do DEM sobre eventual candidatura do prefeito mudou. Demistas dizem que não vão entrar num “projeto kamicaze” de comprar briga com o PSDB e com Geraldo Alckmin para lançar o prefeito ao Planalto. O foco do DEM se voltou para Luciano Huck, com quem a sigla mantém encontros frequentes.

O partido, contudo pode também não lançar candidato e apoiar Alckmin, sobretudo se o secretário Rodrigo Garcia for escolhido pelo tucano para ser candidato ao governo de São Paulo.

Antes do último levantamento Datafolha, o DEM se reuniu diversas vezes com Doria e sinalizou portas abertas. Hoje, o entendimento é que, se continuar derretendo nas pesquisas, o próprio prefeito desistirá da campanha. Apesar da desconfiança, a avaliação geral entre os demistas é que não se deve negar abrigo ao prefeito da maior cidade do país, embora a candidatura não seja certa.

Com informações do Estadão