Lei sancionada em fevereiro prevê vacinação obrigatória contra a covid-19

Nos últimos dias o debate sobre a vacina da covid-19 ganhou destaque na imprensa nacional. Diante das batalhas políticas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinou que sejam enviadas para análise do plenário da Corte três ações sobre obrigatoriedade de vacinação, ajuizadas por partidos políticos.

Mas enquanto o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) afirma que ninguém será obrigatório a se vacinar, desde o primeiro semestre está em vigência uma lei que diz exatamente o contrário. No dia 7 de fevereiro o Diário Oficial da União publicou a Lei n° 13.979/2020, assinada por Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta (ministro da Saúde em exercício) e Sergio Moro (ministro de Justiça e Segurança Pública em exercício).

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Ministério da Saúde inicia a distribuição de 500 mil testes rápidos para todo Brasil

Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (Foto: Divulgação)

O Ministério da Saúde iniciou nesta quarta-feira (01) a distribuição de 500 mil testes rápidos para todo o país para agilizar a identificação de pessoas contaminadas pelo o coronavírus. Esse é o primeiro lote de um total de cinco milhões adquiridos pelo Ministério.

A Força Aérea Brasileira (FAB) vai auxiliar na destinação dos testes. Segundo o Ministério da Saúde, deste primeiro lote, pouco mais de 120 mil vão para a região Nordeste, 204 mil para o Sudeste, quase 72 mil para o Sul, 35 mil e 500 para o Centro-Oeste, quase 37 mil para a região Norte.

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Brasil pode perder certificado de erradicação do sarampo

Uma conquista obtida pelo Brasil há três anos pode ser retirada por problemas na cobertura vacinal. Com surto de sarampo no Amazonas, Roraima e Pará, o país se encaminha para perder o certificado de erradicação da doença. A informação foi confirmada pelo próprio ministro da Saúde.

O certificado de erradicação é retirado quando se registra a transmissão da doença durante um ano. Segundo Luiz Henrique Mandetta em 2019 há riscos na Bahia, o que pode agravar ainda mais a situação. Dados preliminares do ministério indicam que metade das cidades não atingiu a meta de cobertura vacinal, igual ou superior a 95%.

A data-limite é a próxima segunda-feira, dia 18/02. No Pará, por exemplo, 83,3% dos municípios não atingiram a meta de vacinação, em Roraima o número é de 73,3% e no Amazonas, 50%. De acordo com Mendetta, a baixa cobertura vacinal não se resume ao sarampo, compreendendo também difteria e pólio. Com informações de O Estado de São Paulo.

Para novo ministro da Saúde, prevenção a doenças sexualmente transmissíveis deve ser feita sem “invadir” lares

(Foto: Reprodução/Facebook)

Futuro ministro da Saúde na gestão de Jair Bolsonaro (PSL), o médico e deputado federal Luiz Henrique Mandetta afirma que o governo precisa voltar a estimular políticas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo Mandetta afirmou que é dever do Estado tomar cuidado para não ofender as famílias. “Vamos ter que ver a maneira como isso se dá sem ofender as famílias, sem ofender aqueles que entendem que isso possa ser uma invasão do Estado em seu ambiente familiar. Mas de alguma maneira temos que disponibilizar isso, tem que estar mais próximo das pessoas”, destacou.

Mandetta faz ainda críticas à atual política de controle do HIV. “Temos que rever o padrão de comunicação [da política de prevenção do HIV]. Como falo sobre sífilis e Aids para um adulto jovem? A linguagem atual claramente não está surtindo efeito. Será que temos que fazer rodas de conversa? Será que temos que provocar as famílias para que elas discutam isso dentro de suas casas? Como dizer para esse jovem que a sexualidade é boa e deve ser exercida na sua plenitude, mas que há riscos que passam por essas doenças sexualmente transmissíveis?”, afirmou o ministro.

Na entrevista Mandetta também disse que deve revogar o programa Mais Médicos, criado na gestão do Partido dos Trabalhadores. Recentemente as mudanças no programa resultaram na saída de profissionais cubanos do país, mas muitas localidades no interior do país estão sem médicos.

Com informações da Folha de São Paulo