Mª Elena cobra presença de seus pedidos na pauta da sessão; Mesa Diretora afirma que vereadora precisa estar mais atenta aos trabalhos

Foto: Nilzete Brito/Ascom CMP

A vereadora Maria Elena de Alencar (UB) ficou sem Indicações e Requerimentos na pauta da sessão desta terça-feira (23), na Casa Plínio Amorim. E a ausência das suas solicitações não passou batido pela edil, que criticou o setor competente por elaborar a pauta.

Episódios recorrentes

Para Elena, a atitude é uma demonstração do “machismo” no Poder Legislativo. “Por um equívoco da secretaria, eu tenho essas indicações justificadas e elas repetiram na pauta. Minhas Indicações ficaram mais uma vez prejudicadas. Sempre equívoco e equívoco, vou começar a prestar atenção em relação ao mandato das vereadoras”, afirmou.

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Machismo: Homem é preso suspeito de manter esposa e seis filhos em cárcere privado na Bahia

Um homem de 37 anos foi preso, pela Polícia Civil, por suspeita de manter a mulher e seis filhos em cárcere privado. O crime aconteceu em São Francisco do Conde, na Bahia. A prisão ocorreu na terça-feira (10), mas foi divulgada nesta quinta-feira (12).

Segundo a titular da unidade policial, Maria Tereza Santos Silva, em entrevista ao Bonfim Notícias, o crime era motivado por machismo. “Ele mantinha os filhos presos para a mãe ficar presa. O problema dele era com a mulher, que ele achava que o traía. E ele a mantinha presa. Ele alegou que ela gostava de rua… Machismo, essa doença. A casa é miserável, mas havia alimento para as crianças, que não passavam fome.”, contou.

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Incomodado com fala de Cristina Costa, Osinaldo Souza afirma: “Ou alguém vai ter que estudar sobre machismo ou provar que tem machismo nessa Casa”

(Foto: Blog Waldiney Passos)

Durante a participação da secretária-executiva de Juventude, Direitos Humanos, Mulher e Acessibilidade de Petrolina, Bruna Ruana, na Câmara de Vereadores, na manhã de terça-feira (11), Osinaldo Souza (PTB) protagonizou uma cena que chamou atenção do público.

O edil disse ficar incomodado com o uso da palavra machismo pela colega Cristina Costa (PT), já que – segundo Osinaldo – sempre que o assunto mulher é debatido na Casa Plínio Amorim, a petista faz uso de tal palavra. Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, ele nunca presenciou entre os colegas, algum comportamento de superioridade às duas edis.

“Levantei para esclarecer um termo que a vereadora Cristina Costa falou, que aqui tem muito machismo nessa Casa. Eu não me sinto cômodo [em ouvir essa palavra], fui vereador entre 2009 e 2012 e dos 14 vereadores nós tínhamos seis mulheres e nunca me senti incomodado. Dizer que aqui tem machismo? Pelo amor de Deus”, afirmou.

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Comentário de vereador de Cabrobó mostra necessidade de combate ao machismo no sertão

(Foto: Reprodução/Internet)

A sessão ordinária de quarta-feira (1º) em Cabrobó (PE) não teve quórum suficiente para discutir ou aprovar projetos em pauta. Mesmo assim, o encontro foi marcado por posicionamento considerado machista do vereador Marcos de Neuma (PMDB).

“O homem, aquele que tem a verdade não pode andar se misturando com tudo. Ele tem que ser restringido de certos atos que não concorda”, disse o edil criticando os “traidores” na votação para eleição do biênio 2019/2020 na Câmara Municipal.

Em seguida Marcos de Neuma chamou de traidor o colega Nilson Gonçalves (PP): “Seja homem, cabra. Oh homem, tira a saia, vista a calça e tenha postura. Vereador traidor, traidor de Cabrobó” afirmou.

O comentário repercutiu de forma negativa, pelo teor do comentário. Ao solicitar do colega de Câmara a postura de “vestir a calça”, Marcos de Neuma reforça o discurso machista no Sertão.

O Blog Waldiney Passos entrou em contato com a Câmara de Vereadores para ouvir um posicionamento do vereador sobre a afirmação dita na noite de ontem e estamos aguardando um retorno.

Brasileiros fazem vídeo machista e misógino com russa durante a Copa do Mundo

(Foto: Reprodução)

Neste fim de semana, um grupo de brasileiros que está na Rússia, para acompanhar a Copa do Mundo, fizeram uma gravação com uma russa fazendo referência à genitália dela. Pelas imagens é possível perceber que a mulher não entende a língua portuguesa e tenta repetir a frase, dita pelo grupo em linguagem chula, sem ter conhecimento do teor da “brincadeira”. Vestidos com camisa da Seleção Brasileira, eles repetiam a frase “Boceta rosa” várias vezes.

Um dos envolvidos no ato de machismo já foi identificado: o advogado pernambucano Diego Jatobá. Ele foi secretário de Turismo do município de Ipojuca, Litoral Sul do Estado, até 2013, pelo PSB – o partido afirmou que sua filiação se encontra suspensa desde 2016 por falta de atualização no cadastro. Inclusive, Jatobá estaria com pretensões de se lançar candidato a deputado estadual nestas eleições.

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‘Sociedade brasileira é patrimonialista, machista e muito preconceituosa’, diz ministra Cármen Lúcia

Na avaliação dela, a desigualdade de gênero está presente em todos os poderes.(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Durante participação no seminário “Mulheres na Justiça”, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta quinta-feira (26) que a “sociedade brasileira ainda é “patrimonialista, machista e muito preconceituosa” com as mulheres.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e a advogada-geral da União, Grace Mendonça, também participaram do evento. Tanto Raquel Dodge quanto Grace Mendonça são as primeiras mulheres a chefiarem, respectivamente, a Procuradoria Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU).

Ao discursar no seminário, a presidente do Supremo ressaltou que, na avaliação dela, a desigualdade de gênero está presente em todos os poderes.

“Continua havendo mulheres mortas, e não mortas apenas pelos companheiros, mortas por uma sociedade que teima em não ver que a mulher não é a causadora do feminicídio, que é o assassinato recorrente da sua condição de ser mulher”, afirmou a ministra Cármen Lúcia.

Com informações do G1

Cármen Lúcia diz que machismo e preconceito sustentam violência contra mulher

(Foto: Arquivo)

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, voltou a falar do machismo e do preconceito de gênero como um dos pilares que sustentam a violência contra a mulher.

“Eu sei que o preconceito é difícil de passar, ainda é grande, e eu falo de cátedra. Eu não preciso do testemunho de ninguém para saber que há preconceito contra a mulher. Tem contra mim. Claro que a manifestação contra mim, enquanto juíza do STF, é diferente de uma mulher que não tem um trabalho, uma independência financeira, independência psicológica ou que não tem condições de uma formação intelectual, mas ele [preconceito] existe contra mim e é exercido, ainda que não dito. Também não preciso de ninguém para me lecionar isso”, disse a ministra que também é presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A declaração foi dada na manhã desta sexta-feira (18) durante a abertura da XI Jornada Maria da Penha, no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA). Durante a fala de abertura, a ministra Cármen Lúcia explicou a importância da Justiça não somente como órgão punitivo, mas também para promover a paz e quebrar o ciclo de inimizades e de violência. Além disso, a juíza defendeu a implantação da Justiça Restaurativa na Lei Maria da Penha.