Senadores defendem adiamento da eleição de 2020 para 2022

Unificação dos pleitos depende de PEC (Foto: Ilustração)

A pandemia do novo coronavírus pode modificar o calendário das eleições municipais. O Senado Federal está analisando várias propostas de adiamento do pleito, desse ano para 2022. Líder do PSL, o senador Major Olímpio (SP) defende a unificação dos pleitos municipal e nacional e estadual.

Um dos argumentos de Olímpio é a economia de R$ 1,5 bilhão com a unificação. Outros apoiadores da ideia são os senadores Elmano Férrer (Podemos-PI) e Wellington Fagundes (PL-MT). “Estou sendo realista, fiz uma Proposta de Emenda Constitucional, precisa mudar a Constituição, empurrando por mais dois anos de mandato“, explicou Olímpio.

Na perspectiva dos senadores, esse momento não é adequado para a realização de eleições. “Estamos em uma pandemia, trazendo mudanças na vida das pessoas, a vida individual, comercial, social e empresarial“, continua Férrer.

Um dos objetivos do Senado é destinar recursos da eleição à saúde. Para ser aprovada, a PEC precisa do apoio de 3/5 da Câmara, ou seja, 308 dos 513 votos e no Senado, de 49 dos 81 votantes.

Fiéis a Bivar, parlamentares articulam medidas para enfraquecer aliados de Bolsonaro no PSL

(Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

A briga pelo poder no PSL continua. De acordo com o jornal Correio Braziliense, uma convenção extraordinária composta apenas por aliados do presidente do partido, o deputado Luciano Bivar (PSL-PE), membros da sigla tomaram uma série de medidas para tornar sem efeito as ações de deputados ligados ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).

Na reunião, cinco dos principais articuladores da ala bolsonarista: Carla Zambelli (SP), Bibo Nunes (RS), Alê Silva (MG), Filipe Barros (PR) e Carlos Jordy (RJ) tiveram seus poderes suspensos. Dessa forma, eles perdem o direito de assinar qualquer lista ou documento em nome do partido e de falar na tribuna da Câmara.

Cerca de 40 parlamentares do PSL estavam na reunião, entre eles Zambelli que estuda a possibilidade de invalidar a reunião. Líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), argumentou que o encontro foi legal e protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Outro tema tratado no encontro foi a destituição do deputado Eduardo Bolsonaro (PSLSP) da presidência do diretório paulista do PSL, e a do senador Flávio Bolsonaro (PSLRJ) da chefia do partido no Rio de Janeiro. O clima de tensão entre Bolsonaro e o partido já dura algumas semanas e ganhou novos contornos nos últimos dias.