Marchante conclama classe a fazer greve em Petrolina

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Gilberto Castro sugere reabertura do Matadouro de Petrolina-PE

Ao participar do programa Bom Dia Vale, Rádio Jornal, na manhã desta terça-feira (24), um dos marchantes mais antigos de Petrolina, Gilberto Castro, com mais de 40 anos de atividade na cidade, afirmou que parte da carne comercializada nas feiras de Petrolina é clandestina, ou seja, as pessoas podem está consumindo carnes contaminadas.

Diante da gravidade da situação, levando-se em consideração ainda que a abatedouro de Juazeiro (GMJ Distribuidora de Carnes EIRELI-ME), não  tem autorização para abater animais, o marchante convocou toda a classe a paralisar as atividades e impedir que a carne, clandestina de Juazeiro, também entre em Petrolina.

“Eu prefiro fechar três comércios que tenho, mas não vou partir para a clandestinidade”, afirmou Gilberto Castro.

Marchantes temem dobrar preço da carne caso prefeitura de Petrolina feche o matadouro

Caminhão do Matadouro de Petrolina (Foto: Jean Brito)

A polêmica do fechamento de mais um entreposto comercial em Petrolina (PE) está causando preocupação na cidade. Depois do CEAPE, a menina dos olhos da prefeitura agora é a área do Matadouro público da cidade, localizado no bairro Jatobá, não se sabe até agora o que será feito naquela área, mas há quem acredite que o terreno do matadouro irá cair nas mãos das construtoras imobiliárias, o que representará uma boa grana aos cofres do município.

Marchante há 11 anos, Ítalo da Silva (27) acredita que caso a prefeitura feche o abatedouro público, previsto para acontecer em 2 de fevereiro de 2016, vai causar um impacto negativo na economia de Petrolina e, principalmente, às famílias dos trabalhadores marchantes. “Se isso acontecer a gente vai ficar no prejuízo, por exemplo, o abate de carne de bode aqui em Petrolina custa R$ 9,0, em Juazeiro o marchante terá que pagar R$ 30,00, além disso vai perder o couro, vísceras, transportar a carne congelada e pagar uma taxa a ADAB, ou seja, para sobreviver o marchante terá que dobrar o preço da carne vendido ao consumidor petrolinense e isso nós não queremos”, destacou.

A nossa reportagem entrou em contato com o setor de comunicação da prefeitura e aguarda respostas sobre o assunto. A assessoria informou,  ainda,  que está apurando o caso e vai se pronunciar no decorrer desta semana.