Políticos pernambucanos se posicionam sobre prisão contra suspeitos de matar Marielle

Políticos pernambucos celebraram, nas redes sociais, neste domingo (24), as prisões dos envolvidos na morte da vereadora Marielle Franco (PSol) e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018. Na operação, realizada pela Polícia Federal, foram presos Domingos Brazão atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio.

A Ministra da Ciência e Tecnologia do Governo Federal, Luciana Santos (PCdoB) celebrou a data como um marco para o início das respostas sobre caso e as motivações que resultaram nos crimes.

A deputada estadual Dani Portela (PSOL), do mesmo partido de Marielle, comemora a notícia. “A informação que esperamos há seis anos finalmente chegou”, disse.

Em seu perfil no Instagram, Dani Portela também publicou um vídeo se posicionando sobre o caso. “Nós queremos dizer que Marielle não acabou. Marielle, foi, é e será uma referência na luta por igualdade, por justiça. O pedido de justiça por Marielle não se encerra com o fim de um caso, de uma investigação”, ressaltou.

O deputado estadual João Paulo (PT) comentou que a operação da Polícia Federal é um passo importante para a luta pela justiça no país. Ele espera que essa seja a primeira de outras ações que irão desvendar toda a verdade sobre o caso.

A Deputada Estadual de Pernambuco (PT), Rosa Amorim, também celebrou as prisões e afirmou que finalmente após “2.202 dias de questões”, hoje, algumas respostas foram reveladas.

O vereador Ivan Moraes (PSOL) também celebrou a ação da PF e alegou que, agora, “seis anos de agonia e luta parecem ter chegado ao fim”.

Diário de Pernambuco

‘Para a frustração de muitos, Bolsonaro não tem relação’, diz Flávio

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) comentou neste domingo (24/3) as prisões no caso envolvendo o assassinato da vereadora Marielle Franco. Segundo ele, “para a frustração de algumas pessoas”, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não está envolvido nas investigações.

Ele afirmou ainda que a esquerda quer “criar uma associação que não existe”, e disse que acusações falsas incentivam linchamentos e coloca em risco a vida de inocentes. O assassino confesso da vereadora, o ex-policial militar Ronnie Lessa, morava no mesmo condomínio que o ex-presidente.

“A polícia parece ter dado passos importantes para solucionar a morte de Marielle Franco. Para a frustração de algumas pessoas, o que era óbvio está ainda mais claro: Bolsonaro não tem qualquer relação com o caso. Apesar desse fato inequívoco, a esquerda quer criar uma associação que não existe. Esse tipo de farsa narrativa é perigosa e criminosa”, escreveu o senador em sua conta no X (antigo Twitter).

“Incentiva linchamentos virtuais e físicos e coloca em risco a vida de pessoas inocentes. Que a Justiça possa continuar com seu trabalho e que dê uma solução definitiva para o caso”, emendou ainda o parlamentar.

PF prendeu três envolvidos no crime

Na manhã de hoje, a Polícia Federal o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCERJ) Domingos Brazão, o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa. Eles foram apontados por Lessa em delação premiada como mandantes do crime.

A operação foi coordenada pela PF, com apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR) e com o Ministério Público do Rio. Os mandados de prisão e busca e apreensão na capital carioca foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Com informações do Correio Braziliense.

Munição que matou vereadora foi roubada da Polícia Federal na Paraíba, diz Ministro

(Foto: Internet)

O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, confirmou que as munições utilizadas no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), na última quarta-feira (14), foram roubadas de um carregamento da Polícia Federal. Segundo o ministro, informações que chegaram a ele dão conta de que a munição foi subtraída da sede dos Correios na Paraíba “anos atrás”.

“A Polícia Federal já abriu mais de 50 inquéritos por conta dessa munição desviada. Então eu acredito que essas cápsulas encontradas na cena do crime foram efetivamente roubadas. Também tem a ver com a chacina de Osasco, já se sabe”, disse, referindo-se à morte de 17 pessoas pela Polícia Militar de São Paulo, ocorrida em 2015.

De acordo com Jungmann, o carregamento das balas foi dividido em três partes: uma parte ficou em Brasília, a segunda foi roubada dos Correios no estado nordestino e outra, segundo informações preliminares, teria sido desviada por um escrivão da Superintendência da PF no Rio de Janeiro.

O ministro disse que a corporação destacou “o melhor especialista em impressões digitais e DNA” para avaliar o material das cápsulas encontradas no local onde Marielle e o motorista do carro em que ela estava foram mortos.

Sem adiantar detalhes das investigações, ele informou que, além da colaboração da PF na identificação de quem manuseou as munições, o restante do inquérito sobre o crime está sendo conduzido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.

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