TJ reforça que ‘bandido bom é bandido morto’, diz sobrevivente do Carandiru

Presos pedem paz após o massacre de 1992 (Foto: Internet)

Presos pedem paz após o massacre de 1992 (Foto: Internet)

Na última terça-feira (27), o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu anular a condenação de 74 policiais envolvidos no ataque.

Em 1992, invasão da polícia para coibir uma rebelião deixou 111 presos mortos e corredores e escadas do presídio inundados de sangue. “Todos foram executados, não havia ninguém armado. Todos acabaram condenados novamente, porque estavam ali cumprindo suas penas e acabaram mortos”, diz o pastor evangélico Sidney Francisco Sales, ex-detento.

No momento da invasão da polícia, ele estava no quarto andar do pavilhão 9. Ele fazia parte da equipe da faxina e da distribuição de comida, e no dia do massacre teve que ajudar a carregar os corpos dos mortos e quase foi executado por PMs antes de eles saírem do pavilhão. Sobre a decisão do TJ, Sales foi avisado nesta quarta (28) cedo, pela própria reportagem. “Não estava sabendo não. Mas ela ajuda a reforçar a tese de que bandido bom é bandido morto”, diz o pastor.

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