Juazeiro: escola é alvo de ameaças de suposto massacre

Escola está investigando caligrafia para identificar o autor da ameaça.

Uma ameaça assustou pais e alunos da Escola Municipal Dom Avelar Brandão Vilela, que fica no bairro João Paulo II, em Juazeiro (BA). Segundo uma mensagem escrita na parede de um dos banheiros do colégio, um massacre aconteceria manhã desta terça-feira (17) na instituição.

A Polícia Militar chegou a ser acionada para fazer a segurança dos professores e alunos. Segundo apurou o Blog Preto no Branco, a direção da escola atribuiu a mensagem aos próprios alunos da escola, com o intuito de fechar a instituição.

Em uma mensagem, a direção avisou que esse tipo de conduta pode acabar fechando a escola. “Só quero aqui esclarecer uma coisa: o meio quem faz é a gente, e se alguns alunos persistirem com essas coisas más, vão acabar conseguindo fechar a escola e deixar 907 alunos sem estudar. Senhores pais e responsáveis, vamos acabar com isso de uma vez”.

Colégio Maria Auxiliadora explica que suposto massacre na escola era brincadeira de aluno

O aluno foi afastado após a brincadeira de mau gosto. (Foto: Internet)

Nessa segunda-feira (21), alguns pais de alunos do Colégio Maria Auxiliadora ficaram tensos após tomarem conhecimento de um boato que informava sobre um possível massacre de um aluno na unidade escolar. Um jovem compartilhou no WhatsApp alguns conteúdos referentes a violência.

A coordenação da escola teve acesso às mensagens e interveio imediatamente. O aluno foi conduzido à coordenação e seus pais convocados para serem informados sobre o fato, de acordo com nota do Colégio.

“A família foi assistida pela equipe de psicologia do Colégio, na busca por justificativas para a atitude do adolescente, que alegou se tratar de uma brincadeira, reconhecendo a gravidade e consequência do seu ato”, disse a escola em nota.

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Vítimas de massacre no Rio Grande do Norte no século 17 se tornam santos neste domingo

(Foto: Internet)

Em 1645, um grupo de católicos foi arrastado para um trecho do rio Potengi, perto de Natal, no Rio Grande do Norte. Seus algozes, soldados holandeses e índios tapuias, lhes arrancaram línguas, deceparam pernas e braços e partiram crianças ao meio.

Enquanto tinha o coração arrancado pelas costas, umas das vítimas Mateus Moreira repetia: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”, segundo relato da Igreja Católica.
Neste domingo (15), o papa Francisco o canonizou em uma missa na Praça de São Pedro, juntamente com as demais vítimas e outras figuras ligadas à violenta história da evangelização na América Latina.

“Não se pode dizer ‘Senhor, Senhor’, sem viver e colocar em prática a vontade de Deus. Necessitamos nos revestir a cada dia com seu amor, de renovar a cada dia a escolha de Deus. Os santos canonizados hoje, sobretudo os tantos mártires, indicam esse caminho. Eles não disseram ‘sim’ ao amor apenas com palavras, mas com a vida, e até o fim”, ressaltou o papa na cerimônia de canonização.

O episódio, conhecido como massacre de Cunhau e Uruaçu, ocorreu no Rio Grande do Norte durante a dominação holandesa na região. Suas vítimas se tornaram os primeiros mártires do país.

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Tamanho e quantidade de fossas dificultam busca por corpos em Alcaçuz

Na primeira operação depois do massacre, 15 corpos foram resgatados sem cabeça e duas cabeças sem corpo. (Foto: Internet)

A busca por mais corpos na penitenciária estadual de Alcaçuz, em Nísea Floresta, Rio Grande do Norte, esbarra em um obstáculo invisível às câmeras da imprensa que, desde o massacre de 26 presos na semana passada, vigiam diariamente a unidade.

São as 40 fossas de 18 metros cúbicos espalhadas pela área do presídio. Até mesmo procurar pelas cabeças de 13 corpos decapitados já retirados do local é uma tarefa difícil e, segundo o diretor-geral do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), Marcos Brandão, é provável que algumas nunca sejam encontradas.

Na primeira operação depois do massacre, 15 corpos foram resgatados sem cabeça e duas cabeças sem corpo. Identificadas as combinações entre as partes, restaram 13 mortos a serem completados. No sábado (21), o ITEP recolheu mais duas – uma delas incompleta – e um fragmento de crânio já em estado avançado de decomposição.

O material será analisado para saber se correspondem a algum dos cadáveres já recolhidos ou se seriam de mortos ainda não contabilizados. Com o resultado positivo restariam ainda 11 cabeças a serem encontradas. Facções rivais disputam o controle do presídio.

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Nova rebelião em Manaus deixa ao menos quatro mortos

A Cadeia Pública estava fechada desde outubro de 2016.

Quatro detentos foram mortos na madrugada deste domingo na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no centro de Manaus. Três deles foram decapitados. O local abriga os presos transferidos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) por não fazerem parte da facção Família do Norte (FDN), que, no primeiro dia do ano, liderou um massacre que deixou 56 mortos naquele presídio.

Na segunda-feira seguinte ao massacre, o governo do Amazonas retirou 286 presos do Compaj, mas, sem ter para onde levá-los, reativou a Cadeia Pública, que estava fechada desde outubro de 2016 por recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) devido à precariedade da unidade. Os detentos transferidos para lá foram abrigados improvisadamente até na capela e na enfermaria, sem banhos de sol, nem visitas, o que já vinha alimentando tensões.

“Eles se amotinaram na sexta-feira porque queriam mais espaço. A cadeia estava desativada, mas tivemos que reativá-la de emergência. Então, estamos fazendo obras aqui ainda”, disse o secretário da Administração Penitenciária do Amazonas, Pedro Florêncio Filho.

De acordo com ele, as mortes não foram decorrência de rivalidade entre grupos criminosos, como ocorreu no Compaj, quando o massacre resultou de um enfrentamento entre FDN e Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Não houve briga de facção porque todo mundo era do mesmo grupo. Todos eram presos ameaçados, que não tinham convivência, que estavam em áreas de seguro, de isolamento, nos outros presídios. Quando houve aquela rebelião (no Compaj), com as ameaças de matá-los também, nós os trouxemos para cá. Eles se matam entre eles mesmos”, afirmou o secretário, que classificou as mortes desta madrugada de “algo incompreensível”.

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