Justiça de SP impede homenagem para Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou na sexta-feira (22), que a cerimônia de entrega de cidadania honorária da capital paulistana à não poderá ser feita no Theatro Municipal, conforme havia sido solicitado pelos vereadores e aprovado pela Prefeitura no último dia 13. Segundo a decisão judicial, o uso do espaço para homenagear Michelle acarretaria em um “grave risco de desvio de finalidade do bem público”.

Procurada pelo Estadão, a Prefeitura não se manifestou. Os vereadores Rinaldi Digilio (União), autor da proposta, e Milton Leite (União), presidente da Câmara, não responderam até a publicação desta reportagem. Os vereadores paulistanos aprovaram o pedido de homenagem para a ex-primeira-dama em novembro do ano passado. A justificativa para a concessão da honraria foi de que Michelle “é engajada em políticas sociais, com atenção especial para as doenças raras”.

Normalmente, a sessão solene para a entrega da cidadania honorária é realizada no plenário da Câmara Municipal. Porém, no caso de Michelle, Rinaldi pediu para que a cerimônia fosse realizada em um local externo, o que é previsto pelo Regimento Interno do Legislativo paulistano.

No último dia 13, a Prefeitura aprovou o agendamento do Theatro Municipal para a cerimônia. “Não há excepcionalidade nesse caso, uma vez que é normal a cessão de espaço para eventos de órgãos públicos”, disse em nota a Secretaria Municipal de Cultura, na ocasião. Foi essa autorização do Executivo municipal que o juiz Marco Antônio Martin Vargas, do TJ-SP, suspendeu nesta sexta-feira. O magistrado também estipulou uma multa de R$ 50 mil caso a decisão seja descumprida.

De acordo com Vargas, as justificativas utilizadas pela Prefeitura para a mudança de local do evento tiveram uma “falta de motivação, acrescida da falta de publicização e transparência”. O magistrado também pontuou que a cerimônia para Michelle no Theatro indica “a presença de grave risco de desvio de finalidade do bem público, do dever de impessoalidade e da promoção pessoal de autoridade”.

Rinaldi argumentou que o Palácio Anchieta, sede do Legislativo paulistano, não teria espaço físico suficiente para comportar o público que estará presente na solenidade. O juiz pontuou, porém, que o vereador noticiou nas redes sociais que o evento contará uma distribuição limitada de ingressos e a transmissão ao vivo pelo canal da Câmara de São Paulo.

“Se extrai, por ora, a conclusão de que a cerimônia de essência representativa cidadã tenha ganhado uma conotação particular”, concluiu o magistrado do TJ-SP.  Deputada autora do recurso disse que transferência da solenidade por Nunes tem fins eleitorais

A decisão do TJ-SP foi proferida após a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e a ativista Amanda Paschoal entrarem com um recurso na Corte. Segundo elas, a cessão do Theatro tem como pano de fundo “fins exclusivamente políticos, sem qualquer natureza artística e de formação cultural”.

Ao Estadão, Hilton afirmou que a decisão judicial desta sexta-feira impediu que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) realizasse um evento “cujos objetivos são flagrantemente de cunho político eleitoral”. Segundo ela, o prefeito paulistano “busca colar sua imagem à da família Bolsonaro às vésperas de uma campanha eleitoral pela Prefeitura”. Questionada pela reportagem sobre a acusação da deputada, a Prefeitura não se manifestou.

Estadão

Michelle Bolsonaro chora em culto e se diz traída

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) discursou durante um culto evangélico em Taguatinga (DF), dizendo que ela e seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estão sendo “perseguidos e injustiçados”. Enrolada em uma bandeira do Brasil, ela chorou e disse que se sente traída por antigos aliados.

O evento foi acompanhado por Bolsonaro e outros parlamentares do Partido Liberal (PL). Horas antes, a Polícia Federal (PF) havia aceitado firmar um acordo de delação premiada com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-braço direito do ex-presidente. “Como dói, irmãos, ver que muitos que falavam que comungavam da nossa mesma fé compactuam com tudo aquilo que vai na contramão dos valores específicos do nosso Deus”, disse.

“Eles vão nos atacar, o Senhor não nos prometeu que seria fácil. O Senhor falou que seríamos perseguidos, todos aqueles que tivessem Cristo como Senhor e salvador seriam perseguidos. E nós estamos sendo perseguidos e injustiçados”, disse Michelle Bolsonaro aos prantos.

Diário de Pernambuco

Defesa de Bolsonaro vai entregar à PF extratos bancários desde 2019

Os advogados que atuam na defesa de Jair Bolsonaro (PL-RJ) informaram à coluna que decidiram entregar para a PF (Polícia Federal), de modo voluntário, os extratos bancários da conta pessoal do ex-presidente relativos aos últimos 48 meses, ou seja, desde 2019.

A ideia, segundo a defesa, é mostrar que os pagamentos feitos com dinheiro vivo, a pedido de Michelle, teriam como origem dinheiro que saiu da conta de Bolsonaro.

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Primeira-dama Michelle Bolsonaro diz em rede social que se curou da Covid-19

A primeira-dama Michelle Bolsonaro informou neste domingo (16), por meio de uma rede social, que está recuperada após contrair o novo coronavírus.

Ela publicou a imagem do resultado de um novo teste que fez para identificar a presença do vírus no organismo, com a indicação “não detectado”.

“Exame negativo. Obrigado pelas orações e por todas as manifestações de carinho”, escreveu a primeira-dama.
O Palácio do Planalto informou no último dia 30 que a primeira-dama estava com Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

Michelle foi infectada pelo coronavírus dias depois de o presidente Jair Bolsonaro ter anunciado que estava recuperado da doença. Ela mora com Bolsonaro e as filhas Letícia e Laura na residência oficial do Palácio da Alvorada.

O presidente informou em 7 de julho que o exame ao qual se submeteu tinha dado positivo. Ele trabalhou por quase três semanas na residência oficial do Palácio da Alvorada e retomou as atividades no Palácio do Planalto no dia último dia 27.

Sem almoço no domingo: Filhos de Bolsonaro boicotam madastra Michelle

(Foto: Reprodução / Instagram)

Os três primeiros filhos de Jair Bolsonaro não suportam a esposa do pai, a primeira-dama Michelle Bolsonaro. De acordo com a coluna do Leo Dias no Metrópoles, no Palácio do Planalto, não existe almoço de domingo em família. No máximo um encontro entre o pai e os filhos, sem a presença de Michelle.

A relação já está desgastada há muito tempo. A primeira-dama, segundo a reportagem, nunca fez questão de amenizar a relação, pelo contrário.

Na virada de ano de 2018 pra 2019, quando Bolsonaro foi eleito, Michelle levou uma excursão da igreja dela pro Alvorada pra passar o dia e ficar pra posse.

Os filhos ficaram indignados porque queriam que o momento fosse em família, teve uma briga por causa disso e cada um deles passou a virada em um lugar. Para piorar, o tal pessoal da igreja gravou vários vídeos dentro da residência oficial, ostentando, aí o tempo fechou mais.