Lula depõe a Moro no caso de Eduardo Cunha e explica nomeações da Petrobras

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Segundo Marlus Arns, advogado de Eduardo Cunha, Moro não fez perguntas diretas a Lula. (Foto: Internet)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi ouvido pela primeira vez, no fim da tarde desta quarta-feira (30), pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato na primeira instância.

Ele foi arrolado como testemunha de defesa pelos advogados de Eduardo Cunha na ação penal que a força-tarefa move contra o ex-deputado, que também participou da audiência na Justiça Federal, mas em Curitiba, ao lado de sua equipe de advogados, Moro e procuradores do MPF. Ele chegou ao local por volta das 17h10, conduzido por policiais federais.

O depoimento foi prestado por meio de videoconferência. Lula respondeu às poucas perguntas feitas pelo Ministério Público Federal e pelos advogados de Cunha em uma audiência rápida que estava marcada para começar as 17h30. Pouco depois das 18h, o ex-presidente deixou o prédio da Justiça Federal em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, onde a sessão foi realizada.

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Cunha é preso em Brasília por decisão de Sérgio Moro

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O ex-deputado Eduardo Cunha foi preso em Brasília pela Polícia Federal nesta quarta-feira (19) e sua casa no Rio foi alvo de operação de busca e apreensão. A prisão e a busca foram autorizadas pelo juiz federal Sergio Moro nesta terça-feira (18), que passou a tratar do caso do ex-parlamentar depois que ele perdeu o foro privilegiado com a cassação de seu mandato.

A casa de Cunha fica na Barra da Tijuca, na zona sul do Rio. O ex-deputado foi preso nos arredores do seu prédio em Brasília. A PF estava procurando o peemedebista desde o período da manhã. Ele está sendo levado ao hangar da PF em Brasília e deve chegar em Curitiba entre 17h e 18h.

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STF libera para o juiz Sergio Moro ação contra Cunha sobre contas na Suíça

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Cunha afirmou que o processo de cassação contra ele “não está sepultado”. (Foto: Reprodução/Internet)

A ação penal contra o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por contas bancárias não declaradas na Suíça será enfim remetida do STF (Supremo Tribunal Federal) ao juiz Sérgio Moro, do Paraná. A providência será tomada vinte dias depois de o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki ter tomado a decisão de encaminhar o processo para a Justiça Federal no Estado.

Com a cassação, Cunha perdeu direito ao foro privilegiado, ou seja, ao direito de ser julgado pelo Supremo. Em 14 de setembro, dois dias depois da perda do mandato, Teori autorizou a remessa para Moro da ação penal em que Cunha é acusado de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro por manter contas na Suíça com dinheiro oriundo de uma suposta operação envolvendo negócios da Petrobras na África.

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Lula: “Eu duvido que o Moro seja mais honesto do que eu”

“Não se preocupem comigo, eu estou tranquilo. Eu duvido que dentro do Ministério Público, da Polícia Federal, ou o tal do juiz Moro seja mais honesto que eu”, afirmou Lula.

O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) esteve no Recife ontem em ato realizado pelo Partido dos Trabalhadores em prol da candidatura do também petista João Paulo.

O evento foi realizado no centro da cidade  e contou com a presença de muitos correligionários e admiradores de Lula. Como era de se esperar o ex-presidente não poupou críticas ao juiz Sérgio Moro e aos procuradores que o acusam de estar diretamente ligado aos supostos desfalques da Lava Jato.

“Não se preocupem comigo, eu estou tranquilo. Eu duvido que dentro do Ministério Público, da Polícia Federal, ou o tal do juiz Moro seja mais honesto que eu”, afirmou o líder do PT.

Lula seguiu seu discurso criticando os procuradores de Curitiba. Segundo ele, são “um grupo de meninos” que investigam sua vida realizando um “show de pirotecnia sem provas”.

“Não adianta não ter provas e ter convicção. Eu tenho história de luta nesse País. É preciso que eles aprendam a respeitar”, disse.

“Hoje tem um conluio entre uma parte da imprensa, uma parte do MP e uma parte da PF e no meu caso eu acho que eles erraram um pouco na mão. Porque eles sabem que eu não preciso de imprensa para ter o carinho do povo brasileiro. Vocês têm concurso, mas não foram escolhidos para ser Deus”, completou o petista.

Para finalizar Lula disse que espera no final das investigações um pedido de desculpas dos magistrados “a mim e a minha família”.

Processo é oportunidade para Lula se defender, diz Moro

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Petista é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro no cado triplex do Guarujá

O juiz federal Sérgio Moro afirmou que o processo aberto contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terçafeira (20) é a oportunidade para ele “exercer livremente sua defesa” e que caberá ao Ministério Público Federal produzir “a prova acima de qualquer dúvida razoável” do envolvimento do petista nos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, dentro do esquema de desvios na Petrobras.

“É durante o trâmite da ação penal que o ex-Presidente poderá exercer livremente a sua defesa, assim como será durante ele que caberá à Acusação produzir a prova acima de qualquer dúvida razoável de suas alegações caso pretenda a condenação”, escreveu Moro no despacho que aceitou denúncia apresentada contra Lula, sua mulher, Marisa Letícia, e outras seis pessoas.

Para o juiz, a ação penal – primeira aberta contra Lula, na Lava Jato, em Curitiba – , é “uma oportunidade para ambas as partes”

O Ministério Público Federal acusa Lula de ter recebido vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio de um tríplex 164-A, do Edifício Solaris, no Guarujá, no litoral de São Paulo, e no custeio do armazenamento de bens do acervo presidencial, mantidos pela Granero de 2011 a 2016.

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Moro condena Bumlai, Cerveró e outros réus da 21ª fase da Lava Jato

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Moro afirma na sentença que “os fatos admitidos por José Carlos Costa Marques Bumlai já haviam sido revelados”. (Foto: Internet)

O juiz federal Sérgio Moro condenou o pecuarista José Carlos Bumlai a nove anos e dez meses de prisão nesta quinta-feira (15) por gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção. Os crimes foram confirmados pelas investigações da Operação Lava Jato.

Os réus foram responsabilizados pelo empréstimo de R$ 12 milhões feito por Bumlai junto ao Banco Schahin, em outubro de 2004. De acordo com o próprio pecuarista, o dinheiro foi destinado ao Partido dos Trabalhadores para pagar dívidas de campanha.

Em troca do empréstimo, o Grupo Schahin teria sido favorecido por um contrato de R$ 1,8 bilhão com a Petrobrás, em 2009. Além das condenações, Moro pede a reparação de R$ 54,9 milhões. “O empréstimo, com vencimento previsto para 03/11/2005, não foi pago e nem possuía garantia. Foi ele sucessivamente aditado, apenas para incorporação dos encargos não­ pagos”, diz a sentença.

Moro afirma na sentença que “os fatos admitidos por José Carlos Costa Marques Bumlai já haviam sido revelados pelos colaboradores Salim Taufic Schahin e Fernando Antônio Falcão Soares. A colaboração exige informações e prova adicionais.

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Relator da Lava Jato no STF afirma que Lula tenta ‘embaraçar apurações’

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. (Foto: Internet)

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. (Foto: Internet)

Relator dos processos relacionados à Operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Teori Zavascki negou o pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que se retire do juiz Sergio Moro os inquéritos abertos para investigar o petista.

Em despacho assinado na terça (5), disponibilizado no sistema do Supremo nesta quinta-feira, Teori afirma que o recurso apresentado por Lula “constitui mais uma das diversas tentativas da defesa de embaraçar as apurações”.

Os advogados argumentam que não cabe à 13ª Vara Federal em Curitiba, da qual Moro é o juiz titular, a tramitação dos procedimentos envolvendo Lula. Dizem que há investigações idênticas correndo no STF e, por isso, deveriam ficar a cargo, exclusivamente, da instância superior.

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Segundo pesquisa, Moro receberia mais que 57% dos votos em eleição para presidente

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57,9% dos pesquisados afirmaram que votariam no juiz federal. (Foto: Internet)

Caso fosse candidato à Presidência da República, o juiz federal Sérgio Moro, venceria facilmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seria escolhido para comandar o país se as eleições 2018 fossem hoje. A constatação foi feita pelo instituto Paraná Pesquisas.

Em uma eventual disputa, 57,9% dos pesquisados afirmaram que votariam no juiz federal, contra 21,3% do ex-presidente. Os demais disseram que não escolheriam nenhum deles ou não souberam responder.

Lula recorre à ONU e se diz “perseguido” pelo juiz Sérgio Moro

Lula disse preferir que alguém mais jovem se candidatasse e assumisse, entretanto, diz não ter dúvidas quanto a voltar a se candidatar/Foto:arquivo

Segundo a defesa, o documento é uma resposta aos atos de Moro./Foto:arquivo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou hoje (28) uma petição ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmando ser vítima de violação de direitos humanos em razão das ações da Operação Lava Jato.

Segundo a petição, Lula se diz perseguido pelo juiz Sergio Moro, responsável pela operação na primeira instância, a quem acusa de abuso de poder.

A defesa de Lula reclamou o que considera “atos ilegais” praticados por Moro, entre eles a gravação e divulgação de conversas privadas dele com advogados e também com a presidenta afastada Dilma Rousseff, além da condução coercitiva para um depoimento no dia 4 de março.

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Moro defende continuidade de investigação contra Lula na Lava Jato

Único brasileiro na tradicional lista, Moro aparece na mesma categoria que líderes políticos internacionais, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama/ Foto: ilustração

Em função das investigações, os telefones de Lula foram grampeados após decisão do juiz. / Foto: internet

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, defendeu hoje (14) no Supremo Tribunal Federal (STF), a continuidade das investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na primeira instância da Justiça Federal em Curitiba. Em manifestação enviada à Corte, o juiz afirmou que uma decisão do ministro do STF Teori Zavascki autorizou a continuidade das investigações contra Lula na 13ª Vara Federal, chefiada por ele (Moro).

A manifestação foi motivada por um pedido de informações feito pelo presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, que analisa liminar solicitada pela defesa de Lula. Os advogados pedem liminarmente que toda a investigação contra o ex-presidente da República volte a tramitar no STF porque os parlamentares citados em diálogos com Lula têm foro privilegiado e, por isso, só podem ser julgados pela Corte. 

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Moro manda soltar quatro investigados na 31ª fase da Lava Jato

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Moro atendeu pedido dos investigadores da Polícia Federal e também entendeu que não há necessidade da prorrogação da prisão temporária, válida por cinco dias./ Foto: arquivo

O juiz federal Sérgio Moro concedeu hoje (8) liberdade a quatro presos na Operação Abismo, a 31ª fase da Lava Jato, deflagrada na segunda-feira (4). Moro atendeu pedido dos investigadores da Polícia Federal e também entendeu que não há necessidade da prorrogação da prisão temporária, válida por cinco dias.

Com a decisão, serão libertados Genésio Schiavinato Júnior (diretor da empresa Construbase), Edison Freire Coutinho (ex-diretor da empreiteira Schain), Erasto Messias da Silva Júnior (empresário) e Roberto Ribeiro Capobianco (presidente da empresa Construcap).

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STF manda investigações sobre Lula para Moro e invalida áudio com Dilma

Lula disse preferir que alguém mais jovem se candidatasse e assumisse, entretanto, diz não ter dúvidas quanto a voltar a se candidatar/Foto:arquivo

O ministro ainda determinou que a maior parte das investigações envolvendo o petista sejam devolvidas para o juiz Sergio Moro. /Foto:arquivo

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki decidiu nesta segunda-feira (13) anular parte da interceptação telefônica feita pela Lava Jato do ex-presidente Lula que alcançou a presidente afastada Dilma Rousseff. O ministro ainda determinou que a maior parte das investigações envolvendo o petista sejam devolvidas para o juiz Sergio Moro.

A invalidação atinge o áudio no qual Dilma foi flagrada dizendo que enviaria para Lula assinar seu termo de posse na Casa Civil, nomeação que teria ocorrido, segundo procuradores, para evitar que Lula fosse alvo de Moro.

Para Teori, como o grampo ocorreu após a Justiça do Paraná determinar o fim de interceptação, ele foi ilegal porque houve usurpação de competência do Supremo porque os áudios envolviam pessoas que tinham prerrogativa de foro, que só podendo ser investigadas com aval do tribunal. Na avaliação do ministro, não cabia esse juízo de valor por Moro.

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Gravações: Sarney promete ajudar Sérgio Machado a escapar de Moro, mas ‘sem advogado’

A gravação não deixa explícita qual seria a estratégia do ex-presidente para livrar Machado de Moro. Porém, envolve uma reunião com Renan Calheiros/Foto:internetA gravação não deixa explícita qual seria a estratégia do ex-presidente para livrar Machado de Moro. Porém, envolve uma reunião com Renan Calheiros/Foto:internet

Em mais uma gravação que faz parte da delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, investigado pela Operação Lava Jato, o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) aparece afirmando que ajudaria Machado se o caso dele passasse para o juiz federal Sérgio Moro. Porém, frisa que faria isso “sem meter advogado”.

Foi o próprio ex-presidente da Transpetro que gravou as conversas. O acordo de delação premiada dele foi homologado nessa terça-feira (24) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), um dia depois de vazar o áudio de um diálogo com o senador Romero Jucá (PMDB-RR) que provocou a exoneração dele do Ministério do Planejamento. Mais cedo, foi a vez de uma gravação com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mais um líder do partido, ser publicada.

“Nós temos é que fazer o nosso negócio e ver como é que está o teu advogado, até onde eles falando com ele em delação premiada”, diz Sarney a Machado. “Mas nós temos é que conseguir isso sem meter advogado no meio”, afirma ainda.

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Moro abre ação penal contra marqueteiro de campanhas de Lula e Dilma

Michel Temer, Lula e Dilma

Na denúncia, o MPF aponta os repasses do setor de propinas para o casal de marqueteiros, que teriam recebido US$ 6,4 milhões no exterior

O juiz federal Sérgio Moro abriu ação penal, nesta sexta-feira contra o marqueteiro do PT João Santana e sua mulher, Mônica Moura, e mais dez pessoas, entre elas o maior empreiteiro do País, Marcelo Odebrecht, e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Eles são acusados por organização criminosa e lavagem de dinheiro no esquema de cartel e corrupção na Petrobras.

“Presentes indícios suficientes de autoria e materialidade, recebo a denúncia contra os acusados acima nominados”, informa a decisão de Moro. Santana trabalhou nas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e nas campanhas da presidente Dilma Rousseff em 2010 e 2014.

Fruto da 26ª fase da Lava Jato, a Operação Xepa, a ação tem como foco os pagamentos para o marqueteiro do PT feitos pelo “setor profissional de propinas” da Odebrecht. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Odebrecht tinha conhecimento do setor e inclusive teria atuado para desmontá-lo e proteger os funcionários das investigações.

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Moro admite que investigações da Lava Jato produzem instabilidade política

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O juiz federal Sergio Moro admitiu em evento na noite desta sexta-feira, em Chicago, que as investigações da Operação Lava Jato estão criando instabilidade política, mas ressaltou que não se pode esconder as coisas “embaixo do tapete” e que a justiça criminal não pode resolver todos os problemas do país.

“A Lava Jato tem trazido impactos significativos, alguns falam até em impactos econômicos. Não sei o alcance, mas inegavelmente há instabilidade política decorrente da investigação”, afirmou.

“As instituições democráticas estão bem, estão funcionando, a Justiça está bem”, afirmou na palestra. Moro frisou que há um problema econômico “muito sério” no Brasil e o quadro de recessão é preocupante. O importante, disse ele, é trabalhar para que as instituições no país melhorem e que a democracia não seja contaminada pela corrupção sistêmica. Para ele, um investidor estrangeiro ficaria relutante em aportar recursos em um país onde a corrupção é a regra do jogo, presente tanto no setor público como privado.

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