O mosaico eleitoral em Petrolina, por Marcelo Damasceno

Marcelo DamascenoO PSOL em Petrolina quis garantir o debate Municipal em torno de uma sucessão ideológica. Definindo seu discurso legislativo com o veterano Antonio Rosalvo e apostando em Perpétua Rodrigues, para o embate majoritário onde dividirá a mesa com candidatos conservadores em cenário populista e outro com “coelhista” puro sangue.

O deputado federal Gonzaga Patriota já é um aliado natural do debutante parlamentar estadual, Lucas Ramos, ambos do Partido Socialista Brasileiro e rebeldes com uma causa, bater chapa no PSB (como em 2008) com Miguel Coelho, deputado e filho do senador Fernando B. Coelho que parece caminhar na direção em família. FBC, Aposta em Miguel Coelho e mantém em mistério confidente sua aliança na direção de Guilherme Coelho e seu PSDB, com quem manteve conversa muito boa nos últimos dias. Sabe que não contará com Gonzaga e muito menos, com o rebelde Lucas. Este último é a aposta implícita do PMDB de Jarbas Vasconcelos e Raul Henry. E tem assento no núcleo político de Paulo Câmara, governador. Gonzaga repete desde 2008 seu refrão e cumpre, não sobe o palanque de FBC “de jeito nenhum”.

FBC, Só tem um caminho, ou está blefando, como bom jogador desse pôquer político e deverá, em sprint decisivo, ir buscar um reforço bom de urna, Odacy Amorim. Atrairia este e toda espiral evangélica. FBC tem outra obsessão, esvaziar a trupe afraniense que adorna Adalberto Cavalcante em galope quixotesco.

Sem interesse nem pressa, o prefeito Júlio Lossio faz campanha para 2020. Propositadamente narcisista, segue a desidratação em seu próprio grupo e guarda forças para um projeto político em torno do próprio mandato. Enrola o que pode e sabe que não transfere votos em “casa”. Vacilante entre seus assessores, paga obedeço do blefe confuso.E deve ser coadjuvante no PMDB de Jarbas Vasconcelos. Este, estaria costurando o palanque que junta a fome com a vontade comer.

Fechando com o governador Paulo Câmara que não faz esforço algum para ungir Miguel Coelho candidato. Câmara, não tem interesse em fortalecer FBC que não esconde de ninguém, o sonho de ser governador.

A polarização entre FBC e outro palanque oponente, de cacife econômico e político em paridade, deverá ganhar seu contorno final em meados deste mês. FBC não emplaca seu palanque em tom competitivo e enfrenta um racha interno, além da incomoda investigação em fogo brando, da operação lava-jato, onde trava guerra política e judicial. Já em pré-campanha defende-se das acusações, cercado de uma banca advocatícia com peso nacional. Em Petrolina, FBC começou seu rosto porta-a-porta.

Escrevi, Marcelo Damasceno.