MTST ocupa triplex do Guarujá: “se é do Lula, é nosso”

(Foto: Guilherme Boulos Twitter / Reprodução)

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Frente Povo sem Medo ocuparam na manhã de hoje (16) o apartamento triplex, no Condomínio Solaris, em Guarujá (SP). O imóvel é o foco das investigações que levaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Lula foi condenado a 12 anos e um mês de detenção. De acordo com as investições, o imóvel e a reforma, estimados em R$ 2,4 milhões, foram feitos pela empreiteira OAS em favorecimento da empresa em contratos na Petrobras.

A ocupação foi divulgada nas redes sociais da Frente Povo Sem Medo e pelo pré-candidato à Presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos, coordenador do MTST. Os manifestantes colocaram a bandeira do movimento e faixas na fachada do prédio com mensagens “Povo sem medo” e “Se é do Lula, é nosso”.

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Boulos postou a seguinte mensagem em seu Twitter após a ocupação: “O triplex do Guarujá foi ocupado pelo Povo Sem Medo. Se é do Lula, o povo pode ficar. Se não é, Sérgio Moro precisa explicar porque ele está preso”.

O ex-presidente está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR) desde último dia 7. Até o momento, a Justiça Federal e o Ministério Público Federal não se pronunciaram a respeito da ocupação do triplex.

MTST promete grande mobilização contra impeachment no dia 1º de maio

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou nesta terça-feira (19) que os movimentos sociais ligados ao PT devem realizar um grande ato contra o impeachment no 1º de maio e que o MTST deve realizar manifestações simultâneas em 10 Estados no início da próxima semana, todas contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. “A expectativa para barrar o golpe não será no carpete do Congresso, mas no asfalto das ruas”, disse o ativista. Segundo ele, a manifestação da próxima semana ainda não tem data marcada, mas deve ser definida amanhã.

Para Boulos, a votação de domingo na Câmara o processo de impeachment, na verdade, uma eleição indireta para presidente da República. “O plenário estava dividido entre quem queria Dilma e quem queria Temer”, afirmou. “A várzea a qual o País assistiu no domingo, lamentavelmente, com um pouquinho mais de requinte e de perfume, deve se repetir no Senado. O nível político é o mesmo”, acrescentou Boulos, que disse considerar ilegítimo um eventual governo Temer.

Boulos deixou nesta tarde a sede do diretório nacional do PT. Ele participou de encontro com dirigentes do partido. A reunião começou pela manhã e acabou há pouco. Eles discutiram a votação de domingo e elaboraram os próximos passos da legenda. Boulos veio para manifestar a posição do MTST sobre o atual cenário.