Policial que pisoteou pescoço de mulher negra durante abordagem é denunciado à OEA

(Foto: Reprodução/TV Globo)

A Coalizão Negra Por Direitos, movimento que reúne organizações de direitos civis no Brasil, denunciou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, vinculada a Organização dos Estados Americanos (OEA) a violência contra uma mulher negra praticada por um policial de São Paulo durante uma abordagem. Imagens mostram o agente de segurança pisando no pescoço da comerciante de 51 anos.

Em entrevista ao Fantástico no domingo (12)a vítima relatou que foi empurrada na grade do próprio bar, levou três socos e teve a tíbia quebrada ao levar uma rasteira. Em uma das cenas exibidas pelo programa de televisão, ela aparece deitada no chão com o policial pisando em seu pescoço. Depois, é algemada e arrastada para uma calçada, onde é novamente imobilizada pelo pescoço. Desta vez, o policial usa o joelho.

No documento, a entidade pede apoio para garantir a expulsão dos agentes da Polícia Militar envolvidos no episódio e para pressionar o governo de são Paulo a reformular os protocolos de abordagem corporal.

A Coalizão Negra Por Direitos enviou representação pedindo que a Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo instaure investigação criminal dos policiais militares que participaram das agressões. A organização cobra o afastamento definitivo dos agentes, além de sua responsabilização penal e administrativa. As informações são do Estado de S. Paulo.

Índices de violência revela que risco de jovens negras serem mortas é duas vezes

Nacionalmente, o risco de uma jovem negra ser vítima de homicídio é 2,19 vezes maior do que o de uma jovem branca. (Foto: Reprodução)

Dados do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência, divulgados hoje (11) pela Unesco, reforçam a constatação de que são os jovens de 15 a 29 anos, negros, moradores das periferias e das áreas metropolitanas dos grandes centros urbanos, as maiores vítimas da violência.

Com base na análise das ocorrências de 2015, os pesquisadores também concluíram que, em 26 das 27 unidades da federação, a taxa de homicídios é maior entre as mulheres negras nesta faixa etária do que entre as mulheres brancas.

Nacionalmente, o risco de uma jovem negra ser vítima de homicídio é 2,19 vezes maior do que o de uma jovem branca. Desmembrando os dados, os pesquisadores identificaram que, no Rio Grande do Norte, o risco de assassinato para as negras desta faixa etária é 8,11 vezes maior que o de uma jovem branca.

Com informações do EBC