Nelson Teich recusa convite para atuar como Conselheiro no Ministério da Saúde

Teich foi convidado pelo atual ministro para compor equipe

Nelson Teich recusou o convite do atual ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para voltar à pasta. Teich anunciou sua decisão nesse sábado (23), alegando que não seria coerente aceitar o cargo de conselheiro, uma semana após se demitir do Ministério.

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“Agradeço ao Ministro Interino Eduardo Pazuello pelo convite para ser Conselheiro do Ministério da Saúde, mas não seria coerente ter deixado o cargo de Ministro da Saúde na semana passada e aceitar a posição de Conselheiro na semana seguinte”, escreveu Teich em uma rede social.

Teich substituiu Luiz Henrique Mandetta na pasta, mas deixou o cargo antes de completar um mês na função. Ele também aproveitou o momento para desejar bom trabalho ao seu substituto. “Uma condução técnica do Sistema de Saúde significa uma gestão onde estratégia, planejamento, metas e ações são baseadas em informações amplas e precisas, acompanhadas continuadamente através de indicadores. Desejo ao Ministro Interino Eduardo Pazuello todo o sucesso na condução do Ministério da Saúde e estou à disposição para que a transição aconteça da melhor forma possível”, completou.

Teich diz que escolheu sair, mas não explica o motivo

Ex-Ministro da Saúde, Nelson Teich.

Um dia antes de completar um mês no cargo e em meio à explosão de casos e mortes pela epidemia do coronavírus no país, o ex-ministro da Saúde Nelson Teich afirmou nesta sexta-feira (15), em pronunciamento no Ministério da Saúde, que “escolheu” deixar a pasta. Ele fez a afirmação durante um rápido pronunciamento no auditório do ministério ao lado do secretário-executivo, general Eduardo Pazuello, e de técnicos da pasta. O ex-ministro não explicou o motivo que o levou a tomar a decisão.

“A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair”, afirmou o ex-ministro.

Ele disse que não aceitou o convite pelo cargo. “Eu aceitei que achava que poderia ajudar o Brasil e ajudar as pessoas”, afirmou.

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Nelson Teich não é mais ministro da Saúde do Brasil. Ele pediu exoneração nessa sexta-feira (15), antes mesmo de completar um mês na pasta. O Governo Federal confirmou a demissão em uma breve nota divulgada à imprensa e convocará uma coletiva ainda hoje.

“O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração nesta manhã. Uma coletiva de imprensa será marcada nesta tarde“, afirma a nota do Governo. Teich substituiu Luiz Henrique Mandetta, que já havia se desentendido publicamente com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre as ações federais durante a pandemia da covid-19.

Nessa semana Teich foi pego de surpresa em uma coletiva ao saber que Bolsonaro autorizou a reabertura de academias sem consultar a pasta. Outro ponto de divergência foi o uso da cloroquina, que Teich recomendou calma, mas o presidente insiste ser a cura do coronavírus.

Ministro da Saúde demite 13 funcionários; inclusive de áreas estratégicas

Ministro da Saúde, Nelson Teich. (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Saúde, Nelson Teich, exonerou 13 servidores da pasta nesta quinta-feira (7). As trocas já estavam previstas desde a saída de Luiz Henrique Mandetta (DEM) do cargo de ministro, em 16 de abril, e algumas mudanças foram feitas a pedido dos servidores.

A nova gestão tem loteado cargos estratégicos com militares e promete também espaços a partidos do Centrão, como PL e PP. Para gestores do SUS, Teich parece “tutelado” pelo Palácio do Planalto e pela ala militar do governo.

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Ministro da Saúde anuncia general para ser novo ‘número dois’ da pasta

O ministro da Saúde, Nelson Teich

O ministro da Saúde, Nelson Teich, anunciou nesta quarta-feira (22) a escolha do general Eduardo Pazuello como novo secretário-executivo da pasta. O cargo é o segundo mais importante na hierarquia do ministério e seu ocupante é o substituto eventual nas ausências do ministro.

Segundo o ministro Teich, Pazuello foi escolhido por suas capacidades na gestão de logística, considerada por ele uma das principais necessidades para a atual crise derivada da pandemia do novo coronavírus.

“A impressão que eu tenho é que temos que ser muito mais eficientes do que a gente é hoje. Estamos falando de logística, de compra, de distribuição e ele [o novo secretário-executivo] é muito experiente nisso”, disse. “É uma pessoa que vem nos ajudar em um momento de corrida contra o tempo”.

Pazuello substitui, portanto, João Gabbardo, nomeado para a posição durante a gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM). O general conta com as bênçãos do Palácio do Planalto para o cargo e foi escolhido após reunião com Teich na terça-feira (21).

Além de Gabbardo, outro dos principais assessores de Mandetta também deve deixar o cargo. Reportagem da CNN informa que a Secretaria de Vigilância em Saúde, hoje dirigida por Wanderson de Oliveira, será ocupada por indicação do PL, um dos partidos do chamado “centrão” que se reaproximou do governo federal.

Conheça o novo ministro da saúde que vai comandar a crise do Coronavírus

Novo Ministro da Saúde, Nelson Teich.

Formado em medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Nelson Teich foi consultor informal para a área de saúde na equipe do presidente Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018. Fundador e presidente do grupo Clínicas Oncológicas Integradas (COI), ele também assessorou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, de setembro de 2019 a janeiro de 2020.

Em um artigo publicado no início de abril, intitulado “COVID-19: Como conduzir o Sistema de Saúde e o Brasil”, Teich afirma que “diante da falta de informações detalhadas e completas do comportamento, da morbidade e da letalidade da Covid-19, e com a possibilidade do Sistema de Saúde não ser capaz de absorver a demanda crescente de pacientes, a opção pelo isolamento horizontal, onde toda a população que não executa atividades essenciais precisa seguir medidas de distanciamento social, é a melhor estratégia no momento”. O oncologista acrescenta que “o isolamento horizontal é uma estratégia que permite ganhar tempo para entender melhor a doença e para implantar medidas que permitam a retomada econômica do país”.

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Mandetta diz que deve deixar o cargo “hoje ou amanhã”

(foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

O anúncio foi feito durante live nesta quinta-feira (16) com profissionais de saúde. Diante dos colegas de profissão, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que deve ser exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro “hoje ou amanhã.

O embate entre ministro e presidente da República tornou-se público há alguns dias. Mandetta vem sendo criticado publicamente por Bolsonaro, que se incomoda com a popularidade e o entrosamento do seu subordinado com integrantes do Legislativo e do Judiciário.

A defesa do ministro em relação ao isolamento social e a quarentena da população também incomodam o chefe do Executivo. “Devemos ter uma situação de troca no ministério que deve se concretizar hoje ou amanhã”, disse o ministro.

O presidente se reuniu, nesta quinta-feira, com nomes de pessoas cotadas para o cargo. Um dos nomes que figuram entre os primeiros lugares da lista é do Oncologista Nelson Teich.3