Ex-Ministro Guido Mantega é preso em nova fase da Operação Lava Jato

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Mantega é suspeito de atuar para arrecadar propinas para o PT em 2012. (Foto: Internet)

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 22, a Arquivo X, 34ª fase da Operação Lava Jato. O ex-ministro de Lula e Dilma, Guido Mantega, foi preso temporariamente. Ele não estava em sua residência, alvo de busca e apreensão. Mantega estava no Hospital Albert Einstein, onde acompanhava a mulher em uma cirurgia. Mantega é suspeito de atuar para arrecadar propinas para o PT em 2012 em contratos de duas plataformas, P67 e P70.

A Polícia Federal cumpre mandados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Distrito Federal. Em São Paulo, há 7 mandados de busca e apreensão, sendo um em Sorocaba, e dois de prisão. As equipes policiais estão cumprindo 49 ordens judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão, 08 mandados de prisão temporária e 08 mandados de condução coercitiva.

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Empresários pernambucanos são alvos da nova fase da Lava-Jato

(Foto: Reprodução/Internet)

Os dois são pai e filho, sendo Marcos José o presidente da Cone S/A, que é um condomínio de logística. (Foto: Reprodução/Internet)

Os empresários pernambucanos Marcos José Moura Dubeux e Marcos Roberto Bezerra de Melo Moura Dubeux tiveram objetos e valores em dinheiro apreendidos na nova fase da Operação Lava-Jato. O fato aconteceu na casa dos empresários no Bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

Vinte e cinco policiais federais, acompanhados de três procuradores da República, participaram da ação nas residências. A sede da Cone S/A, localizada na BR-101, no Distrito Industrial do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR), também foi alvo da operação.

De acordo com a Polícia Federal (PF), o objetivo da operação é recolher documentos, aparelhos de informática e valores em dinheiro. Até o momento, foram recolhidos em posse dos empresários 30 mil euros e US$ 53 mil, além de aparelhos de informática. O chefe de comunicação da PF em Pernambuco, Giovani Santoro, declarou que a operação investiga um esquema de corrupção e a decisão da busca e apreensão foi tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), já que envolve políticos com direito a foro especial.

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Nova fase da Lava Jato mira offshore com triplex vizinho ao reservado a Lula

LULA

A 22ª fase da Operação Lava Jato tem como foco a empresa offshore Murray, sediada no Panamá, que detém a propriedade de um triplex no mesmo condomínio que a construtora OAS havia reservado um triplex para a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula, na praia de Astúrias, no Guarujá.

A Folha apurou que essa etapa da operação mira em negócios da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo). O objetivo é descobrir se a offshore foi utilizada pela OAS para lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal iniciou na manhã desta quarta-feira (27) mais uma fase da Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras.
Estão sendo cumpridos seis mandados de prisão, dois de condução coercitiva e 15 de busca e apreensão.

As diligências ocorrem nas cidades de São Paulo, Santo André, São Bernardo e Joaçaba (SC).
Os alvos são investigados que abriram empresas offshore e contas no exterior, além de terem ocultado patrimônio por intermédio de um empreendimento imobiliário.

Bancoop

Além dos procuradores da Lava Jato, a Promotoria de Justiça de São Paulo também apura os negócios da Bancoop.

O ex-presidente Lula é alvo de investigação sobre a legalidade da transferência de empreendimentos da cooperativa habitacional para a OAS em 2009.

A Promotoria apura também se a empreiteira usou apartamentos do prédio, localizado na praia de Astúrias, no Guarujá (SP), para lavar dinheiro ou beneficiar pessoas indevidamente.

A empreiteira OAS, que teve alguns de seus executivos condenados em uma sentença da Operação Lava Jato, pagou por reformas feitas em 2014 no triplex reservado à família de Lula. As modificações incluem a instalação de um elevador privativo.

Lula adquiriu em 2005 com sua mulher, Marisa Letícia, uma cota de participação da Bancoop, quitada em 2010, referente ao imóvel na planta.

Em 2009, o empreendimento foi assumido pela construtora OAS, que terminou a construção do edifício.
Ao disputar a reeleição em 2006, Lula informou à Justiça Eleitoral ter pago à Bancoop R$ 47.695,38 pelo apartamento. Corretores locais dizem que o imóvel vale R$ 1,5 milhão. (Folha de PE)