Fome extrema em Gaza ainda pode ser evitada, segundo a ONU

Ainda é possível “evitar” a fome extrema em Gaza se Israel deixar que as agências humanitárias enviem mais ajuda para o território, defendeu, neste domingo (25), o chefe da agência da ONU para os refugiados palestinos, a UNRWA, Philippe Lazzarini. Segundo a ONU, 2,2 milhões de pessoas, ou seja, a imensa maioria da população de Gaza, é ameaçada pela fome extrema na Faixa, um território palestino assediado por Israel.

Essa grave escassez poderia provocar uma “explosão” de mortalidade infantil no norte do território, onde uma em cada seis crianças menores de dois anos sofre de desnutrição aguda. “É uma catástrofe provocada pelo homem […] O mundo se comprometeu a não permitir a fome nunca mais”, escreveu Lazzarini na plataforma X. Segundo ele, “a fome extrema ainda pode ser evitada se houver a verdadeira vontade política de permitir o acesso e a proteção a uma ajuda significativa”.

Nos últimos dias, palestinos residentes em Gaza disseram à AFP que se viram obrigados a comer folhas e forragem e, inclusive, a matar animais de tração para se alimentar. Antes da guerra, entravam em Gaza cerca de 500 caminhões diários com alimentos. Mas, desde 7 de outubro, quando começou a guerra entre Israel e o Hamas devido ao ataque de milicianos deste movimento islamista palestino em solo israelense, esse número raramente passa dos 200, apesar da necessidade angustiante dos habitantes da Faixa.

A situação é muito alarmante no norte, vítima do “caos e da violência”, segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA), que suspendeu na terça-feira a distribuição da ajuda no território, por causa dos combates e porque o povo, faminto, se lançava sobre os caminhões para saqueá-los.

AFP

Bio-Manguinhos será laboratório de prontidão para emergências globais

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz, Bio-Manguinhos, vai se tornar um laboratório de prontidão para produção de vacinas em situações de emergência sanitária. A partir da associação a uma rede formada pela Organização das Nações Unidas (ONU), o laboratório brasileiro será acionado para fornecer vacinas para outros países, especialmente na América Latina, em caso de epidemia ou pandemia. Os termos de cooperação devem ser assinados em breve, de acordo com o diretor de Bio Manguinhos Maurício Zuma:

“O ano de 2023 foi o mais marcante dos últimos anos, porque nós temos sido muito procurados, não só nacionalmente, mas internacionalmente, com a visibilidade que nós temos hoje. Para dar apoio internacional, para cumprir essa lacuna que tem de falta de vacinas no mundo”, explica. O Instituto é o principal produtor de vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI), e já fornece imunizantes para mais de 70 países em cooperação com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

“Obviamente que a nossa prioridade é sempre interna. Mas a gente deve se comprometer também a liberar doses para o exterior, o que a gente já faz. Mas eles querem contar com o nosso compromisso, e que a gente esteja preparado para poder dar essa resposta”, complementa Zuma.

Teconologia MRNA
Mas essa não é a única grande expectativa do Instituto para 2024. Ainda no primeiro semestre deve começar a fase de testes clínicos da vacina contra a covid-19 em plataforma de RNA mensageiro, revela Zuma: “como é uma tecnologia nossa, a gente não pode encomendar esses testes clínicos fora. Nós estamos esperando chegar o último equipamento da parte de downstream, que a gente chama, para poder produzir o lote clínico e aí já dar entrada no pedido dos estudos clínicos”

Essa é a mesma plataforma utilizada na vacina da Pfizer e consiste na produção de uma cópia sintética de parte do código genético do agente infeccioso. Quando essa molécula sintética é injetada no organismo, ativa o sistema imunológico, mesmo sem possuir nenhum fragmento real do causador da doença. Sua principal vantagem é a facilidade de adaptação da plataforma básica para combater agentes diferentes.

Os testes em animais já foram feitos e tiveram excelentes resultados, segundo Zuma. Ele acredita que o domínio dessa tecnologia seja uma alavanca para o futuro: “É a nossa vacina base (a vacina para a covid-19). Com essa vacina a gente vai já trabalhando em outras iniciativas, na mesma plataforma. A de vírus sincicial respiratório é uma delas. Eu acho que com a primeira vacina avançando bem, a gente vai poder acelerar vários outros projetos nessa plataforma. Esse projeto conversa com a questão da gente ser um laboratório de prontidão regional. (…) Você escolhendo a sequência genética do vírus, rapidamente você consegue fazer um protótipo e fazer o estudo clínico dele. Então é muito rápido”

Há também outras duas vacinas de destaque em desenvolvimento no Instituto, mas ainda no estágio de prova de conceito, quando os pesquisadores verificam, a partir de testes em animais, se o imunizante produz resposta imunológica no organismo. Uma delas é para combater o zika vírus, e a outra é uma opção contra a febre amarela feita com vírus inativado, ou seja, morto. Atualmente, a vacina disponível contra a febre amarela – feita com o vírus enfraquecido – não é aplicada de maneira geral nos idosos, porque eles têm mais risco de desenvolver efeitos adversos. Essa nova vacina pode solucionar essa limitação.

Estrutura
E para garantir que o Instituto dê conta de produzir esses novos imunizantes e atender à possível demanda internacional, algumas adaptações e uma grande ampliação estão em andamento. Em 2028, a Fiocruz deve inaugurar o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde, que está sendo construído em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Agora que a iniciativa recebeu um novo aporte de R$  2 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), as obras devem avançar com mais rapidez.

Quando a nova unidade estiver em funcionamento, Bio-Manguinhos vai conseguir dobrar a quantidade de processamento e produzir até 1 bilhão de doses de vacinas por dia, caso seja necessário. Zuma enfatiza que o projeto está sendo pensado para que Bio-Manguinhos ocupe a vanguarda da indústria farmacêutica.

Mas antes disso, as plantas do Instituto estão sendo adaptadas para otimizar a produção atual. “Nós vamos utilizar uma área nossa que foi desmobilizada para fazer uma construção modular para vacinas virais. Por exemplo, a vacina Rotavírus, hoje a gente não produz o IFA [Ingrediente Farmacêutico Ativo – substância que produz a reação imunológica] porque a gente não tem lugar para produzir. Lá ele vai poder ser produzido e a gente vai poder concluir essa transferência de tecnologia. No caso de vacinas como rubéola, também vai aumentar muito a nossa capacidade. E abrindo espaço ali para rubéola, a gente abre espaço na nossa outra planta para aumentar a capacidade de sarampo e de caxumba”, conta Zuma.

E tudo isso também se relaciona com o aumento da relevância internacional do Instituto. Ainda no primeiro trimestre, Bio-Manguinhos deve ser certificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para exportar a vacina dupla viral, que protege contra o sarampo e caxumba, e já está em negociação com a Opas e o Unicef, para entregar essas vacinas em países africanos.

“Além disso, essa planta também deverá ter uma nova produção da vacina atual de febre amarela de forma mais automatizada. Ou seja, a gente vai ter mais capacidade para essa vacina que tem um grande apelo internacional também. Então nós estamos nos comprometendo para o exterior com mais vacina de febre amarela e com vacina dupla viral”, complementa o diretor do instituto.

E caso haja alguma epidemia ou pandemia antes que a nova fábrica de Santa Cruz esteja pronta, uma nova linha de envase inaugurada recentemente pode produzir até 1 milhão de doses por dia, em situações de emergência.

Terapias avançadas
Zuma não quis dar mais detalhes, mas revelou também que o instituto está finalizando acordos para a produção de terapias avançadas, com tecnologia de vetor viral, semelhante à utilizada para o desenvolvimento de vacinas. Essas terapias são produtos biológicos criados a partir de célula e tecidos humanos processados, e até modificados geneticamente, para tratar doenças graves, ou resistentes a medicamentos tradicionais.

“E isso vai ser importantíssimo para o governo. Porque, primeiro que algumas empresas grandes farmacêuticas já propiciam o tratamento nessa plataforma a custos altíssimos, de US$ 500 mil para um tratamento assim. E isso sendo judicializado obriga o governo a bancar esses valores. Nós pretendemos com a nossa entrada reduzir isso a cerca de 10% do valor que hoje tá aí no mercado e a introdução desse tratamento no SUS. Mesmo que não seja como primeira linha, pelo custo, mas, caso outros tratamentos falhem, ele possa ser utilizado a um custo mais acessível”, finaliza Zuma.

Agência Brasil

Governo Bolsonaro marcará posição na ONU contra aborto, nesta 2ª feira

Cristiane Britto, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Brito, vai aproveitar o palco do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça, para reiterar a posição do Governo Bolsonaro contra o aborto em âmbito internacional.

Ela discursa, nesta segunda-feira, na abertura e no encerramento da Revisão Periódica Universal (RPU), um processo instituído pela ONU com o objetivo de monitorar a situação dos direitos humanos de todos os 193 Estados-membros da organização, que se avaliam entre si.

O discurso antiaborto chega em um momento de incerteza sobre a condução da temática pelo futuro Governo Lula.

O temor é que o Governo Lula, como fez Biden quando assumiu a Presidência dos Estados Unidos, deixe o bloco tão logo ocorra a posse da nova gestão.

A diferença é que uma eventual “saída à francesa” pode atrapalhar os planos do petista de se aproximar dos evangélicos e enterrar de vez qualquer possibilidade de composição.

Os relatores para a revisão do relatório brasileiro serão Japão, Paraguai e Montenegro.

As autoridades vão apresentar ações do Governo Brasileiro para imigrantes, refugiados, educação em direitos humanos, população LGBT, empresas e direitos humanos, liberdade religiosa, sistema único de assistência social, benefício emergencial e Auxílio Brasil.

Comitê da ONU conclui que Moro foi parcial e dá vitória para Lula

O Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) concluiu que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial em seu julgamento dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da Operação Lava Jato. A decisão é o primeiro golpe internacional contra o ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro. O órgão também concluiu que os direitos políticos de Lula foram violados em 2018, quando ele foi impedido de disputar as eleições.

Depois de seis anos de análise em Genebra, a decisão é legalmente vinculante e, com o Brasil tendo ratificado os tratados internacionais, o estado tem a obrigação de seguir a recomendação. Mas sem uma forma de obrigar os países a adotar as medidas ou penas contra os governos, o comitê sabe que muitas de suas decisões correm o risco de serem ignoradas.

No caso brasileiro, o STF (Supremo Tribunal Federal) já o considerou Moro como tendo agido de forma parcial e anulou as condenações. Mas recomendações ainda serão publicadas pelo comitê da ONU nos próximos dias e podem pedir medidas para reparar o dano sofrido por Lula.

LEIA MAIS

Com voto do Brasil, ONU pede ‘fim imediato das hostilidades’ e culpa Rússia por crise humanitária na Ucrânia

A Assembleia Geral da ONU aprovou, nesta quinta-feira (24), uma resolução que culpa a Rússia pela crise humanitária na Ucrânia e que pediu novamente o “fim imediato” das hostilidades no país.

Essa foi a segunda resolução aprovada contra a Rússia na Assembleia da ONU em menos de um mês. Mais uma vez, ela é não vinculante, ou seja, não tem cumprimento obrigatório.

A resolução, elaborada por Ucrânia e aliados, recebeu 140 votos a favor (inclusive do Brasil) e 5 votos contra, enquanto 38 países se abstiveram. (Veja a tabela com os votos abaixo).

Painel mostra votação da Assembleia Geral da ONU em 24 de março de 2022 — Foto: Reprodução/UNTV

Painel mostra votação da Assembleia Geral da ONU em 24 de março de 2022 — Foto: Reprodução/UNTV

Houve uma salva de aplausos na Assembleia após o anúncio do resultado da votação.

Belarus, Coreia do Norte, Eritreia, Síria e Rússia votaram contra, como fizeram na primeira resolução adotada em 2 de março.

China, Bolívia, Cuba, El Salvador, Nicarágua e Irã são alguns dos 38 países que se abstiveram nesta votação.

LEIA MAIS

Governo confirma que Brasil receberá 4 milhões de vacinas

(Foto: Evandro Leal / Estadão Conteúdo)

O governo brasileiro confirmou neste sábado, 17, a comunicação feita por representantes do consórcio internacional de vacinas Covax Facility sobre a disponibilização de 4 milhões de doses ao País em maio. O lote envolve o imunizante produzido pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.

Em nota conjunta, os ministérios da Saúde e das Relações Exteriores informam que o Brasil já recebeu em março 1 milhão de doses da mesma fabricante por meio do Covax Facility. O consórcio internacional tem participação brasileira e busca ampliar o acesso à vacina a países com menos recursos.

LEIA MAIS

Composição do jogador juazeirense Daniel Alves ganha clipe em iniciativa da ONU

Além de ser o jogador mais premiado da história do futebol, a frente até mesmo de Pelé e o saudoso Maradona, o juazeirense Daniel Alves ou Dani Alves como gosta de ser chamado, agora desponta também como compositor. O Jogador do São Paulo está participando do projeto Verificado, iniciativa global da Organização das Nações Unidas (ONU) que desenvolve ações em resposta à Covid-19 com foco em ciência, soluções e solidariedade, encerra o ano unindo 16 artistas consagrados de diversos estilos.

A música “Avião”, composição inédita de Dani Alves, Afonso Nigro, Milton Guedes e Mauricio Monteiro está sendo lançada nas redes sociais da ONU Brasil neste segunda-feira (28) reunindo um time de peso como Afonso Nigro, Alejandro Sanz, Carlinhos Brown, Daniel, Di Ferrero, Fábio Jr., Kaê Guajajara, Marcos & Belutti, Nando Reis, Roberta Miranda, Rodrigo Faro, Rogério Flausino, Sandra de Sá, Tiago Abravanel e Vitor Kley.

A composição mostra que quando trabalhamos juntos é possível construir um futuro melhor, superando os desafios que a pandemia pelo novo coronavírus instaurou.  E prova como são importantes nesses momentos a união e a cooperação global. click no Link para ver o clipe. http://bit.ly/MusicaAviao

Prefeito Miguel Coelho recebe o Selo Unicef 2020

(Foto: Fernando da Hora)

A premiação por desenvolver projetos e programas públicos para a redução de desigualdades na infância aconteceu nesta quinta-feira (17), em uma solenidade para poucas pessoas, por causa da pandemia do novo coronavírus, no Instituto Ricardo Brennand, na cidade do Recife. Além de Miguel Coelho, outros 33 gestores pernambucanos também foram homenageados.

Único prefeito das cidades pernambucanas com mais de 110 mil moradores a receber o Selo Unicef 2020 da Organização das Nações Unidas (ONU), Miguel estava por sua mãe, dona Adriana Coelho, e as responsáveis pelo programa municipal do Selo Unicef em Petrolina, Kátia Carvalho e Benícia Tavares.

LEIA MAIS

EUA iniciam retirada formal da OMS, diz Donald Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (7), ao Congresso do país e às Organizações das Nações Unidas (ONU), o início do processo de retirada formal norte-americana da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o G1, portal de notícias das Organizações Globo, esta saída terá efeito a partir de 6 de julho de 2021.

De acordo com o Departamento de Estado americano, “o aviso de retirada dos Estados Unidos, em 6 de julho de 2021, foi submetido ao Secretário-Geral da ONU, que é o depositário da OMS”.

No dia 29 de maio, Trump já havia indicado a que os EUA iriam encerrar as relações com a OMS, e que iria realocar os investimentos na instituição para outros órgãos.

À época, ele acusou a China de estar à frente das decisões da OMS mesmo, apesar de o país asiático financiar menos que os EUA a organização.

Relatório da ONU aponta que uso excessivo de remédios pode matar 10 milhões ao ano até 2050

(Foto: Internet)

Relatório de entidades ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta segunda-feira (29), alerta que o uso excessivo de medicamentos e os consequentes casos de resistência antimicrobiana podem causar a morte de até 10 milhões de pessoas todos os anos até 2050.

Segundo o documento, o prejuízo à economia global pode ser tão catastrófico quanto a crise financeira que assolou o mundo entre 2008 e 2009. A estimativa é que, até 2030, a resistência antimicrobiana leve cerca de 24 milhões de pessoas à extrema pobreza.

Atualmente, pelo menos 700 mil pessoas morrem todos os anos devido a doenças resistentes a medicamentos – incluindo 230 mil por causa da chamada tuberculose multirresistente.

LEIA MAIS

Seis mulheres são vítimas de feminicídio a cada hora, segundo a ONU

(Foto: Ilustração)

Por dia, 137 mulheres são vítimas de assassinatos em 2017, seis por hora, cometidos pelos seus companheiros, ex-maridos ou familiares, quase sempre homens, segundo um relatório publicado ontem (25) pelas Nações Unidas.

“No mundo todo, em países ricos e pobres, em regiões desenvolvidas e em desenvolvimento, um total de 50 mil mulheres são assassinadas todo ano por companheiros atuais ou passados, pais, irmãos, mulheres, irmãs e outros parentes, devido ao seu papel e a sua condição de mulheres”, denuncia o relatório.

O documento, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (Onudd), indica que 58% de todos os assassinatos de mulheres em 2017 foram cometidos por companheiros ou familiares, o que faz com que o lar seja o “lugar mais perigoso para as mulheres”. O relatório indica que os assassinatos de mulheres por parte dos seus companheiros “é frequentemente a culminação de uma violência de longa duração e pode ser prevenida”.

LEIA MAIS

Discurso de Bolsonaro contra direitos humanos é ‘perigoso’, diz alto comissário da ONU

(Foto: Internet)

Discursos como o do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro (RJ), sobre direitos humanos podem representar “um perigo” para certas parcelas da população no curto prazo e para “o país todo” no longo prazo. O alerta é de Zeid Al Hussein, alto comissário da ONU para Direitos Humanos. Ele deixa seu cargo no final desta semana e será substituído pela chilena Michelle Bachelet.

Para Zeid, o “instrumento” usado para ver o avanço de tais posições é “simples”. “Quando as pessoas estão ansiosas, quando existem incertezas econômicas, globais ou não, por conta da crise nas commodities nos últimos anos, ao dar uma resposta simplista e tocando nas emoções naturais das pessoas – e talvez olhando para uma liderança mais forte, firme – é uma combinação que é bastante poderosa”, disse Zeid.

“O perigo é que isso venha às custas de um certo grupo no curto prazo e, no longo prazo, de todo o país”, afirmou. “Temos de ser mais conscientes de exemplos históricos. Não é para dizer que o progresso humano foi fácil”, disse. “Eu confesso que, de muitas maneiras, não entendo o pensamento conservador. Se apenas escutássemos a isso, talvez alguns de nós ainda estivéssemos em cavernas”, afirmou. “O progresso ocorreu porque estipulamos que todos devem ter direitos iguais”, disse.

LEIA MAIS

‘A cada 23 minutos, um jovem negro morre no Brasil’, diz ONU

(Cartaz Divulgação)

A campanha “Vidas Negras” da Organização das Nações Unidas (ONU Brasil) foi lançada nesta terça-feira (7), em Brasília, e chama a atenção para morte de um jovem negro a cada 23 minutos no país. Os números são do Mapa da Violência, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).

A campanha faz parte dos eventos que serão promovidos no mês da Consciência Negra e reúne uma série de vídeos que abordam temas como “filtragem racial”. Segundo a ONU, trata-se da escolha de suspeitos pela polícia com base “exclusivamente na cor da pele”. Outro tema é o “extermínio da juventude negra”.

Na campanha, os números os são apresentados por artistas como Taís Araújo, Elisa Lucinda e Érico Brás. Os vídeos deverão ser veiculados ao longo de um ano, nos meios de comunicação. Segundo o coordenador residente das Nações Unidas Niky Fabiancic, o objetivo da campanha é “incluir jovens negros na agenda do desenvolvimento sustentável”.

Com informações do G1

2017 é o ano mais quente já registrado sem o fenômeno El Niño

El Niño afeta a cada três a sete anos as temperaturas, as correntes e as precipitações. (Foto: Ilustração)

Nesta segunda-feira (6) um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado durante a abertura da 23ª Conferência da ONU sobre o Clima, revelou que 2017 será o ano mais quente já registrado sem a ocorrência do fenômeno meteorológico El Niño desde o início dos registros desse tipo,

“Os últimos três anos são os mais quentes jamais registrados e fazem parte da tendência de aquecimento em longo prazo do planeta”, enfatizou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, em um comunicado difundido em Bonn.

Sob os efeitos do El Niño, 2016 deve conservar seu recorde de ao mais enquanto, enquanto que os anos de 2015, que também registrou esse fenômeno meteorológico, e o de 2017 disputam o segundo e terceiro lugares.

El Niño afeta a cada três a sete anos as temperaturas, as correntes e as precipitações. O período de 2013 a 2017 poderá ser considerado o mais quente jamais registrado, segundo a agência da ONU em um balanço provisório.

Fonte JC

ONU diz que podem ter sido cometidos “crimes contra humanidade” na Venezuela

(Foto: Internet)

O alto comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad al Hussein, afirmou nesta segunda-feira (11) que podem ter sido cometidos “crimes contra a humanidade” na Venezuela durante os protestos antigovernamentais, e pediu ao Conselho de Direitos Humanos que abra uma investigação internacional. A informação é da Agência EFE.

“A minha investigação sugere a possibilidade de que possam ter sido cometidos crimes contra a humanidade, algo que só pode ser confirmado por uma investigação penal posterior”, apontou o diplomata jordaniano em seu discurso de abertura da 36ª sessão do Conselho de Direitos Humanos (CDH).

Zeid disse que apoia o conceito de uma Comissão Nacional da Verdade e Reconciliação, mas considerou “inadequado” o mecanismo atual, e pediu que seja remodelado “com o apoio e o envolvimento da comunidade internacional”.

Além disso, pediu ao Conselho de Direitos Humanos da ONU que estabeleça uma “investigação internacional” sobre as violações de direitos humanos na Venezuela.

LEIA MAIS
123