Operação Turbulência: PF investiga empresa suspeita de financiar compra de avião de Eduardo Campos

(Foto: Internet)

Seis mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva foram cumpridos pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (31) dentro da Operação Vortex, que é um desmembramento da Operação Turbulência.

De acordo com a PF, ao analisar as contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas utilizadas para a compra do avião Cessna envolvido no acidente fatal do ex-governador e então candidato à Presidência Eduardo Campos, observou-se que os valores transferidos por uma das empresas investigadas na Operação Turbulência lhe haviam sido na verdade repassados, dois dias antes, por uma terceira empresa, que ainda não havia sido alvo da investigação original.

Os investigadores apontam ainda que a exatidão do montante e o curto lapso temporal envolvido nas duas transações sugerem que a conta investigada na Operação Turbulência tenha sido mera conta de passagem e que a empresa remetente dos recursos possui contratos milionários com o governo do Estado. Também foi observado que suas doações a campanhas políticas aumentaram de forma exponencial ao longo dos últimos anos, notadamente para o partido e candidatos apoiados pelo ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Com informações do FolhaPE

Eduardo Campos e FBC são citados como ”clientes” em denúncia do MPF da Operação Turbulência

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Operação Turbulência avançou mais uma etapa com a denúncia de 18 envolvidos pelo Ministério Público Federal

A Operação Turbulência avançou mais uma etapa nesta quarta-feira (3), após a Procuradoria da República em Pernambuco encaminhar à Justiça Federal denúncia contra 18 envolvidos na suposta organização criminosa. No documento de 46 páginas, apresentado pelo procurador Cláudio Henrique Cavalcanti Dias, há menções explícitas ao exgovernador Eduardo Campos (PSB) e ao senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), pai do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB), com indícios de que eles seriam beneficiários do esquema de propina.

Eles são classificados como “clientes” do processo de lavagem de dinheiro e branqueamento de recursos feito por João Carlos Lyra, que está preso no Cotel desde junho. A nomeclatura diz respeito a pessoas que procuravam à organização para lavar dinheiro.

O caso chegou à Justiça Federal anteontem e agora caberá à juíza federal Amanda Torres de Lucena Diniz Araújo, da 4ª Vara, decidir sobre a abertura de ação penal. Semana passada, a Polícia Federal indiciou 20 pessoas investigadas pela Operação Turbulência, pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsidade ideológica.

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Ex-ministro de Lula e Dilma é preso por PF

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No total, estão sendo cumpridos 65 mandados judiciais em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal./ Foto: internet

O ex-ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no primeiro governo Dilma, Paulo Bernardo, foi preso nesta quinta-feira (23) em um desdobramento da 18ª fase da Operação Lava Jato, em Brasília, batizada de “Custo Brasil”.

Paulo Bernardo é marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Tabém foi levado em  condução coercitiva, quando a pessoa presta depoimento e depois é liberada, Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência do governo Dilma.

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Declarado foragido pela Operação Turbulência, empresário é encontrado morto em motel

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Morte é a primeira que acontece em meio à Operação Lava-Jato e seus desdobramentos/Foto:arquivo

O empresário Paulo César de Barros Morato, que estava sendo investigado pela Operação Turbulência, e foi declarado como foragido pela Polícia Federal nesta última terça (21) foi encontrado morto nesta quarta-feira (22), à noite, num motel localizado na Avenida Perimetral, em Olinda. A delegada Gleide Ângelo e o delegado Jorge Ferreira estão no local e confirmaram a morte, mas ainda não revelaram se foi suicídio, homicídio ou morte natural. Os motivos ainda são desconhecidos, mas esta é a primeira morte que ocorre em meio a desdobramentos da Lava-Jato. Gleide Ângelo já antecipou que não daria entrevistas.

A Polícia Federal chegou a cogitar a possibilidade de incluir o nome do empresário Paulo César na lista dos procurados da Interpol. Segundo a PF, ele é suspeito de integrar uma organização criminosa que teria desviado R$ 600 milhões, envolvendo pelo menos 18 empresas que seriam de fachada e tinha beneficiários políticos de Pernambuco e do Nordeste.

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PSB diz ter confiança na conduta de Eduardo Campos

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O Partido apoia a apuração das investigações e reafirma a certeza de que, ao final, não restarão quaisquer dúvidas de que a campanha de Eduardo Campos não cometeu nenhum ato ilícito.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, divulgou nota em que afirma ter “plena confiança” na conduta do “nosso querido e saudoso Eduardo Campos, ex-presidente e ex-governador de Pernambuco”.

A curta nota, divulgada horas depois a deflagração da Operação Turbulência, da Polícia Federal, acrescenta que o PSB apoia as investigações.

Leia a nota:

Nota oficial do PSB sobre a Operação Turbulência

A direção nacional do Partido Socialista Brasileiro – PSB, em face da Operação Turbulência, da Polícia Federal, noticiada hoje (21) pela imprensa, informa à sociedade brasileira ter plena confiança na conduta do nosso querido e saudoso Eduardo Campos, ex-presidente e ex-governador de Pernambuco.

O Partido apoia a apuração das investigações e reafirma a certeza de que, ao final, não restarão quaisquer dúvidas de que a campanha de Eduardo Campos não cometeu nenhum ato ilícito.

Carlos Siqueira
Presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro