Operação Zelotes: Ministério público pede bloqueio de R$ 21,4 milhões de Lula

(Foto: Internet)

Ministério Público Federal de Brasília pediu para a Justiça o bloqueio de R$ 21,4 milhões em bens e valores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além de Lula, o MP solicitou o bloqueio de R$ 2,5 milhões do seu filho caçula, Luís Cláudio.

O pedido do MP foi feito dentro de uma ação da Operação Zelotes em que Lula e o filho são réus. A defesa do ex-presidente afirmou, em nota, que não há “base jurídica” nem “materialidade” para o pedido de bloqueio. O advogado de Lula, Cristiano Zanin, disse ainda que não há provas para as afirmações que o MP usa para justificar o pedido.

O MP diz que Lula é responsável pelo retorno financeiro que eles tiveram da Saab, além de também ter agido pelo recebimento de R$ 2,5 mi do filho Luís Cláudio.

Veja a nota da defesa de Lula:

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Receita deposita nesta segunda-feira consulta ao terceiro lote do IR 2016

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A restituição ficará disponível no banco durante um ano

A Receita Federal deposita nesta segunda-feira (15) o terceiro lote de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física de 2016. Serão contemplados 1.904.295 contribuintes, que receberão, no total, cerca de R$ 2,5 bilhões. O lote multe exercício contempla também restituições dos exercícios de 2008 a 2015.

Segundo a Receita, 1.958.222 contribuintes terão o crédito bancário depositado no dia 15 de agosto, no valor de R$ 2,65 bilhões.

Desse total, R$ 191,6 milhões serão destinados a contribuintes que, por lei, têm preferência no recebimento da restituição. São 36.977 contribuintes idosos e 4.379 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave.

A Receita disponibiliza aplicativo para tablets e smartphones, o que facilita a consulta às declarações do IR e a situação do CPF. Com ele, será possível analisar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.

A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerer, por meio da internet, mediante o Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no serviço virtual de atendimento da Receita, o e-CAC, em Extrato do Processamento da DIRPF.

Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá entrar em contato com qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento: 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco. Os valores que estão restituídos são corrigidos pela taxa básica de juros, a Selic.

Pernambuco é alvo de nova fase de Operação Zelotes

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A investigação examina o suposto esquema de compra e venda de votos no Carf, conselho vinculado ao Ministério da Fazenda.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal iniciaram uma nova fase da Operação Zelotes nesta segunda-feira. A operação ocorre no Distrito Federal, e nos estados de São Paulo e Pernambuco. A investigação examina o suposto esquema de compra e venda de votos no Carf, conselho vinculado ao Ministério da Fazenda que julga recursos de multas de grandes contribuintes. Um dos investigados nesta etapa é o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, alvo de um mandato de condução coercitiva.

Nesta fase há pelo menos 30 mandados de condução coercitiva e o alvo da operação é a empresa Cimento Penha, acusada de pagar propina para ter multa anulada no Carf. Não há mandados de prisão. A mesma operação apura ainda o esquema de compra de medidas provisórias nos governos Lula e Dilma.

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Auditor fiscal em pernambuco é investigado pela Polícia Federal na 6ª fase da Operação Zelotes

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Todo o material recolhido em Pernambuco durante a 6ª fase da Operação Zelotes da Polícia Federal  – tablets, computadores, agendas, CDs e documentos – deve ser encaminhado para análise nesta sexta-feira (26) a Polícia Federal em Brasília, sede da investigação. Os objetos foram recolhidos nesta quinta-feira (25), resultado do mandado de busca e apreensão na residência de um auditor fiscal da Receita Federal no estado.

O auditor, que não teve o nome divulgado, é suspeito de envolvimento nas fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) ligado ao Ministério da Fazenda. De acordo com a Polícia Federal em Pernambuco, ele foi presidente da primeira sessão de julgamento no CARF entre os anos de 2012 e 2015. Tinha o poder de julgar, com outros integrantes da receita, as multas tributárias contra as empresas. Um mandado de condução coercitiva contra o auditor fiscal também foi cumprido.

O depoimento dele na sede da Polícia Federal, no centro do Recife, durou mais de três horas na manhã desta quinta-feira (25). O assessor de comunicação da PF, Giovanni Santoro, diz que o nome do auditor não pode ser divulgado e que ele ainda pode ser indiciado. “Nós não revelamos o nome dessa pessoa que está sendo ouvida aqui(…) Se depois houver uma contradição ou nesses materiais que nós arrecadamos tiver indício suficiente como também em outros estados da sua participação efetiva aí ele pode ser chamado novamente e aí indiciado por outros crimes que estão sendo investigados dentro dessa operação Zelotes”, disse.

Depois de responder as perguntas elaboradas pelos policiais federais em Brasília, o auditor fiscal foi liberado. Ainda segundo Giovani Santoro é cedo dizer qual é a participação exata do suspeito nas fraudes. “Ainda é prematuro a gente estar indiciando ele por algum tipo de participação, porque é necessário que a gente examine todos esses documentos e aparelhos de informática que foram apreendidos em sua residência”, contou

A Operação Zelotes foi deflagrada em Pernambuco e em outros quatro estados do país: São Paulo, Rio De Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Ao todo foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e 22 de condução coercitiva, quando a pessoa presta depoimento e depois é liberada. Um dos mandados de condução foi para o presidente do Grupo Gerdau, André Gerdau.

Com informações de Rádio Jornal

Zelotes: réu arrola Dilma como testemunha em caso de ‘compra’ de MPs

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Um dos alvos de processo que apura a suposta compra de medidas provisórias no governo federal, o advogado Eduardo Gonçalves Valadão arrolou a presidente Dilma Rousseff como uma de suas testemunhas de defesa. A petista consta do rol de 63 pessoas, entre elas várias autoridades, indicadas pelos advogados do réu para prestar depoimento à Justiça Federal.

Além de Dilma, a defesa de Valadão propõe as oitivas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do seu ex-chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, cujas intimações já foram determinadas a pedido de outro réu, o lobista Alexandre Paes dos Santos, o APS. Também estão na lista o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), além de vários congressistas.

Como parlamentares ou integrantes do governo, todos participaram, segundo a defesa, do processo para editar duas das três medidas provisórias sob suspeita de ter sido compradas, convertendo-as em lei no Congresso Nacional. O caso, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em outubro, é investigado na Operação Zelotes.

Dilma era ministra-chefe da Casa Civil entre 2009 e 2010, quando a MP 471 foi editada e discutida no Legislativo. Ela não estava mais no cargo meses depois, quando a MP 512 foi gestada no governo, mas, como presidente recém-eleita, sancionou o projeto que a transformou em lei, em 2011.

As duas normas concedem incentivos fiscais a montadoras, suspeitas de contratar lobistas para pagar propina a políticos e servidores públicos, em troca de obter os benefícios.

Eduardo é um jovem advogado, desconhecido de parlamentares ou qualquer figura pública, que não tem qualquer especialidade eleitoral, e a investigação de suposta venda de legislação (que não ocorreu, como restará demonstrado, se for o caso, ao final da instrução criminal) não pode ser levianamente imputada a Eduardo, contra quem a acusação não comprova qualquer conduta, seja de corrupção ou de outro delito”, diz a defesa do réu. Com informações do estadão Conteúdo.

Lula depõe na Zelotes sobre venda de MPs

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O ex-presidente Lula (PT) prestou depoimento à Polícia Federal ontem (06) por quase cinco horas no âmbito da Operação Zelotes, que investiga a venda de MPs que beneficiaram o setor automobilístico.

Ele foi questionado sobre sua relação com Mauro Marcondes, se recebeu pedidos do lobista por meio de Gilberto Carvalho e se tem conhecimento do repasse de R$ 2,5 milhões feito por Marcondes à LFT Marketing, do caçula Luís Claudio Lula da Silva.

Segundo a Folha, o interrogatório começou às 14h30 e só terminou após as 19h. O depoimento, que devia ter acontecido no final do mês passado, foi adiado a pedido da defesa de Lula. Como sempre, ocorreu em local secreto.

O Instituto Lula divulgou nota informando que:

“As duas MPs geraram dezenas de milhares de empregos de qualidade em sete parques industriais na Bahia, Pernambuco, Ceará, Amazonas e Goiás. Ambas resultaram de reivindicações e diálogo com lideranças políticas, governadores, sindicalistas e empresários, amparadas em exposições de motivos ministeriais que levaram em conta a geração de empregos, renda, incorporação de tecnologia e arrecadação para os Estados em decorrência dos incentivos federais.”

Se era uma reivindicação de tantos setores, por que o lobista Mauro Marcondes precisou recorrer ao jeitão “low profile” do amigo Gilberto Carvalho para pedir a Lula que editasse a Medida Provisória?

Em outra nota o Instituto Lula ressaltou que o ex-presidente não é investigado e que depôs à PF na condição de informante.

É verdade, mas ficar quase cinco horas sob interrogatório indica que a situação do petista está longe de ser confortável.

Justiça intima Lula como testemunha de lobista preso

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O lobista Alexandre Paes dos Santos, o APS, preso por envolvimento no suposto esquema de “compra” de medidas provisórias no governo federal, arrolou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para depor como sua testemunha de defesa na Justiça. A intimação do petista e de mais 11 pessoas foi autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, que conduz a ação penal sobre o caso, investigado na Operação Zelotes. As oitivas estão marcadas para o fim deste mês.

A ação penal mira 16 pessoas, acusadas pelo Ministério Público Federal de atuar num esquema de lobby e pagamento de propina para viabilizar as medidas provisórias, que favoreceram empresas do setor automotivo com benefícios fiscais. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo em outubro do ano passado. Lula era presidente quando duas delas (MP 471/2009 e MP 512/2010) foram editadas. Os investigadores suspeitam que um dos filhos do petista, o empresário Luís Cláudio Lula da Silva, tenha recebido recursos relacionados a uma terceira norma, a MP 627/2013, assinada pela presidente Dilma Rousseff.

Uma das empresas de Luís Cláudio, a LFT Marketing Esportivo, recebeu pagamentos de R$ 2,5 milhões, entre 2014 e 2015, de uma das empresas denunciadas por pagar propina no esquema, como mostrou o Estado. Luís Cláudio nega qualquer irregularidade e diz que os recursos se referem a serviços prestados em sua área de atuação, o esporte.

Além de Lula, o magistrado autorizou a oitiva do ex-ministro e ex-chefe de gabinete de Lula Gilberto Carvalho. Para a Polícia Federal, ele teria atuado em conluio com um dos lobistas do caso Também foi determinada a intimação do atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo Henriques Oliveira, que, assim como Carvalho, é citado em anotações de APS sobre as medidas provisórias.

O pedido do lobista à Justiça faz parte de uma estratégia para ouvir o máximo possível de testemunhas. Também foi arrolado o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), que relatou a medida provisória 471 na Câmara.

Em petição enviada à Justiça, a defesa de APS requisitou que fossem intimadas 69 pessoas, entre elas dezenas de congressistas que votaram na conversão das MPs em leis. Mas o juiz concordou com a oitiva das 11 primeiras da lista, entre elas Lula e Gilberto Carvalho, mais o secretário-executivo da Fazenda.

“Foge da razoabilidade e da proporcionalidade a quantidade exagerada de testemunhas indicadas, considerando que os fatos envolvendo o acusado são intrincados num contexto único pela acusação de atividade criminosa envolvendo medidas provisórias, embora haja mais de uma tipificação legal”, justificou o juiz. Ele sugeriu que as testemunhas não intimadas compareçam independentemente à Justiça para falar.

O advogado de APS, Marcelo Leal, afirmou que, ao arrolar Lula e as demais testemunhas, a intenção é provar que não houve compra de MPs. “O presidente da República é o único detentor do ato de ofício de assinar medidas provisórias. É ato privativo”, afirmou Questionado se seu cliente conhece ou tem ligação com Lula, ele respondeu: “Acho que não”.

O advogado disse que vai recorrer da decisão, que classificou de injusta e absurda. “Meu cliente quer provar a sua inocência e não tem o direito de que a Justiça ouça as testemunhas? Isso é o fim do mundo! Não tem nenhuma ali que seja ‘encheção de linguiça'”, protestou.

Ele argumentou que, por lei, cabe a oitiva de ao menos oito pessoas por fato a ser provado. No caso de APS, explicou, seriam mais de 30.

A Polícia Federal também expediu intimação para ouvir Lula sobre o caso das medidas provisórias no mês passado, mas o depoimento foi adiado a pedido do ex-presidente. Uma nova data ainda não foi divulgada.

A assessoria de Lula informou nesta segunda-feira, 4, que ele não comentaria a intimação para ser testemunha de APS.

Aleluia explicou que foi relator da MP 471 por apenas uma semana e que foi favorável à aprovação porque ela beneficiaria montadora em seu Estado, a Bahia. Ele disse que nunca foi procurado ou recebeu pedido de APS sobre a norma. As assessorias de Gilberto Carvalho e Dyogo Oliveira não retornaram a contatos da reportagem.

Ex-presidente Lula é intimado a prestar depoimento na Operação Zelotes

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Na próxima quinta-feira (17), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai prestar depoimento na sede da Polícia Federal, em Brasília, na investigação da Operação Zelotes. A intimação foi expedida pela Polícia Federal no dia 3 de dezembro.

A polícia suspeita que as medidas provisórias 471/2009 e 512/2010, assinado por Lula, teria sido compradas por um esquema de corrupção que envolve lobistas e montadoras de veículos que se beneficiaram de prorrogação de incentivos fiscais definidas por essas normas.

O filho mais novo de Lula, Luís Claudio Lula da Silva, recebeu R$ 2,5 milhões da Marcondes & Mautoni, consultoria contratada pelas montadoras para fazer o lobby pelas MPs. Os sócios da consultoria, Mauro e Cristina Marcondes, estão presos pela PF e já foram denunciados. O esquema de compras da MP foi revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo em série de reportagens.

Luiz Claudio prestou depoimento e é alvo de um novo inquérito que investiga sua relação com a empresa de lobby. Perícia da PF identificou que o trabalho que Luís Claudio diz ter prestado para a Mautoni se resume a cópia de material produzido na internet, em especial o site Wikipedia.

O ex-ministro Gilberto Carvalho também é alvo das investigações sobre a suposta compra de MPs na época em que ele era chefe de gabinete de Lula. E-mails indicam relação de proximidade do ex-ministro com Mauro Marcondes.

Luís Claudio e Gilberto Carvalho negam que tenham envolvimento no esquema de compra de MPs.