Paratleta de Juazeiro busca índice para representar Brasil em Tóquio 2020

Ulberte (à direita) soma bons resultados nacionais (Foto: Arquivo Pessoal)

A trajetória de Ulberte Oliveira no paraciclismo começou por acaso. O juazeirense de 30 anos iniciou a atividade física por questões de saúde aos 15 anos e há cinco atua profissionalmente na modalidade. Em pouco tempo já conseguiu resultados importantes nacionalmente, entre eles o quarto lugar na Copa Brasil, além do título de campeão brasileiro de pista em 2016.

Apesar do êxito esportivo, ele convive com um problema comum na região: a falta de patrocínio. “Tenho o Bolsa-Atleta que fui contemplado, espero renovar para 2018 e [conto com] as parcerias de amigos meus, que fazem eventos para arrecadar dinheiro para eu poder viajar e eu também trabalho”, comenta ao Blog Waldiney Passos.

Ele treina em Juazeiro, sendo seu próprio treinador e preparador físico. Aqui precisa driblar as dificuldades e fazer a preparação visando os diferentes tipos de superfície nas quais compete nacionalmente.

LEIA MAIS

Brasil atinge recorde nas Paralimpíadas Rio 2016; Meta não foi alcançada

(Foto: Internet)

O Brasil terminou a competição com a oitava posição geral. (Foto: Internet)

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) se mostra otimista para o novo ciclo até os Jogos de Tóquio, em 2020. Apesar de não ter cumprido a meta de ficar entre os cinco mais bem colocados pelo número de ouros no quadro de medalhas do Rio-2016, a entidade se diz satisfeita com o desempenho dos atletas.

“Podemos considerar a melhor participação nossa nos Jogos Paralímpicos, apesar de não termos conseguido a meta. Era uma meta, não promessa. O CPB está extremamente satisfeito com a campanha feita aqui. A gente tinha meta de ter mais medalhas no total, mais modalidades vencendo e mais atletas ganhando medalhas. E conseguimos”, afirmou Andrew Parsons, presidente do CPB.

LEIA MAIS

Árbitro de Petrolina é único representante de Pernambuco nas Paralimpíadas Rio 2016

(Foto: WhatsApp)

James começou sua carreira na arbitragem em jogos de interclasses nos colégios Dom Bosco e Maria Auxiliadora. (Foto: WhatsApp)

O árbitro petrolinense, James Costa de Oliveira, é o único representante dos árbitros de pernambuco nas Paralimpíadas Rio 2016, que vai até o dia 18 de setembro, e apitará os jogos do futebol de 5, para cegos, na competição. James atua há 16 anos como árbitro de futsal e pertence à Federação Pernambucana de Futsal. O árbitro petrolinense começou a participar da arbitragem de futebol de 5 em 2012 e tem atuado frequentemente como árbitro na categoria.

“Estou na arbitragem de futebol de cinco, para cegos, desde de 2012, quando tive a minha primeira oportunidade de trabalhar na arbitragem. Três meses após a minha atuação, recebi a convocação para Copa Brasil de Futebol de 5 em São Paulo. Hoje tenho no curriculum da arbitragem de futebol de 5 para cegos, seis Copas do Brasil A e B, oito regionais, um Open de Futebol de 5 e agora as paralímpiadas”.

130e3fb7-ebee-4568-900c-efcc978c04bcJames começou sua carreira na arbitragem em jogos de interclasses nos colégios Dom Bosco e Maria Auxiliadora, e, de acordo com ele, sua boa formação como árbitro se deve às pessoas que puderam passar seus ensinamentos para o seu crescimento na categoria.

“O mais interessante é que comecei na arbitragem através do Prof. Marcone Barros e Josiel Brandão nos jogos interclasses do Dom Bosco e Maria Auxiliadora. Após o início, mais pessoas importantes apareceram como os Professores Ronilson Benevides, Marcelo Passos, Brito Junior, meu irmão, Jarbas Costa e o maior incentivador, orientador e ex-colega de arbitragem Inácio Rogério Granja”.

LEIA MAIS

Estudantes conquistam 15 medalhas Paralimpíadas Escolares

Paralimpiadas

No último dia de competições das Paralimpíadas Escolares, realizada em Natal, Rio Grande do Norte, os estudantes pernambucanos fizeram história. Na sexta-feira (27/11), os paratletas subiram mais cinco vezes no pódio, e trouxeram na bagagem um total de 15 medalhas.

Depois de serem ouro e prata no arremesso de peso, as irmãs Anecherly Keila (17 anos) e Anerely Kesia (16), da Escola Tabajara, de Olinda, repetiram o feito no lançamento de dardo, classe F43. Mas dessa vez, quem levou a melhor foi a irmã mais nova. Anerely obteve a marca de 20.23m contra os 15.84m de Anecherly e assegurou o primeiro lugar da competição, além de estabelecer o novo recorde da prova.

Aluno da Escola de Referência Professora Margarida de Lima Falcão, em Pesqueira, Jeohsah Bezerra dos Santos conquistou duas medalhas de prata na sexta-feira (27). O estudante, que ganhou uma medalha de ouro no salto em distância na última quinta, conseguiu a primeira prata nos 100m, classe T44, com o tempo de 14seg, quase dois segundos a menos que o vencedor da prova, Matheus Lucas (GO). Em seguida, ao competir no lançamento de dardo, classe F44, ele ficou atrás apenas do paraense José Antônio da Silva. Enquanto o representante do Pará teve em seu melhor lançamento a marca de 24.51m, o pernambucano ficou com 23.03m.

Das 15 medalhas conquistadas para Pernambuco nas Paralimpíadas Escolares, nove foram no atletismo (3 ouros, 5 pratas e 1 bronze), cinco no tênis de mesa (2 ouros, 2 pratas e 1 bronze) e um bronze na natação. Números que superam as 13 medalhas faturadas na edição de 2014 dos jogos, realizada em São Paulo.