Gilmar Santos cobra votação de projeto sobre Parto Humanizado

Vereador fez protesto na sessão de ontem

“Enquanto o presidente Aero Cruz [DEM] se nega a pautar o PL do Parto Humanizado, mulheres e crianças continuarão morrendo em Petrolina”. Esse era o texto visível em um cartaz disposto em frente ao posto ocupado por Gilmar Santos (PT) na sessão de terça-feira (2), na Câmara de Petrolina.

O edil fez um apelo à Mesa Diretora, para que o projeto entre em votação. “Essa é a quinta vez que eu solicito dessa Casa que, coloque em tramitação o projeto 024, sobre o parto humanizado. Mais mulheres, possivelmente, a gente espera que não, passarão por situações difíceis no [Hospital] IMIP/Dom Malan e Casa de Parto”, afirmou.

No entendimento de Gilmar, a Câmara de certa forma está sendo omissa. “Essa Casa, que poderia já estar tramitando um projeto tão importante e aprovado, para garantir prevenção a riscos de mortes, tanto de mulheres, quanto de crianças, parece estar levando de forma diferente“, pontuou.

Aero responde

Aero respondeu. “Mais uma inverdade e uma mentira se coloca nessa casa. Mais uma vez Vossa Excelência é indelicado e como professor, é um péssimo exemplo aos seus alunos. Na hora que passar nas Comissões e passar pelo Jurídico da Casa, pode ter certeza de ele vem à pauta e será votado nesse Plenário“, disparou o presidente da Câmara.

Um dos projetos sobre parto humanizado de autoria de Odacy Amorim é tema de audiência pública

Para Odacy Amorim, não existe desculpa para qualquer tipo de prática de violência contra a mulher/Foto:ALEPE

O conceito de parto humanizado compreende o respeito à natureza e à vontade da gestante. Assim, procedimentos muitas vezes desnecessários, são usados rotineiramente nos hospitais. Foto:ALEPE

Duas proposições sobre o parto humanizado atualmente em tramitação na Assembleia Legislativa serão tema de audiência pública a ser realizada na manhã desta quarta (15), pela Comissão de Cidadania da Casa. Os projetos de lei n° 411/2015, do deputado Odacy Amorim (PT), e nº 622/2015, apresentado pela deputada Raquel Lyra (PSDB), têm a intenção de disciplinar, assegurar e informar sobre o direito ao parto humanizado nos estabelecimentos públicos de saúde do Estado.

O conceito de parto humanizado compreende o respeito à natureza e à vontade da gestante. Assim, procedimentos muitas vezes desnecessários, porém usados rotineiramente nos hospitais – como a indução do parto, o corte do períneo e o uso de anestesia -, ficariam condicionados ao consentimento da gestante e do cuidador, os quais deverão participar ativamente de todo o processo.

Foram convidados para a reunião membros da Fundação Oswaldo Cruz, profissionais da área de saúde, representantes do Comitê de Mortalidade Materna (vinculado à Secretaria Estadual de Saúde), integrantes do Movimento de Mulheres, além de pesquisadores, sociólogos e antropólogos. O encontro terá início às 9h, no Plenário da Assembleia.

Com informações da Ascom