Banco do Brasil pede perdão ao povo negro por gestões anteriores durante escravidão

O Banco do Brasil (BB) pediu, neste sábado (18), perdão ao povo negro pelas gestões anteriores da instituição por participação no processo de escravidão de pessoas negras, durante o século XIX, no país. O pedido de perdão da atual gestão foi divulgado, hoje, no site da empresa.

O banco fundado em 1808, tem, pela primeira vez, uma mulher negra em sua presidência, a funcionária de carreira Tarciana Medeiros. Na nota, a presidente do Banco do Brasil diz que “direta ou indiretamente, toda a sociedade brasileira deveria pedir desculpas ao povo negro por algum tipo de participação naquele momento triste da história [escravidão].”

“Neste contexto, o Banco do Brasil de hoje pede perdão ao povo negro pelas suas versões predecessoras e trabalha intensamente para enfrentar o racismo estrutural no país. O BB não se furta a aprofundar o conhecimento e encarar a real história das versões anteriores da empresa” afirmou a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

O pedido de perdão do Banco do Banco ocorre junto com o anúncio da adoção de um conjunto de novas medidas, que, de acordo com a instituição, tem o objetivo de promover a igualdade e a inclusão étnico-racial e de combater o racismo estrutural no país. O BB que espera que as novas medidas impactem positivamente na relação com clientes, funcionários, fornecedores, demais parceiros estratégicos da empresa e toda a sociedade.

Para a presidente do Banco do Brasil, boas práticas podem ser construídas de forma articulada com diálogo aberto com movimentos negros e outras instituições públicas e privadas. “As sequelas da escravatura convocam todos os atores sociais contemporâneos a agir para a promoção da igualdade étnico-racial, a contribuir por meio de ações concretas, como as que o BB já desenvolve de modo pioneiro, voluntário e destacado.

O Banco do Brasil fez, faz a fará muito pela diversidade e desenvolvimento social e econômico em nossa sociedade. Para nós, Raça é prioridade, sim!”, enfatiza Tarciana. O Banco do Brasil, constituído na forma de sociedade de economia mista, conta com a participação acionária do governo federal em 50% desta sociedade anônima. Por isso, o BB é considerado um dos cinco bancos públicos federais, ao lado da Caixa Econômica Federal, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Nordeste (BNB).

Combate ao racismo estrutural

Entre as ações anunciadas pelo Banco do Brasil para a promoção de inclusão racial e do combate ao racismo estrutural no país, estão:

– Fomento ao mercado de trabalho para o povo negro, com a inclusão de uma cláusula nos contratos com fornecedores do Banco do Brasil, a partir de novas licitações, que promova a diversidade, equidade e inclusão nos quadros de pessoal dessas empresas;

– O Banco do Brasil também fará parceria para encaminhar jovens que participaram do programa Menor Aprendiz do BB para o mercado de trabalho;

– Lançamento neste mês do edital de Empoderamento Socioeconômico de Mulheres Negras, do entre o BB e o Ministério da Igualdade Racial, para apoiar o fortalecimento institucional de organizações sociais e empreendimentos econômicos solidários urbanos e rurais de mulheres negras;

– Realização em dezembro próximo do “MBM Inovahack”, do Movimento Black Money, com a participação do Banco do Brasil, com o objetivo de promover a inclusão financeira e econômica da população negra, por meio de soluções tecnológicas consideradas inovadoras;

– Internamente, o programa “Raça é Prioridade” da empresa vai selecionar e desenvolver a carreira de até 150 funcionários pretos e pardos do Banco do Brasil, com potencial para atuar como líderes na empresa, mas, que atualmente ocupam outras funções;

– Realização de um workshop sobre a promoção da diversidade, equidade e inclusão com estatais e fornecedores do banco.

Para acompanhar as novas medidas anunciadas, o Banco do Brasil criou um site que trata da construção de um futuro mais diverso, inclusivo, equitativo e justo, em todos os contextos e para todos. A página eletrônica trará atualizações de novas medidas que possam ser anunciadas pelo banco.

Agência Brasil

Senado aprova MP que permite até 99% de perdão de dívida com o FIES

(Foto: Ascom)

Os senadores aprovaram, nessa terça-feira (24), a medida provisória que permite o abatimento de até 99% das dívidas de estudantes com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A proposição beneficia os alunos que aderiram ao Fies até o segundo semestre de 2017, com pagamentos atrasados há mais de 90 dias.

A MP 1.090/2021 vai agora à sanção presidencial. Quando o débito passar de 360 dias, podem se aplicar os descontos de 77%. Esse percentual pode chegar a 99% para os devedores inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

A medida foi aprovada na Câmara na semana passada. Todos os destaques foram rejeitados. O relator, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), manteve o texto aprovado pelos deputados, especialmente visando a celeridade na aprovação da matéria.

Como vai funcionar

A adesão poderá ser feita em até 60 dias da data da publicação da lei e serão permitidos parcelamentos em até 120 vezes. Para aderir à renegociação de dívida do Fies, o estudante terá que procurar os canais de atendimento que serão disponibilizados pelos agentes financeiros.

Segundo o governo, o objetivo é reduzir o índice de inadimplência do Fies, que aumentou em razão da pandemia. Estima-se que o valor das dívidas em atraso atinja R$ 6,6 bilhões. Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), há mais de 1 milhão de estudantes com atrasos superiores a 90 dias no Fies.

Também de acordo com o governo, a medida não terá impacto fiscal, pois trata de débitos que são considerados irrecuperáveis. “Este projeto é essencial para permitir que milhões de estudantes que se encontram inadimplentes possam retomar suas atividades de forma digna”.

Em entrevista, Pamella Holanda diz perdoar DJ Ivis por agressões

Apesar do relacionamento conturbado e das agressões sofridas por DJ Ivis, Pamella Holanda revelou que não pretende afastar a filha do pai, em uma entrevista cedida à rádio Jovem Pan.

A minha história com o pai da minha filha acabou. Eu vivi uma história com ele, eu engravidei, vivemos juntos, fomos casados. Óbvio que tivemos momentos bons e tudo mais, mas acabou. Agora, a história dele com a filha dele, ele vai ter que ou construir ou reconstruir (…) Eu quero muito, de verdade, que ele tenha uma boa relação com a Mel. Que a Mel se sinta amada, acolhida, protegida pelo pai“, afirmou a influenciadora.

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Defensoria Pública vai conceder perdão judicial às presas de Pernambuco

(Foto: Internet)

A Defensoria Pública do Estado (DPPE), em parceria com diversas instituições, promove a partir desta segunda-feira (15) várias atividades sobre o encarceramento feminino para celebrar o Dia da Defensoria, comemorado no dia 19 de maio. Na manhã desta segunda haverá uma abertura oficial na Colônia Penal Feminina do Recife.

Na agenda está prevista a concessão do indulto às primeiras mulheres beneficiadas pelo perdão judicial decretado pelo Governo Federal para situações excepcionais. Aproximadamente 430 mulheres podem conseguir a liberdade no Estado.

O defensor público Michael Nakamura explicou que a liberdade pelo indulto do decreto de abril pode demorar um pouco, mas que o trabalho de mutirão para reconhecer na população carcerária quem pode ter o benefício começou há duas semanas.

“Não adianta simplesmente sair a lei. Só tem direito por reconhecimento judicial e tem todo um trâmite jurídico até sair a decisão de reconhecimento. Às vezes isso demora, mas há uma projeção de que na terça-feira (16) possam sair algumas decisões favoráveis do indulto”, contou.

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Dirceu recebe perdão de pena no processo do mensalão

jose-dirceu

Dirceu começou a cumprir a pena do mensalão no dia 15 de novembro de 2013

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu hoje (17) conceder ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu perdão do restante da pena de sete anos e 11 meses de prisão, definida no julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, em 2013. Na decisão, o ministro baseou-se em informações prestadas pelo juiz Sérgio Moro e parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Mesmo com a decisão, Dirceu continuará preso em Curitiba em função das investigações da Operação Lava Jato. O ex-ministro foi preso em agosto do ano passado, quando cumpria, em regime aberto, a pena definida no julgamento do mensalão. Ele cumpriu dois anos e nove dias e, se não tivesse sido preso novamente, já teria direito à condicional.

No despacho, Barroso explicou que o ex-ministro cumpriu os requisitos estabelecidos no decreto anual editado pela Presidência da República e que os crimes cometidos por ele na Lava Jato ocorreram antes do início do cumprimento da pena. Se os crimes imputados tivessem ocorrido durante a prisão, o fato impedia a concessão do indulto.

Dirceu começou a cumprir a pena do mensalão no dia 15 de novembro de 2013. Ao condenar Dirceu a 23 anos de prisão na Lava Jato, o juiz Moro concluiu que a conduta delitiva do ex-ministro estendeu-se até 13 de novembo de 2013.

“Diante das informações prestadas pelo juiz Federal Sérgio Moro, da manifestação favorável do Procurador-Geral da República e do preenchimento dos requisitos objetivos e subjetivos previstos na legislação e no decreto específico, a hipótese é de concessão de indulto.”, decidiu Barroso.

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