Pernambucanas tiram nota máxima em redação do Enem

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Diante do tema A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira, as pernambucanas Andreza Cavalcanti, 17, e Laís Vasconcelos, 20, utilizaram elementos bem diferentes para compor suas redações no Enem. Andreza escreveu sobre a exploração do corpo feminino nos comerciais de cerveja. Laís optou por falar dos abusos sofridos pelo personagem central de A bela adormecida. Expressando-se com propriedade sobre o tema, na visão dos avaliadores, ambas obtiveram o mesmo resultado: a nota 1000, alcançada por apenas 104 dos 5,8 milhões de candidatos.
Andreza, que estudou até o 3º ano na Escola Estadual Professor Trajano de Mendonça, descobriu que fazia parte dos seleto grupo que tirou nota máxima às 20h da última sexta-feira, quando finalmente conseguiu acessar o sistema. Momentos antes havia fechado os olhos com medo de se decepcionar, mas a alegria tomou conta dela.
Ela conta que a dedicação a um projeto social na escola chamado Rosa e Lilás lhe ajudou a conhecer de perto o combate à violência contra a mulher e favoreceu na construção do argumento. “É obvio que a mulher só está ali (nos comerciais de cerveja) para ilustrar e vira um produto.”
Por experiência, no exame de 2014 ela conseguiu 680 na redação. Quem ajudou Andreza a sair dessa nota baixa foi a professora do  curso Fernandinho e Cia, Tereza Albuquerque, 40, mestra em gênero pela UFRPE. “O Enem tem uma forma própria de exigir do aluno uma produção textual. E um dos discursos é a preocupação com os excluídos. A importância do reconhecimento da lei, a luta contra o preconceito. Se eu levo em consideração a importância desses fatores, a nota vai ser alta”.
A mãe de Andreza, Maria Betânia Pereira, 48, ficou emocionada ao saber do resultado. “Não tem tamanho, é muita felicidade uma filha sair do ensino médio, entrando numa universidade com 17 anos, é muita emoção”, comemorou.
Laís Vasconcelos, 20, também alcançou a nota máxima na redação do Enem. A estudante mostrou que é possível lutar em defesa de dias melhores e um mundo com mais respeito às mulheres. “Citei a Bela adormecida para mostrar a questão da violência simbólica que a mulher sofre e abordei como isso é relacionado com a violência física, pois isso é imposto no consciente desde criança. Aparentemente é simples, mas na prática pode naturalizar muitos tipos de violência”, argumentou Laís. Ela desistiu do curso de design na Universidade de Pernambuco (UFPE) para sair em busca do sonho de ser médica.

Acidentes nas rodovias aumentaram no fim de ano em Pernambuco

PRF acidentes Pernambuco

A quantidade de acidentes nas estradas federais que cortam o estado de Pernambuco aumentou nesse feriado de fim de ano, quando comprado com o mesmo período de 2014. A Polícia Rodoviária Federal (PRF-PE) contabilizou 107 acidentes, com 66 pessoas feridas e 13 mortos. Na virada do ano de 2014 para 2015, foram registrados 94 acidentes, com 62 feridos e o mesmo número de mortos, 13 no total.

Dentre as ocorrências registradas pela PRF-PE na última semana de 2015, o mais grave aconteceu na manhã do dia 29 de dezembro, na BR-116, onde três pessoas morreram após o carro em que eles estavam capotar na rodovia. O motorista havia perdido o controle da direção. Mesmo não tendo ocorrido em uma rodovia pernambucana, esse trecho faz divisa com o estado e é atendido pela Delegacia da PRF em Petrolina.

Outras três pessoas morreram atropeladas no período em que a operação da PRF-PE acontecia: uma em Abreu e Lima, uma em Igarassu, ambos no Norte do Grande Recife, e a última no Curado, Oeste da capital.

No país 147 pessoas morreram vítimas de acidentes nas rodovias federais durante o feriado prolongado de ano novo. O número é 14,8 por cento superior aos registrados na virada de 2014 para 2015. Os dados, que ainda são preliminares, foram divulgados pela Polícia Rodoviária Federal.
Entre os dias 28 de dezembro de 2015 e 03 de janeiro de 2016, a Polícia registrou 1.248 acidentes com vítimas, entre eles 267 acidentes graves, que resultaram em, pelo menos, um ferido grave ou óbito. Ao todo, 2.073 pessoas ficaram feridas. Na virada do ano de 2014 para 2015, o número foi 36 por cento menor, com 1.166 acidentes com vítimas.
Os acidentes mais graves ocorreram no Ceará, envolvendo uma van e um veículo de passeio na BR 116. Sete pessoas morreram, sendo que 5 eram de uma mesma família e viajavam no carro de passeio. No Rio Grande do Sul, também na BR 116, uma colisão frontal entre dois veículos deixou quatro pessoas mortas e uma criança gravemente ferida.