Peste suína: Adagro vai intensificar fiscalizações em Pernambuco

(Foto: Reprodução/TV TEM)

Após a confirmação do primeiro caso de peste suína clássica no Piauí, a Agência de Defesa Agropecuária de Pernambuco (Adagro) deve intensificar a fiscalização nas propriedades que possuem suínos em Afrânio (PE). A cidade pernambucana faz fronteira com o estado do Piauí e possui 768 propriedades com suínos. Em Pernambuco, são mais de 730 mil suínos cadastrados.

São 5.871 suínos criados nas propriedades de Afrânio, 5% a 10% desses animais estão situados na fronteira com o estado do Piauí. O caso de peste suína foi diagnosticado no município de Lagoa do Piauí, a 42 km de Teresina. A doença foi confirmada em uma propriedade que tinha 13 animais, destes, sete morreram e os demais apresentavam sintomas da doença.

De acordo com o diretor de Defesa e Inspeção Animal da Adragro em Pernambuco, Fernando Góes de Miranda, a previsão é que a fiscalização em Afrânio comece na próxima segunda-feira (15). “A Adragro de Petrolina vai entrar em um modo de planejamento de atividades, aumentando as visitas às propriedades de Afrânio para ver se existe mortalidade de animais e investigar essas mortes, se houverem”, explicou.

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suino porco

A decisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de tornar alguns estados livres da peste suína clássica preocupa os pecuaristas de Pernambuco. A classificação vai impedir que o Estado comercialize o animal vivo para alguns importantes mercados do País por ainda não obter o certificado fitossanitário exigido pela pasta federal. Apesar de ter sido formalizada, nesta quarta-feira, no Diário Oficial da União, a medida já afeta a produção local e prejudica a expansão dos negócios dos criadores, que nos últimos anos tiveram que buscar alternativas produtivas para minimizar os impactos da estiagem. Atualmente, a região da bacia leiteira, no Agreste, concentra boa parte dos 617 mil leitões existente em Pernambuco, com capacidade de produção de seis mil toneladas de carne suína por mês.

Presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Pernambuco, Albérico Bezerra esclareceu que, além de atender ao mercado interno, essa produção é vendida aos vizinhos, como a Bahia. “A partir do momento em que passamos a ter status fitossanitários diferentes, gera um entrave e dificulta o escoamento da nossa produção”, explicou, destacando que, apesar de a atividade ainda engatinhar frente à produção de bovinos, ela passa a ser uma alternativa aos criadores depois que a seca passou a ser rotina na região.

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