Wilker Torres cita revolta com Governo Federal pelo repasse de poucas doses da CoronaVac

Prefeito falou sobre vacinação contra a covid

Apesar da expectativa pelo início da imunização, o município de Casa Nova (BA) receberá apenas 370 doses da CoronaVac e faltará imunizante aos profissionais da saúde. A informação foi dada pelo prefeito Wilker Torres (PSB) em uma live realizada na noite de segunda-feira (18) e ele repudiou o alarde feito pelo Governo Federal em relação à vacina.

Wilker contou aos casanovenses que há mais de oito mil seringas e agulhas já adquiridas. Mas por inoperância do Governo Federal a cidade está desassistida. Vale lembrar que o estoque da CoronaVac produzida em São Paulo foi solicitada pela União que organizou a logística de distribuição das doses.

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Durante a live o prefeito não escondeu sua decepção de ter menos de 500 doses, que separadas em duas doses darão 185. “Chega a ser revoltante você chegar hoje e eu falar aqui para vocês que a vacina não dá para vacinar todo os funcionários do hospital. Se você juntar o Hospital Municipal, o Hospital de covid e os PSFs, nós temos 1.002 pessoas que fazem a saúde e só podemos imunizar 185 pessoas”, pontuou.

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Vacinação: Petrolina faz levantamento nominal para imunizar grupo prioritário

Dias após divulgar o Plano Operacional para o processo de imunização contra a covid-19, a Secretaria de Saúde de Petrolina iniciou a execução do cronograma de ações previstas. Ainda aguardando a chegada das doses da CoronaVac, a pasta está levantando nominalmente os grupos prioritários, como os profissionais de saúde, idosos e pessoas com comorbidades.

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Quem está à frente dessa ação são os Agentes Comunitários de Saúde. Com a lista nominal a Secretaria de Saúde quer ter um melhor controle sobre quem deve ser imunizado inicialmente. “Estamos trabalhando para finalizar esse levantamento e, com isso, assim que a vacina chegar, vamos enviar as doses já com o nome de cada pessoa que faz parte dos primeiros grupos. O trabalho está sendo feito via Unidades Básicas de Saúde pelos próprios agentes comunitários que já fazem esse acompanhamento diário nas residências”, explica a diretora de Atenção Básica, Lorena Andrade.

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Aquisição de vacinas pelo Estado depende do PNI, afirma André Longo

Pernambuco não aguarda Plano Nacional de Imunização (Foto: Jacob King/Pool/AFP)

Na coletiva de quarta-feira (6) o secretário estadual de Saúde de Pernambuco, André Longo foi questionado sobre a aquisição de vacinas aos pernambucanos. Segundo Longo, o Estado aguarda o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Governo Federal. Porém, não descarta ir atrás dos imunizantes por contra própria.

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“Pernambuco entende e aposta que o Programa Nacional de Imunização vai sim fornecer as vacinas necessárias pra vacinação da população brasileira. Obviamente que o vácuo do Programa ou mesmo se a quantidade necessária de vacinas não venha a ser disponibilizada é possível sim que haja iniciativa no sentido de complementação”, disse.

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Governo detalhou como será a vacinação

O Governo Federal apresentou, nessa quarta-feira (16), o Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19. Em cerimônia realizada em Brasília (DF), o Executivo explicou quem são os grupos prioritários. Acima de tudo, o Ministério da Saúde garantiu vacina gratuita a todos os brasileiros. Contudo, não definiu uma data para  o início da imunização.

Vacinas listadas pelo Ministério da Saúde

“Todos nós temos uma memória afetiva com o Zé Gotinha. É desse programa que estamos falando, quando falamos em vacinar a população brasileira“, afirmou o Secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia Medeiros. “Precisamos pensar em vacinar para manter o funcionamento dos serviços essenciais“, continuou Medeiros.

O plano tem 100 páginas e consta de 10 eixos prioritários. São eles  situação epidemiológica e definição da população-alvo para vacinação; vacinas covid-19; farmacovigilância; sistemas de informações; operacionalização para vacinação; monitoramento, supervisão e avaliação; orçamento para operacionalização da vacinação; estudos pós-marketing; comunicação; e encerramento da campanha de vacinação.

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Em Brasília, Câmara afirma que erros do início da pandemia não podem se repetir na aquisição das vacinas

(Foto: Aurélio Pereira/Ministério da Saúde)

Paulo Câmara (PSB) esteve em Brasília (DF), na manhã de terça-feira (8), juntamente com outros governadores do Brasil. A comitiva se reuniu com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para cobrar informações sobre o Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19.

Durante o encontro, Câmara lembrou que faltou coordenação da União no início da pandemia, erro este que não pode ser repetido no presente. “Todos recordamos o que houve no Brasil no início da pandemia, com a falta de coordenação nacional do enfrentamento ao coronavírus. Estados e municípios disputando no mercado nacional e internacional insumos, medicamentos e, sobretudo, os respiradores para equipar os hospitais. Isso não pode acontecer de novo com relação às vacinas”, disse o pernambucano.

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