Concurso da Polícia Civil em 2016 com irregularidades deve ser anulado

(Foto: Internet)

A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público de Pernambuco está recomendando à Secretaria Estadual de Defesa Social e ao Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe/Cespe) a anulação da prova de avaliação psicológica do concurso público para agente, delegado e escrivão da polícia civil, entre outros cargos, realizada em outubro de 2016.

Candidatos denunciaram que alguns deles receberam o caderno da prova já com respostas e, durante a investigação do MPPE, a empresa responsável pela seleção admitiu que houve o incidente _ “cadernos riscados, marcados ou rasurados” – em seis das 76 salas. A seleção é para mais de 900 servidores.

O MPPE dá um prazo de dez dias para o Estado e o Cebraspe/Cespe acatarem a recomendação, publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (3). A promotoria defende, portanto, a anulação de todos os resultados posteriores ao psicotécnico e que a prova questionada seja novamente aplicada.

O edital do concurso previa 400 vagas para agentes, 100 para delegado e 50 para escrivão. Para a polícia científica estavam previstas mais de 300 vagas e cadastro reserva de auxiliar de legista, auxiliar de perito, perito papiloscopista, médico legista e perito criminal.

“Só o fato deste contingente de candidatos ter tido acesso às anotações no caderno de questões já afeta a isonomia entre os concorrentes, uma vez que é impossível determinar quantas e quais pessoas foram beneficiadas no decorrer da prova com o acesso a tais informações”, justificou a promotora Andréa Fernandes Padilha. “Ainda há de se considerar que tal número de incidentes diz respeito apenas às salas onde tal fato foi registrado em ata, havendo relato nesses autos de que o fato se repetiu em diversas outras salas, onde não chegou a ser registrado em ata, atingindo um número indiscriminado de candidatos”, afirma, em material divulgado pelo MPPE.

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