Janja diz que demissão ‘faz parte’, mas cobra maior participação de mulheres

A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, afirmou que luta para ampliar a presença feminina na política. No entanto, disse que a demissão de mulheres no governo ”faz parte”. A declaração foi feita ao jornal O Globo, publicada neste domingo (05), em referência às demissões de Daniela Carneiro, do Ministério do Turismo, e de Ana Moser, do Ministério do Esporte. A fala foi antes da terceira demissão de uma mulher do alto escalão do governo, a ex-presidente da Caixa Rita Serrano.

Na entrevista, Janja ressaltou que desde a campanha eleitoral conversava com a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, sobre a necessidade de ampliar a presença de mulheres no governo. ”É necessário discutir a participação feminina no Congresso. O Brasil está em penúltimo lugar na América Latina e no Caribe em número de mulheres no Parlamento. Isso é vergonhoso. Precisamos ter 50% de cadeiras. A cota de 30% (de candidaturas) não está adiantando. As agressões que as mulheres sofrem, nas redes sociais e pessoalmente, têm feito muitas desistirem de seguir na política”, disse Janja.

A primeira-dama ainda ressaltou que tem ”debates fortes” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para defender a maior participação feminina. ”Passamos (ela e o presidente) os fins de semana a sós e conversamos muito. Às vezes, a gente tem umas discussões um pouco mais assim… fortes. Mas é isso. Tivemos perdas (de mulheres) no governo. Faz parte”, pontuou.

Durante a conversa, Janja também questionou o papel da primeira-dama no país. ”O papel de primeira-dama sempre foi muito quadrado, colocado numa caixa em que a mulher do presidente recebe pessoas e faz caridade”, disse.

”Por que não fazer isso por pautas que são relevantes? Mais mulheres na política, violência contra a mulher, exploração sexual de crianças e adolescentes… Isso é mais importante do que ficar só fazendo jantar ou chá das cinco. Por que a primeira-dama não pode também estar contribuindo com o desenvolvimento do Brasil?”, questionou.

Em outro momento, Janja disse que sabe dos seus limites, mas ressaltou que gosta de se manter informada e afirmou que ainda deseja um gabinete formal no Palácio do Planalto para trabalhar. ”Falam muito de eu não ter um gabinete, mas precisamos recolocar essa questão. Nos EUA, a primeira-dama tem. Tem também agenda, protagonismo, e ninguém questiona. Por que se questiona no Brasil? Vou continuar fazendo o que acho correto. Sei os limites. Eu quero saber das discussões, me informar, não quero ouvir de terceiros”.

Janja reconhece que no entorno do presidente Lula há poucas mulheres em altos cargos, mas ressalta que não participa das reuniões. ”O povo acha que eu fico lá sentada. Não faço isso. Todo dia, ele tem uma reunião com os ministros do Palácio do Planalto, mas não estou nesses espaços de decisão. Minhas conversas com o presidente são dentro de casa, no nosso dia a dia, no fim de semana, quando a gente toma uma cerveja. Quando estou incomodada, eu vou lá e questiono. Não é porque eu sou mulher do presidente que vou falar só de marca de batom”, disse.

Diário de Pernambuco/Estado de Minas

TRE cassa mandato do vereador de Petrolina, Júnior Gás

Um julgamento realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), nesta terça-feira (3), cassou o mandato do vereador de Petrolina, Júnior Gás (Avante). A decisão foi unânime, com 7 votos a 0 em favor da cassação.

A justiça entendeu que o vereador e integrantes de chapa do Avante fraudarem a cota de gênero nas eleições municipais de 2020. A decisão pode ser recorrida pelo vereador no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Vereadores de Remanso aprovam contas de 2021 do prefeito Marcos Palmeira

Os vereadores de Remanso votaram, nessa segunda-feira (28), durante sessão extraordinária, as contas referentes ao exercício de 2021 do prefeito Marcos Palmeira (PC do B). Os parlamentares seguiram a recomendação do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia e aprovaram, por 13 a 1, as contas do gestor.

Os vereadores de Remanso demonstraram seriedade e compromisso com o município. Não há um só deslize insanável, como era comum acontecer nos exercícios de mandatos anteriores ao de Marcos Palmeira. O voto foi consciente e sério“, disse o vereador líder da situação, Ocimar Moura.

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Câmara aprova PL que tipifica o crime de ‘discriminação contra pessoas politicamente expostas’

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (14), um projeto de lei que tipifica o crime de “discriminação contra pessoas politicamente expostas”.

Um dos objetivos da proposta é impedir que bancos neguem crédito ou abertura de contas, por exemplo, a parentes de políticos que sejam réus em processos judiciais em curso ou condenados sem trânsito em julgado, ou seja, que ainda possam recorrer da decisão judicial.

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Após susto, Lula volta à articulação política e quer intensificar diálogo

Após o risco real de ver rejeitada a medida provisória que redesenhou a Esplanada dos Ministérios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se convenceu de que precisa atuar mais diretamente no diálogo entre Palácio do Planalto e Congresso. A vitória, ainda que parcial, na aprovação da MP — em que as pastas do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas perderam atribuições — tem as digitais do chefe do Executivo, que prometeu promover, a partir das próximas semanas, rodadas de conversas com as bancadas dos partidos aliados, tanto na Câmara quanto no Senado.

Esses encontros vão ocorrer no Palácio da Alvorada, após o expediente regular no Planalto, em uma espécie de happy hour, sem muitas formalidades. Lula pretende ouvir, diretamente, e em um ambiente descontraído, as queixas dos parlamentares em relação à articulação política do governo, e propor medidas para “organizar, dar um método para o atendimento das principais demandas”, segundo explicou um líder governista ouvido pelo Correio. A ideia é reunir, separadamente, bancada por bancada, partido por partido. Legendas que não fazem parte da base também serão convidadas, como o PP e o Republicanos.

Essas rodas de conversa ainda vão ajudar o petista a reduzir o poder de intermediação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nas negociações em torno da liberação de emendas e indicação de cargos no Executivo. A agenda desses encontros começará a ser definida nos próximos dias pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com a ajuda dos líderes do governo no Congresso. A sugestão de levar parlamentares ao Alvorada surgiu em uma reunião fora da agenda oficial, na semana retrasada, entre Lula, Padilha e o líder da maioria no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), no Planalto.

Como o presidente tinha um compromisso importante na semana passada, a reunião de cúpula dos países da América do Sul, com vários compromissos bilaterais, não havia espaço para dar início a esses encontros. Para salvar a MP dos Ministérios, a saída foi intensificar os contatos telefônicos com parlamentares e liberar mais um lote grande de emendas parlamentares — cerca de R$ 1,7 bilhão.

Além das falhas de articulação da base governista e a falta de conversas olho no olho com o chefe do Executivo, o governo vem liberando a conta-gotas as emendas prometidas em troca de apoio em seus projetos. Com medo da derrota do projeto na Câmara, em apenas um dia R$ 1,7 bilhão foi liberado em emendas parlamentares, conforme informações do portal do Orçamento Federal.

A maior parte da verba foi direcionada a partidos do Centrão. O PSD, por exemplo, recebeu R$ 190 milhões. Já a bancada do PL recebeu mais de R$ 250 milhões. O PP, de Arthur Lira, angariou mais de R$ 175 milhões.

Recado dado
O lance mais ousado da ofensiva governista foi promover um sutil afastamento de Lira das negociações com os partidos. No dia da votação da MP, o presidente da Câmara tentou encontrar-se pessoalmente com Lula, que não o recebeu. Os dois conversaram apenas por telefone. “O presidente Lula me ligou de manhã. Expliquei a ele as dificuldades que o governo dele tem. O problema não é da Câmara ou do Congresso, o problema está na falta ou na ausência de articulação. Não tenho mais como empenhar”, disse Lira, lavando as mãos em relação à votação da MP.

Depois da aprovação da medida, com placar expressivo em favor do governo, Lula desabafou: “Passaram para a sociedade a ideia de que o governo estava destruído, que iria ser massacrado, que o Congresso não iria aprovar. Quando chegou (a votação), todos aqueles que falaram do massacre e da destruição começaram a falar da vitória do governo”. O recado para Lira estava dado.

“Arthur Lira não é governista, foi aliado de Jair Bolsonaro durante todo o governo dele. Fez campanha pela reeleição de Bolsonaro e perdeu. Perdeu também em Alagoas para seu principal adversário (Renan Calheiros). Está pressionado pelo julgamento de uma ação no Supremo Tribunal Federal contra ele por corrupção. E, agora, teve a operação da Polícia Federal contra pessoas muito próximas dele, com fotos de cofres cheios de dinheiro. Lira está sob pressão. O momento favorece (um rearranjo nas relações com o Congresso)”, avaliou o líder de um partido da base.

Após a vitória governista na votação da MP dos Ministérios, Arthur Lira deu declarações em que dividiu com o presidente o mérito pela aprovação. “Foi um grande esforço dos partidos independentes, até dos partidos de oposição, em ajudar na votação, por um apelo que foi feito pelo presidente Lula a mim, pessoalmente, e um apelo meu aos líderes”, afirmou em entrevista à GloboNews.

As dificuldades na implementação do projeto político de Lula esbarram nas lideranças do Congresso. Deputados têm deixado claro que, passado seis meses de governo, as barreiras de articulação já deveriam ter encontrado espaço para serem azeitadas.

“A relação do governo com o Congresso precisa ser melhor azeitada acho que é um fato existe grande reclamação grande dos cargos locais que já está com seis meses de governo. Hoje é 1º de junho e muitos estados não têm se resolvido”, apontou o deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos-PE), na quinta-feira.

Um importante termômetro nos últimos dias foi a aprovação da medida provisória que reestrutura a Esplanada dos Ministérios. A medida passou no Congresso em meio a cobranças ao governo e ao “último voto de confiança” dos parlamentares do Centrão. Integrantes de legendas de centro, da oposição e da própria base aliada relatam que o distanciamento do Executivo em relação ao parlamento, especialmente dos ministros do governo, chegou ao limite. Somado a isso, está a ausência do presidente Lula — que focou nas últimas semanas em fortalecer a agenda internacional — nas tratativas com os partidos de centro.

Na quarta, durante a votação, a corda foi esticada até o limite, deixando evidente a pressão de um grupo de parlamentares para que não fosse votada a matéria.

Segundo o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), líder do bloco apoiado por Arthur Lira (PP-AL), que inclui as legendas União Brasil, PP, e a Federação PSDB, Cidadania, PDT, PSB, Avante, Solidariedade, Patriota, o cenário que antecedeu a votação da MP 1154 abriu os olhos do presidente.

“Lula precisa ajustar essa relação com o Congresso. Nos outros governos, ele fazia isso com maestria. Nessa largada, isso não tem acontecido. Ele não tem dialogado sobretudo com partidos de centro, que são a maioria aqui na Câmara. A gente tem defendido que o presidente saia dessa bolha e fale com líderes desses partidos”, disse.

A aprovação da MP 1.154, segundo Carreras, se deu por “uma sensibilidade da Câmara”, pois teve muito trabalho de convencimento ao longo do dia da votação. “Eu lidero um bloco que anteriormente teria só voto do meu partido e do PDT (se não fossem as negociações)”, disse.

Diário de Pernambuco

Defesa de Bolsonaro vai entregar à PF extratos bancários desde 2019

Os advogados que atuam na defesa de Jair Bolsonaro (PL-RJ) informaram à coluna que decidiram entregar para a PF (Polícia Federal), de modo voluntário, os extratos bancários da conta pessoal do ex-presidente relativos aos últimos 48 meses, ou seja, desde 2019.

A ideia, segundo a defesa, é mostrar que os pagamentos feitos com dinheiro vivo, a pedido de Michelle, teriam como origem dinheiro que saiu da conta de Bolsonaro.

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Governadora Raquel deve receber Rodrigo Novaes para nomeação no TCE nesta quinta

Após um pequeno impasse, que gerou uma certa polêmica e que atrasou a nomeação do deputado estadual Rodrigo Novaes (PSB) para uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Pernambuco, a Governadora Raquel Lyra (PSDB) entrou em contato com o parlamentar para acertar sua nomeação.

De acordo com o blog do Magno Martins, Rodrigo confirmou que o atraso em sua nomeação se deu por uma viagem que a chefe do Executivo estadual fez a Brasília. “A governadora me telefonou e se colocou à disposição para que o ato fosse feito imediatamente (…) amanhã pela manhã, quando me receberá no Palácio”, disse ao blog.

Eleição

O deputado estadual Rodrigo Novaes (PSB) foi eleito, na tarde da última terça-feira (23), para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Pernambuco. A votação ocorreu no plenário da Assembleia Legislativa (Alepe).

Novaes garantiu um total de 30 votos, tendo desbancado o também deputado estadual Joaquim Lira (PV), que recebeu 18 votos, e o advogado Osvir Thomaz, que não conquistou nenhum. A votação aconteceu de forma secreta e, dos 49 parlamentares, apenas um votou nulo.

Deputados Fernando Filho e Antonio Coelho visitam obras em Trindade e, em Petrolina, entregam ruas pavimentadas e prestigiam a abertura do São João dos Bairros

Após uma intensa agenda de compromissos e visitas às obras em andamento na cidade de Trindade, no Sertão do Araripe, os deputados Fernando Filho (federal) e Antonio Coelho (estadual) encerraram sua programação da sexta-feira (19) em Petrolina. Na ocasião, eles participaram da entrega de ruas pavimentadas no São Gonçalo e deram início às celebrações do evento “São João dos Bairros”, no José e Maria.

Durante a visita a Trindade, os parlamentares tiveram a oportunidade de conferir as obras que estão sendo realizadas na cidade. Entre elas, destacam-se a construção de creches, escolas e unidades básicas de saúde (UBS’s), resultado de investimentos do grupo político no município.

À noite, ao lado do prefeito de Petrolina, Simão Durando, vereadores, secretários municipais e membros da comunidade, os deputados entregaram seis ruas completamente pavimentadas no São Gonçalo. A obra contou com um investimento de aproximadamente R$ 2 milhões. Ao todo, já são 30 vias pavimentadas na localidade. Ainda durante a solenidade, foi anunciada a pavimentação de mais 18 ruas no bairro. Após o evento, a comitiva participou do início das festividades juninas com a abertura do tradicional “São João dos Bairros” no José e Maria.

Em sua fala, no São Gonçalo, Antonio Coelho ressaltou que a qualidade de vida da população irá melhorar e comemorou a chegada de mais obras. “Estamos falando, na verdade, da melhora da qualidade de vida das crianças, que antes viviam em meio à lama e sofriam com doenças respiratórias, e das famílias que haviam perdido a esperança em um futuro melhor. O prefeito Simão Durando já assegurou os recursos e identificou 18 novas ruas para que possamos garantir uma melhor qualidade de vida para o povo do São Gonçalo”, destacou.

“Todos esses investimentos representam o que desejamos fazer por nossa Petrolina. Renovamos nosso compromisso para que esta cidade possa sempre liderar e assegurar que dias melhores ainda estão por vir”, complementou Antonio Coelho.

Já Fernando Filho fez uma reflexão sobre o passado da cidade, quando sofria com a falta de investimentos. “Em 2012, estive aqui no São Gonçalo, e Simão também estava comigo, caminhando por essas ruas. E naquela época poucas delas eram pavimentadas. Nesse período, já dizíamos que Petrolina estava ficando para trás, deixando de lutar para ser uma cidade de destaque”, afirmou.

“O que estamos vendo hoje faz parte do mesmo sonho que começamos lá atrás, em 2014. Porém, agora temos um novo prefeito que tem proporcionado as condições para continuarmos avançando no mesmo ritmo, na mesma velocidade com que começamos. E o que queremos é a oportunidade de continuar esse trabalho. Petrolina está vivenciando a continuidade de algo bom que começou e ainda terá seus melhores anos pela frente”, concluiu Fernando Filho.

Ascom

Lula se reúne com primeiro-ministro do Japão e propõe maior cooperação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida na noite desta sexta-feira (19) – manhã de sábado (20) no Japão. O encontro bilateral ocorreu no Grand Price Hotel, na cidade japonesa de Hiroshima, mesmo local onde será realizada a Cúpula do G7, da qual o Brasil foi convidado a participar após 14 anos.  Na reunião, Lula e o premiê manifestaram interesse em ampliar o comércio bilateral, combate às mudanças do clima, educação e integração entre as comunidades.

“Brasil e Japão precisam estabelecer uma relação mais produtiva não apenas do ponto de vista comercial, mas também do ponto de vista cultural, político e da ciência e tecnologia”, disse Lula ao primeiro-ministro, conforme publicação nas redes sociais da Presidência da República.

Em 2022, o fluxo comercial Brasil-Japão somou US$ 11,9 bilhões, com superávit brasileiro de cerca de US$ 1,3 bilhão. O estoque de investimentos diretos do Japão na economia brasileira aproxima-se de US$ 22,8 bilhões.

O presidente ressaltou a colaboração dos imigrantes japoneses no crescimento da economia do Brasil e os investimentos de empresas brasileiras no mercado japonês. Este ano serão celebrados 115 anos do início da imigração nipônica ao Brasil.

Estima-se que cerca de 204 mil brasileiros vivam no Japão, a quinta maior comunidade no mundo. Já o Brasil tem a maior comunidade de nipodescendentes fora do território japonês, com mais de 2 milhões de pessoas.

“Ótima conversa com o primeiro-ministro do Japão. Falamos sobre a necessidade de retomarmos e ampliarmos relações entre empresários e empresas dos dois países. Temos laços culturais com Japão e uma grande comunidade nipo-brasileira. A ampliação de nossa parceria será importante para o crescimento de nossos países”, disse Lula, em sua conta no Twitter.

O primeiro-ministro do Japão propôs que os dois países tenham “discussões amplas sobre questões como clima, educação, desenvolvimento, paz e estabilidade” e que estão “muito dispostos a cooperar com o Brasil”.

Kishida também mencionou a importância do papel do Brasil no G20, que reúne as maiores economias do mundo. Em dezembro, o Brasil assume a presidência do grupo.

Após o encontro com o primeiro-ministro do Japão, Lula se reuniu com o presidente da Indonésia, Joko Widodo, quando trataram da questão do clima global e preservação das florestas.

Agência Brasil

Onde estava Lula no dia 08 de Janeiro

Depois de câmeras de segurança mostrarem o presidente Lula caminhando no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, quando ocorreram as invasões às sedes dos Três Poderes, muita especulação passou a ser feita sobre onde Lula estava no dia dos atos.

Como se sabe, é falsa a informação que Lula estaria no Palácio do Planalto no mesmo momento em que os criminosos invadiam a sede da presidência da República. Muitos vídeos adulterados foram compartilhados nas redes sociais dando a entender uma suposta participação do petista nos atos.

Porém, Lula só chegou no local à noite, depois que os manifestantes já haviam sido removidos do local pela polícia. Entenda como foi o dia de Lula no fatídico 8 de janeiro de 2023. O presidente Lula não estava em Brasília no período da tarde do dia 8 de janeiro, quando aconteceram as invasões dos manifestantes bolsonaristas. Lula estava na cidade de Araraquara, em São Paulo, para verificar os estragos provocados pelas fortes chuvas na cidade.

De acordo com a agenda oficial da presidência, Lula embarcou no Aeroporto de Congonhas, também em São Paulo, às 14h, antes do estopim das manifestações. Ele aterrissou em Araraquara às 14h30, onde percorreu a cidade e visitou a prefeitura do município. Na época, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), publicou nas redes sociais várias imagens de Lula visitando os locais atingidos pelas chuvas na cidade.

Às 15h45 daquele domingo, Lula emitiu um comunicado oficial sobre os atos, que já haviam tomado a capital federal. Ele fez o pronunciamento ainda na cidade de Araraquara. Ainda de acordo com a agenda oficial divulgada pela presidência, Lula embarcou para Brasília somente às 19h30, e chegou no Palácio do Planalto às 21h24, segundo as imagens de câmeras de segurança divulgadas pelo Governo Federal. Quando Lula chegou, o espaço já havia sido esvaziado. O presidente e sua comitiva caminharam pelos corredores avaliando o rastro de vandalismo deixado pelos manifestantes.

Agenda oficial de Lula no dia 8 de janeiro
Confira a agenda oficial de Lula no dia 8 de janeiro de 2023, divulgada pela Presidência da República.

14h: Embarque no Aeroporto de Congonhas;
14h30: Visita de apoio à cidade de Araraquara em decorrência das enchentes;
14h50: Visita à Prefeitura de Araraquara;
15h45: Pronunciamento sobre os atos de vandalismo em Brasília e leitura do Decreto (ainda em Araraquara);
19h30: Embarque para Brasília;
20h50: Desembarque em Brasília;
21h40: Visita e vistoria no Palácio do Planalto;
22h20: Visita ao Supremo Tribunal Federal, com a ministra Rosa Weber e os ministros Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli.

JC Online

Governo e oposição em guerra pelo controle da CPI do 8 de janeiro

A CPI Mista do 8 de janeiro, que parecia letra morta, diante da má vontade do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de repente virou uma dor de cabeça para o Governo e será instalada já na próxima quarta-feira, já com uma guerra entre bolsonaristas e lulistas pelo seu controle.

De um lado, o Governo espera conseguir espaço para indicar alguém da sua base para presidência, temendo em se transformar na primeira grave crise deste terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Do outro, a aposição, liderada por deputados e senadores da base do ex-presidente Bolsonaro (PL), luta pela relatoria.

Se para os bolsonaristas, a relatoria pode terminar sendo um tiro no pé, até porque até agora, segundo o próprio ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli, afirmou em entrevista ao Congresso em Foco, ainda não ter sido investigada a participação do general Augusto Helenos nos atos.

Na sua opinião, as investigações em curso pela Polícia Federal “muito possivelmente” indicarão que o militar, vinculado à linha mais dura do Exército brasileiro, teve alguma participação nos acontecimentos de 8 de janeiro.

Ele estendeu sua crítica aos outros dois generais quatro estrelas que integravam o comando político do bolsonarismo: Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente da República na chapa de Bolsonaro, e Luiz Eduardo Ramos, que encerrou a gestão anterior como secretário-geral da Presidência da República, após ter servido ao ex-presidente como secretário de governo e ministro da Casa Civil.

Se isso ocorrer, promete ser uma verdadeira bomba jogada no colo da base do oposição do Governo no Congresso.

Em contrapartida, resta, ainda, a investigação em curso pela Polícia Federal, que recebeu do GSI mais de 4 mil horas de vídeos do dia 8 de Janeiro

Ele estendeu sua crítica aos outros dois generais quatro estrelas que integravam o comando político do bolsonarismo: Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente da República na chapa de Bolsonaro, e Luiz Eduardo Ramos, que encerrou a gestão anterior como secretário-geral da Presidência da República, após ter servido ao ex-presidente como secretário de governo e ministro da Casa Civil.

Se isso ocorrer, promete ser uma verdadeira bomba jogada no colo da base do oposição do Governo no Congresso.  Em contrapartida, resta, ainda, a investigação em curso pela Polícia Federal, que recebeu do GSI mais de 4 mil horas de vídeos do dia 8 de Janeiro

Nas imagens, será possível identificar a extensão da participação do ex-braço direito responsável pela segurança de Lula e ex-ministro do GSI, Gonçalves Dias, a quem Cappelli jura de pés juntos que terá sua inocência comprovada ao término da investigação da PF.

Folha PE

 

Após desrespeito ao Regimento Interno, Câmara de Vereadores retira votação de contas do ex-prefeito Júlio Lossio de pauta

Durante a sessão ordinária dessa terça-feira (18), alguns vereadores reclamaram da postura da presidência da Casa Legislativa em não distribuir os pareceres do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) a respeito das contas do exercício de 2016 do ex-prefeito de Petrolina Júlio Lossio, conforme regulamenta o Regimento Interno da Casa.

O tema foi levantado pelo vereador Capitão Alencar (Patriota), que questionou o fato de o projeto estar dando entrada na casa nesta terça e já estar sendo colocado em discussão. “Eu queria entender esse processo de tramitação, que está dando entrada hoje e sendo votado hoje”.

De acordo com o parlamentar, o artigo 201 do Regimento Interno da Casa Legislativa – que afirma que após ser recebido o processo do Tribunal de Contas, a mesa diretora mandará publicar os pareceres e distribuir cópias – estava sendo desrespeitado.

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A análise dos cientistas políticos dos primeiros 100 dias do Governo Lula

Antes mesmo de assumir o cargo, o presidente Lula buscou se mobilizar para, entre outras coisas, aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que o ajudasse a cumprir algumas promessas de campanha dele e do antecessor,Jair Bolsonaro (PL). Foi o primeiro teste do Executivo com o Legislativo. De janeiro para cá, houve algumas turbulências somadas à pressa em reestruturar e relançar programas que marcaram as outras duas gestões petistas. O cientista político Sérgio Ferraz avalia que o contexto do País que Lula pegou ao suceder o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2003, é totalmente diferente do Governo Bolsonaro, em 2023. Para ele, o petista conseguiu realizações positivas como a “reconstrução do estado” e reestabelecimento do diálogo e pontes com outros países. As críticas de Ferraz são reservadas às desavenças de setores do PT com o ministro da Fazenda,Fernando Haddad.

“Haddad tem um plano, uma sequência de medidas, mas não vê solidariedade do partido. Se o PT, principal partido da coalização, não apoia, como a gente pode esperar que o resto da base se alie às propostas do Haddad no campo da economia?”, indagou. relação com o Congresso Outro problema listado por ele é a relação com o Congresso a partir de nomeações aos ministérios. Segundo ele, há partidos que “não estão conseguindo mobilizar bancadas do partido para apoiar o governo”.

“Na montagem de ministérios, há ajustes importantes a serem feitos”, disse. Ricci lista pelo menos três questões que impedem o atual governo avançar. A primeira é a heterogeneidade extrema ocasionada pela coalização, que desagua nos ministérios. Para ele, cada pauta mais complexa que atinge uma gama de interesses difusos gera um mal estar e negociações intermináveis. O segundo entrave é a figura do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que, para ele, tem um poder que nos dois governos Lula anteriores o presidente da Câmara não possuía. “O que Arthur Lira trouxe foi um desconfiguração da política e das orientações do orçamento público, principalmente com o orçamento secreto”, explicou.

A terceira questão é a mobilização dos bolsonaristas. No dia 8 de janeiro deste ano, manifestantes invadiram a Praça dos Três Poderes e depredaram equipamentos públicos. Para o especialista, uma nova mobilização  pode levar a forças não alinhadas com a gestão a vislumbrar novos acordos com o governo. “Essa possibilidade de uma nova tentativa de mobilização popular pela extrema direita leva tanto as forças não alinhadas ao PT que estão no governo como o Arthur Lira a perceber oportunidade de renegociação de acordos com o governo”, acrescentou.

Busca por uma marca Para o cientista político Rudá Ricci, Lula ainda não conseguiu encaixar uma marca, como nas duas primeiras gestões, quando superou a imagem de um sindicalista que apostava no confronto para um gestor com grande preocupação social com a superação das mazelas. “Ele ainda não conseguiu encaixar uma marca, como nas suas primeiras gestões, quando conseguiu reduzir o número de brasileiros que passavam fome e superou a imagem de sindicalista que apostava no confronto para um gestor com grande preocupação social”, avaliou.

Fonte – Folha PE

À PF, Bolsonaro diz que mobilização para resgatar joias visava evitar crise diplomática

O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal ontem, durante três horas, sobre o caso das joias sauditas que entraram ilegalmente no Brasil. O ex-chefe do Executivo sustentou, na oitiva, que soube apenas no ano passado sobre a apreensão do conjunto em diamantes, destinado à então primeira-dama Michelle Bolsonaro e avaliado em R$ 16,5 milhões.
Conforme fontes na PF, ouvidas pelo Correio, o ex-presidente também negou a intenção de ficar com as peças para aumentar o patrimônio pessoal. Disse, ainda, que a mobilização para resgatar o conjunto teve a intenção de evitar problemas diplomáticos com o governo da Arábia Saudita.
Na versão de Bolsonaro, caso chegasse ao país asiático a informação de que os presentes não chegaram às mãos de quem deveria recebê-los, a imagem do Brasil seria prejudicada no exterior. Ficaria a impressão de que o governo brasileiro não tem autoridade.
As investigações apontam que as tentativas de reaver as joias começaram ainda no dia da apreensão, em 26 de outubro de 2021, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. As peças estavam na mochila de Marcos André Soeiro, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Após ter os itens barrados na alfândega, Albuquerque teria voltado e tentado liberar o colar e os brincos cravejados de diamantes. Ele chegou a dizer que eram presente do governo saudita para Michelle Bolsonaro.
Também conforme as apurações, as tentativas de retomar o conjunto de joias se intensificaram no fim do ano passado, quando a gestão de Bolsonaro estava prestes a acabar. Foram acionados militares das Forças Armadas e a cúpula da Receita Federal. Nesse período, foi constatado o envolvimento pessoal do ex-presidente.
Um dos enviados para recuperar o kit, o então ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, também prestou depoimento, ao mesmo tempo em que o ex-presidente. A oitiva dele, porém, ocorreu em São Paulo.
Mauro Cid confirmou que recebeu de Bolsonaro uma ordem para que fosse à alfândega verificar a situação das joias. No entanto, alegou que não ouviu determinação direta para que tentasse destravar a liberação do material.
Ele destacou que por ser ajudante de ordens tinha como atribuição resolver assuntos para Bolsonaro. Assim, não achou anormal a solicitação para que tratasse do assunto. Declarou, ainda, que não considera ter agido ilegalmente, apenas cumprido as funções que lhe cabiam.
O inquérito apura se Bolsonaro cometeu crime de peculato. Caso seja considerado culpado, pode receber sentença de dois a 12 anos de prisão.
Fonte/Diário de Pernambuco

Jacobina: partido revoga suspensão de político investigado pela polícia

O diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) de Jacobina (BA) decidiu revogar a suspensão do suplente de vereador Laedson Almeida. Ele é investigado após ter sido denunciado por supostamente ter abusado de uma sobrinha, fato que ele nega.

Segundo o PT, a decisão leva em conta o período sem respostas das autoridades policiais em relação ao caso. “Não houve nenhuma informação pública sobre o andamento de investigação em curso”, informou o partido.

Confira a íntegra da nota:

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