Privatização da Eletrobras chega ao Congresso em meio à batalha judicial

A ideia de privatização da Eletrobras foi bastante debatida em audiências públicas na Câmara e no Senado em 2017. (Foto: Internet)

Na volta do recesso parlamentar, um dos temas que deve esquentar o debate entre os parlamentares é a proposta de privatização da Eletrobrás, encaminhada essa semana pelo governo ao Congresso. O texto chega para ser inicialmente apreciado pela Câmara dos Deputados, em meio a uma batalha judicial.

Para abrir caminho para o processo, no final de dezembro de 2017 o presidente da República, Michel Temer editou a Medida Provisória (MP) 814/17,  que retirava de uma das leis do setor elétrico a proibição de privatização da Eletrobras e suas subsidiárias.  Dias depois, no início de janeiro, o juiz Carls Kitner, da Justiça Federal em Pernambuco, concedeu uma liminar suspendendo o artigo o sobre  a Eletrobras.

Recursos

A União recorreu da decisão, mas teve seu recurso negado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) em Pernambuco. Na semana passada o caso chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) por meio de um novo recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) contra a decisão da Justiça Federal. Na reclamação, a AGU argumenta que o juiz “usurpou” a competência do STF.

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Governo encaminha ao Congresso projeto com regras para privatizar Eletrobras

(Foto: Internet)

O presidente Michel Temer enviou ao Congresso Nacional projeto de lei que propõe regras para a privatização da Eletrobras. A mensagem presidencial que encaminha a proposta está publicada na edição de hoje (22) do Diário Oficial da União.

O texto do projeto foi assinado na última sexta-feira (19) pelo presidente Michel Temer. A operação se dará por meio de aumento do capital social da empresa, que o governo considera “democratização do capital da Eletrobras”. Pela proposta, nenhum acionista poderá ter mais de 10% de poder do voto. O objetivo, segundo o Planalto, é evitar que outra companhia tome o controle da estatal.

O projeto também prevê que a União terá ações especiais na Eletrobras após a privatização, chamadas de “golden share”, que dão a seu detentor direitos como garantia de indicação de um membro do Conselho de Administração.

Itaipu e Eletronuclear

O projeto exclui do processo de desestatização da Eletrobras a Eletronuclear, subsidiária da estatal, e a Usina Hidrelétrica de Itaipu, controlada pelo Brasil em conjunto com o Paraguai.

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Temer assina projeto de lei para vender a Eletrobras

(Foto: Ilustração)

O presidente Michel Temer assinou nesta sexta-feira (19) o projeto de lei que propõe uma modelagem de venda da Eletrobras.

A proposta, que ainda será encaminhada ao Congresso, prevê que o governo tenha uma “golden share”, que dá poder de veto, e determina a limitação de 10% do poder de voto para qualquer acionista que detenha participação acionária superior a este limite.

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O projeto também indica que um terço dos recursos gerados pela descotização das usinas hidrelétricas seja destinado a abater encargos tarifários dos consumidores.

Em um movimento de agrado às bancadas nordestinas, o texto também define a obrigatoriedade de ações efetivas para recuperar a bacia hidrográfica do Nordeste, e destina R$ 9 bilhões para restaurar as vazões do São Francisco durante o período de concessão.

Presidente da Compesa se diz “surpreso” com anuncio de privatização dos serviços de abastecimento d’água e esgotamento sanitário em Petrolina

“Ficamos surpresos”, essa foi a reação do presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares, com  o anuncio da privatização dos serviços de abastecimento d’água e esgotamento sanitário de Petrolina, feito pelo prefeito de Petrolina, Miguel Coelho.

Confira a íntegra da nota:

Ficamos surpresos com a proposta de privatização em Petrolina. A Compesa apoiou a operação de combate a ligações irregulares na rede de esgotos, atuou em parceira na limpeza da Orla, iniciou obras importantes de abastecimento d’água, como está realizando no Serrote do Urubu, e obras de esgotamento sanitário como está fazendo nos Bairros do Vale do Grande Rio, Pedro Raimundo e Jardim Amazonas. Além disso, estamos prontos para iniciar o Esgotamento Sanitário do Park Jatobá, num investimento de R$ 4,6 milhões que depende apenas de chegarem os recursos da Codevasf. Por fim, trabalhamos duro nos meses de novembro e dezembro para vencer a burocracia e conseguimos assinar contrato de empréstimo de R$ 38 milhões para investir em Petrolina”, lamentou Tavares.

Governo recorre ao Supremo pela privatização da Eletrobras

(Foto: Internet)

O governo enviou nesta segunda-feira (15) uma reclamação ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão da Justiça Federal em Pernambuco, que suspendeu o trecho de uma medida provisória (MP) que autorizou a União a seguir com o processo de privatização da Eletrobras.

Na peça, escrita pela advogada-geral da União, Grace Mendonça, o governo alega que o juiz federal Carlos Kitner, da 6ª Vara Federal do Recife, usurpou a competência do STF ao deliberar sobre a constitucionalidade de uma MP, atribuição que seria exclusiva do Supremo.

Segundo Grace, a MP em questão só poderia ter sido questionada em ação direta de inconstitucionalidade aberta no Supremo. Ela pediu por uma liminar (decisão provisória) urgente para suspender os efeitos da determinação do magistrado.

O mesmo pedido foi feito pela Câmara dos Deputados, em reclamação assinada pelo assessor jurídico Leonardo Barbosa e também protocolada nesta segunda-feira.

A decisão sobre o pedido de liminar da AGU deve ser da ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, que despacha em regime de plantão. A ministra pode ainda deixar que qualquer decisão seja tomada pelo relator, Alexandre de Moraes, no retorno do recesso da Corte, em fevereiro.

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Justiça suspende MP da privatização da Eletrobras; Fernando Filho contesta decisão

O Ministério das Minas e Energia não aprovou a decisão e emitiu nota contestando a liminar. (Foto: Arquivo)

O juiz federal Cláudio Kitner, da 6ª Vara Federal do Recife, concedeu, nesta quinta-feira (11), uma liminar que veta a discussão em torno do processo de privatização da Eletrobras, que inclui a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). O pedido foi feito pelo advogado Antônio Campos, que questionou a revogação, pela MP, do Artigo 31 da Lei 10.848/2014, que excluía a Eletrobras e suas controladas (Furnas, Companhia Hidroelétrica do São Francisco, Eletronorte, Eletrosul e a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica) do Programa Nacional de Desestatização.

Na decisão, Kitner afirma que o governo federal não justificou a urgência de editar uma MP “no apagar das luzes” do ano passado “para alterar de forma substancial a configuração do setor elétrico nacional”.

“A Medida Provisória 814/2017, que revogou lei anterior, que tirava a Eletrobrás do programa de desestatização, possibilitando a sua privatização, é flagrantemente inconstitucional e, de tal modo, precisa ser assim declarada, mesmo que em sede incidental, através de uma ação popular, pois não possui urgência, violando um rol de dispositivos legais e constitucionais”, colocou Antônio Campos.

“Dedico essa luta e essa decisão à memória de Miguel Arraes de Alencar, que, noutro momento, também resistiu contra privatização da Chesf e do Rio São Francisco. Outros embates virão”, acrescentou o advogado.

Segundo Cláudio Kitner, apesar de haver estudos sérios que atestam o crescente endividamento das empresas públicas do setor elétrico, as leis sobre o setor não poderiam ser modificadas sem a “imprescindível” participação do Congresso Nacional nas deliberações sobre o tema.

“Lado outro, a estratégia de governo federal de se valer do recesso do Parlamento e das principais instituições públicas envolvidas, para editar uma medida provisória, por si só, está a indicar que há risco iminente de alienação à iniciativa privada das estatais do setor elétrico, sem o devido respeito às regras constitucionais de edição de leis ordinárias, caso não intervenha o Poder Judiciário”, escreveu o juiz.

Ministro das Minas e Energia

O Ministério das Minas e Energia não aprovou a decisão e emitiu nota contestando a liminar. Segundo a nota, “o ministério reitera que o detalhamento que será encaminhado ao Congresso Nacional reconhece que a União, como controladora majoritária, não tem a condição de prover os recursos que a empresa necessita para preservá-la como uma corporação brasileira”.

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Temer assina MP que retira da lei proibição de privatizar a Eletrobras

Esta é a terceira medida provisória editada por Temer para abrir caminho para a venda da Eletrobras. (Foto: Arquivo)

O presidente Michel Temer assinou nessa quinta-feira (28) uma medida provisória (MP) que retira a proibição de privatizar a Eletrobras e suas subsidiárias de uma lei que trata do setor elétrico.

A MP, que deve ser publicada hoje no Diário Oficial da União, retira da Lei 10848/2004, que trata da comercialização de energia, o artigo que excluía a Eletrobras e suas controladas – (Furnas, Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), Eletronorte, Eletrosul e a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) – do Programa Nacional de Desestatização.

Sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a lei tirou a Eletrobras do programa de privatização criado por seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.

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Sindicatos vão lutar contra a privatização do Aeroporto dos Guararapes

A privatização do Aeroporto foi anunciada por meio do Decreto Presidencial. (Foto: ASCOM)

O anúncio de desestatização do principal aeroporto pernambucano, em outubro, foi tema de audiência pública na Comissão de Administração nesta terça (28). Considerado em janeiro o segundo melhor do País, o Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes-Gilberto Freyre transporta 6,8 milhões de passageiros por ano e emprega cerca de 480 funcionários.

O debate foi solicitado pela deputada Teresa Leitão (PT), que pontuou o fato de o programa do Governo eleito em 2014 não contemplar a quantidade de desestatizações anunciadas pelo presidente Michel Temer. “O que estamos vendo é um processo de privatização do Estado brasileiro. Administrativamente falando, a Assembleia não tem poder de ingerência sobre o tema, mas, politicamente, sim. E nós vamos dar força ao movimento nacional, empenhado em lutar contra essas privatizações. As vozes de Pernambuco vão se somar às do Brasil inteiro”, destacou a parlamentar. A audiência foi coordenada pelo deputado Joaquim Lira (PSD), vice-presidente do colegiado.

A inclusão do Aeroporto do Recife na lista de empreendimentos a serem privatizados pelo Programa de Parcerias de Investimentos (Lei Federal nº 13.334/2016) foi anunciada por meio do Decreto Presidencial nº 9.180/2017, publicado no Diário Oficial da União em outubro. Além dele, outros 12 aeroportos integram a lista (cinco do Mato Grosso, dois da Paraíba e um do Rio de Janeiro, do Ceará, de Sergipe, de Alagoas e do Espírito Santo). A concessão poderá ser feita por aeroporto ou em bloco.

A presença constante no ranking dos melhores aeroportos do País, promovido por meio de pesquisa do Ministério dos Transportes, foi um dos pontos mais citados em defesa da não desestatização. “Se isso não é um modelo de sucesso, o que seria?”, questionou o dirigente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários em Pernambuco (Sina-PE), Luciano Felix. Em 2014 e 2015, o Guararapes conquistou a primeira colocação. No ano passado, ficou em quarto lugar no levantamento, que é realizado trimestralmente.

Atualmente, a Infraero administra 55 aeroportos por meio de subsídio cruzado, que é quando recursos de estruturas superavitárias são utilizados para sustentar as deficitárias. “Se o Governo Temer conceder mais unidades lucrativas à iniciativa privada, o Brasil vai ter um prejuízo de R$ 3 bilhões por ano para manter os que são deficitários”, estimou o sindicato em carta aberta, lida durante a audiência.

“Estão colocando em risco a sustentabilidade do sistema aéreo”, avaliou Jonatas Mesquita, funcionário da Infraero. Também aeroportuário, Sérgio Farias frisou o compromisso da Infraero de garantir o deslocamento em todas as regiões: “Conseguimos ligar Bagé (RS), na fronteira com o Uruguai, e Tabatinga (AM), cercada por Colômbia e Peru, ao resto do Brasil”. “Se o problema é falta dinheiro, por que o Governo Federal gastou tanto com emendas parlamentares?”, indagou.

Na avaliação de Fabiano Moura, da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), a questão não é econômica, mas ideológica: “Estamos colhendo os frutos do golpe e dessa concepção entreguista de modelo de Estado”.

Ao final, Teresa Leitão comprometeu-se a levar a síntese da audiência pública para a Câmara Federal, onde o debate em defesa da Infraero está sendo conduzido pela deputada Erika Kokay (PT-DF). Teresa também verificará a possibilidade de criação de uma Frente Parlamentar sobre o tema na Alepe.

Após reunião com Fernando Filho, Temer decide enviar projeto de privatização da Eletrobras ao Congresso

A estimativa do governo é que cerca de R$ 12 bilhões sejam angariados com a privatização. (Foto: Internet)

Em reunião com os ministros de Minas e Energia, Fernando Filho, e da Casa Civil, Eliseu Padilha, o presidente Michel Temer decidiu que a proposta de privatização da Eletrobras será enviada ao Congresso via projeto de lei, como queria o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEMRJ).

Temer acertou com os ministros que o projeto de lei será encaminhado ainda nesta semana para o aval dos parlamentares e, segundo participantes do encontro, deverá ser votado em regime de urgência. A estimativa do governo é que cerca de R$ 12 bilhões sejam angariados com a privatização da Eletrobras.

Maia havia se reunido com o ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) na semana passada e acertado com ele que a proposta de privatização da estatal não seria feita via medida provisória, que tem vigência imediata, enquanto um projeto de lei precisa de aval do Congresso.

Dessa forma, a privatização da Eletrobras via Projeto de Lei se apresenta como uma espécie de gesto de Temer na direção de Maia. O presidente sabe que precisa da articulação do deputado para fazer avançar sua pauta legislativa.

Para quebrar a resistência da “bancada da Chesf”, R$ 350 milhões poderão ser investidos na recuperação do rio São Francisco

O programa acertado prevê a recuperação do rio São Francisco por 30 anos, sendo R$ 350 milhões nos primeiros 15 anos. (Foto: Arquivo)

A reunião entre o presidente Michel Temer e ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho ganhou ritmo acelerado e proposta de privatização da Eletrobras poderá ser enviada até quinta-feira (9) à Câmara.

O modelo de projeto de lei é o defendido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que promete agilizar a votação. Segundo informações divulgadas pelo G1, na reunião da manhã de hoje entre Temer e ministros, ficou acertado que o projeto de lei terá um compromisso de verba para o São Francisco para tentar quebrar a resistência da “bancada da Chesf”.

O programa acertado prevê a recuperação do rio São Francisco por 30 anos, sendo R$ 350 milhões nos primeiros 15 anos. O ministro de Minas e Energia ressaltou que, além do dinheiro para a União, parte dos recursos irão abater encargos setoriais. “Isso fará com que o consumidor pague menos”, enfatizou.

Com informações do G1

Em encontro com Michel Temer, Fernando Filho apresenta novo modelo de privatização da Eletrobras

A expectativa é arrecadar R$ 12 bilhões. (Foto: Arquivo)

Uma nova proposta para a privatização da Eletrobras, principal estatal do setor elétrico, será apresentada hoje (6) para o presidente Michel Temer pelo o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, a medida tem o objetivo de dar mais competitividade e agilidade às operações da empresa. A expectativa é arrecadar R$ 12 bilhões.

Na reunião desta segunda-feira, Temer pode definir com os ministros a forma como o processo de desestatização da empresa será encaminhado, se por decreto, medida provisória ou projeto de lei com urgência.

Pernambuco: sessão na Assembleia Legislativa vai discutir ameaças de privatização da Copergás

(Foto: Internet)

Na próxima segunda-feira (06), a Assembleia Legislativa de Pernambuco realizará um grande expediente especial para discutir a ameaça de privatização da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás). A sessão é de autoria da deputada estadual Teresa Leitão (PT) e ocorrerá às 15h no auditório Sérgio Guerra.

A Copergás é uma das empresas mais lucrativas do Estado de Pernambuco, motivo pelo qual o Sindicato dos Petroleiros dos Estados de Pernambuco e da Paraíba acredita que há um movimento de preparação para privatização da companhia. Portanto, o Grande Expediente Especial será uma oportunidade de esclarecimentos. A Copergás é uma empresa de economia mista.

“O gás natural é um insumo estratégico para a indústria pernambucana e para o fortalecimento da atividade produtiva no Estado”, diz Teresa Leitão.

A deputada também explica que em 20 anos de operação a Copergás tem “sistematicamente” alçado lucros elevados, impulsionada pela ampliação de sua estrutura. Para ela, é preciso que a sociedade pernambucana tenha todo o esclarecimento por parte do Governo do Estado sobre as suspeitas de privatização da empresa.

Fernando Filho muda de opinião sobre privatização da Petrobras

(Foto: Arquivo)

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou nesta terça-feira (3) que o governo do presidente Michel Temer não avalia a privatização da Petrobras e que, neste momento, ela está fora de cogitação.

“Não estamos tratando disso [privatização da Petrobras]. Estamos tratando de [privatização da] Eletrobras”, disse o ministro, após participar de audiência pública no Senado Federal.

Na segunda (2), em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o ministro afirmou que acreditava que a privatização da Petrobras iria ocorrer, mas que não era possível tocar todas as agendas ao mesmo tempo.

“Eu acho que isso [privatização da Petrobras] vai acontecer. É um caminho, mas o governo não pode tocar todas as agendas ao mesmo tempo”, afirmou ele durante o programa.

O ministro foi questionado no Roda Viva da razão de governo não fazer a privatização da Petrobras como pretende fazer com a Eletrobras.

Em agosto, o governo anunciou que iria reduzir sua participação acionária na Eletrobras a um percentual inferior a 50%. Essa redução deve ocorrer com a emissão de ações pela empresa, o que não será acompanhada pelo governo.

Fonte G1

Fernando Filho debate com senadores privatização da Eletrobras; População pode participar enviando questionamentos

(Foto: Arquivo)

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, é o convidado da sessão conjunta das comissões de Serviços de Infraestrutura (CI) e de Assuntos Econômicos (CAE) prevista para esta terça-feira (26), às 8h30. O ministro deve debater com os senadores a proposta de privatização da Eletrobras.

A audiência conjunta da CAE e da CI será interativa. É possível enviar perguntas e comentários pelo Portal e-Cidadania ou pelo telefone 0800 612211.

O requerimento de realização da audiência foi apresentado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e subscrito pelos senadores Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE), que é pai do ministro, Jorge Viana (PT-AC) e Hélio José (PMDB-DF).

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“Isso é um crime”, diz representante dos empregados da Chesf sobre privatização

(Foto: Blog Waldiney Passos)

Fernando Ferro, ex-deputado federal, representante dos empregados da Chesf, esteve presente na Câmara de Vereadores de Petrolina para participar da Audiência Pública que trata das privatizações da Chesf e da Eletrobrás.

Para o ex-deputado, não há justificativa para a continuidade desse processo de privatização da Chesf, já que a empresa dá lucro ao país. “Eles querem apagar a história dos pioneiros da Chesf, de Nilo Coelho que defendia a Chesf e agora vê um parente dele participar de uma patranha dessa para destruir uma empresa como a nossa. Não tem justifica ideológica. Em termos econômicos a Chesf dá lucro”.

Ferro atacou o presidente Michel Temer, o senador Fernando Bezerra Coelho e o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho. Para o ex-deputado, “isso é uma operação financeira, não é um processo normal”.

“Fernando Filho é um menino de recado do capital financeiro, Fernando Coelho e Michel Temer estão associados ao capital financeiro internacional para vender o nosso patrimônio, isso é um crime”.

O ex-deputado afirmou que a luta vai continuar e que os envolvidos no processo de privatização “não têm legitimidade, nem honra para propor a venda do patrimônio nacional”.

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