Ato de filiação do PSB recebe senadora e deputados

lidice da mata
A Senadora Lídice da Mata, o Deputado Federal Bebeto Galvão (ambos do PSB) e o Deputado Luciano Simões (PMDB) confirmaram presença ao ato de filiação que acontece neste sábado (02), promovido pela Direção Municipal do Partido Socialista Brasileiro (PSB), em Casa Nova, Norte da Bahia.

Passam a integrar o PSB o atual vice-prefeito José Amorim Libório (Maninho – PDT), a vereadora Maria Regina (PMDB), o ex-vereador Vadinho (PSD), o ex-prefeito Neco Biato; o atual Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Vagner Lima; o ex-secretário de Obras João Viliney (PMDB); o suplente de vereador Luiz Claudio Braga dos Santos (Cacado – PDT) e o empresário Walison Torres (Tum).

O Ato acontece no Plenário da Câmara de Vereadores, sábado, dia 02 de abril, a partir das 19:30 horas.

Miguel Coelho afirma que a saúde ainda é o principal problema de Petrolina

miguel coelho

Na manhã de hoje (01), o programa Bom dia Vale, na rádio Jornal, recebeu o deputado estadual Miguel Coelho (PSB), abordou sobre as discussões da ‘Agenda 40’, que aconteceu ontem no bairro João de Deus, em Petrolina, Sertão pernambucano. Segundo ele, estiveram presentes mais de 300 pessoas, inclusive de outros bairros,  que expuseram suas insatisfações principalmente no segmentos da saúde. “O propósito da agenda 40 é poder ouvir a população para que nós possamos nortear o programa de governo que o PSB vá apresentar nas eleições deste ano.” contou.

Ainda nessa entrevista, Miguel Coelho falou da visita ao Hospital Dom Malan – IMIP, com a Comissão Especial de Acompanhamento aos Casos de Microcefalia da Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), para ele a saúde é  o principal problema dos moradores de Petrolina. “Nós precisamos discutir qual o modelo de saúde da família que funciona, o modelo do posto de saúde que deve ter nesses bairros, até nas AME’s mesmo, os núcleos de saúde da família, como é que deve funcionar.”

Outro ponto questionado pelo deputado foi sobre os problemas enfrentados pelo Hospital Universitário (HU) de Petrolina e a responsabilidade administrativa . “A gente sabe que o Trauma é um grande calo aqui de Petrolina, não tô criticando a Univasf, acho que ela cumpre um papel ali, mas também nós sabemos das dificuldades e das críticas que a população faz, e faz com justiça, faz com todo direito, que espera daquele equipamento público, que espera daquele hospital um atendimento mais humano.” afirmou.

Sobre as emendas destinadas ao HDM em Petrolina, de sua autoria, ele confirmou que o hospital receberá o valor de 400 mil reais, para investir na estrutura e atendimento à população. “Eu destinei essa emenda para o Hospital Dom Malan nesse valor, e inclusive estive com o diretor do hospital, e vendo o plano de trabalho do que pode ser feito com esse dinheiro vai dar pra ser realizado em torno de 311 cirurgias eletivas aqui em Petrolina. Hoje a fila de espera, gira em torno de 280, ou seja, vamos conseguir zerar a fila de esperar de cirurgias eletivas no Hospital Dom Malan e ainda vai sobrar vagas a serem feitas este ano.”

PSB realiza mais uma edição da Agenda 40 em Petrolina

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O presidente do diretório do PSB em Petrolina, deputado estadual Miguel Coelho, postou nesta quinta-feira (31), nas redes sociais o convite para realização de mais edição da Agenda 40 na cidade.

“Hoje, o João de Deus será palco do debate das propostas que ajudarão na formação de uma nova Petrolina. A partir das 19h, eu, lideranças e moradores estaremos reunidos na Rua 55, em frente à Escola Eneide Coelho Paixão Cavalcanti, para discutir e ouvir a opinião de todos. Participe você também!”, postou Miguel.

Governador defende aproximação do PSB com vice-presidente Michel Temer

Governador Paulo Câmara, inauguração OAB

O governador Paulo Câmara (PSB) defendeu o diálogo do seu partido, do qual é vice-presidente nacional, com o vice-presidente da República. Nessa segunda-feira, um dia antes dos peemedebistas oficializarem a saída da base de apoio ao governo federal, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, reuniu-se com Michel Temer (PMDB) e Paulo endossou o encontro. Para ele, é legítimo que os socialistas mantenham-se próximos a Temer.

“Sempre que somos convidados participamos de conversa. Debatemos os cenários, as preocupações de todos nós diante de tanta incerteza que está  passando o Brasil. Evidentemente que o PSB sempre se colocou à disposição para ajudar com suas propostas e ideias. É um momento de deliberação diante do agravamento da crise. Tão logo isso seja definido é preciso que haja uma unificação de forças com todos os partidos e lideranças para o Brasil voltar a andar”, falou.

De acordo com o governador, o momento é de estreitar a relação político-partidária. No entanto, ele não adiantou se o PSB discutiu com Temer a participação em um futuro governo peemedebista caso ocorra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

“A gente tem sempre que estar abrindo portas, contribuindo para o debate nacional que está tão difícil. Essa (participação em um possível governo Temer) é uma discussão que o partido ainda vai ter. A gente vai ver alternativas e a forma que o PSB pode contribuir para o Brasil. Não há necessidade de deliberar questões como essas de imediato”, declarou.

De acordo com o governador, o momento é de estreitar a relação político-partidária. No entanto, ele não adiantou se o PSB discutiu com Temer a participação em um futuro governo peemedebista caso ocorra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

“A gente tem sempre que estar abrindo portas, contribuindo para o debate nacional que está tão difícil. Essa (participação em um possível governo Temer) é uma discussão que o partido ainda vai ter. A gente vai ver alternativas e a forma que o PSB pode contribuir para o Brasil. Não há necessidade de deliberar questões como essas de imediato”, declarou.

“Eu não saí do PSB, me tiraram de lá” diz Raquel Lyra sobre saída do partido

raquel lyra

A deputada Raquel Lyra anunciou, na Reunião Plenária desta segunda (21), que está deixando de fazer parte do Partido Socialista Brasileiro para entrar no PSDB. “Eu não saí do PSB, me tiraram de lá”, disse a parlamentar, ao explicar que o partido decidiu que ela não poderia  disputar a Prefeitura de Caruaru por meio da legenda.

“Eu assumi a presidência do PSB em Caruaru com a garantia de que lançaria meu trabalho e meu nome para a prefeitura dessa cidade. Mas fui avisada na última segunda (14) de que não poderia mais ser candidata, sem qualquer direito ao contraditório”, relatou. O motivo apresentado para a mudança, segundo Raquel Lyra, foi uma exigência do PDT de Pernambuco, que, hoje, está à frente da gestão do município, em troca, do apoio à reeleição do prefeito do Recife, Geraldo Julio.

“Da escola que venho, aprendi que política se faz com palavra, compromisso e coerência. Não participarei deste acordo, vou preservar minha dignidade e independência. Caruaru exige respeito”, reagiu a deputada. No seu discurso, a parlamentar relembrou que era filiada ao PSB desde 2007, fazendo um histórico de suas contribuições ao partido, além da aliança histórica de sua família com a família Arraes, iniciada em 1959.

“Passados esses fatos, não olharei pelo retrovisor. Agradeço aos companheiros do PSB que muito me ensinaram ao longo dessa jornada”, declarou. Sobre a missão em seu novo partido, a deputada afirmou que “o PSDB, neste momento, compreende, respeita e valoriza a minha vontade de alcançar as mentes e corações com um projeto coletivo de cidade”.

Saneamento e combate à violência são temas do debate da Agenda 40 com moradores de Petrolina

Miguel Coelho

A sétima edição do programa Agenda 40 do Partido Socialista Brasileiro, debaterá temas como Saneamento Básico e Combate à Violência em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A legenda vai ouvir os moradores do bairro São Gonçalo, Zona Oeste do município, nesta quinta (10), às 19h, no Colégio Castro Alves, no Alto da Boa Vista.

O debate reunirá dirigentes do PSB, lideranças comunitárias, vereadores e garantirá espaço para a população fazer críticas e sugestões ao partido. A escolha pelo debate sobre segurança pública acontece em virtude do aumento da criminalidade na capital do São Francisco.

Em recente levantamento da Secretaria de Defesa Social, Petrolina foi a cidade que registrou o maior crescimento em número de homicídios, cerca 57% em 2015. “Queremos ouvir a população e apresentar propostas sobre segurança pública. Este é um momento decisivo para encontrar soluções para retomar a tranquilidade e a paz em Petrolina”, ressalta o presidente do PSB municipal, Miguel Coelho.

Fantasma do bate chapa volta a assombrar o PSB de Petrolina

Lucas e Gonzaga

A disposição da dupla Gonzaga Patriota e Lucas Ramos, deputados federal e estadual respectivamente, em confrontar com o grupo liderado por Fernando Bezerra Coelho é bem maior do se imagina. Os dois não aceitam em hipótese alguma votar em candidato indicado pelo senador, muito menos em um dos filhos (Fernando Filho e Miguel Coelho) e pretendem mesmo disputar o pleito para prefeito de Petrolina pelo PSB.

A estratégia dos dois políticos é apoiar um ao outro, ou seja, quem estiver em melhor condição recebe o apoio do aliado. Fora isso, o caminho certo mesmo é o bate chapa como ocorreu em 2008 quando Gonzaga e o então prefeito Odacy Amorim disputaram a condição de candidato do partido, Gonzaga ganhou no voto, mas perdeu a eleição por não ter obtido o apoio na prática de Fernando Bezerra, Odacy e cia.

O fantasma do bate chapa, portanto, pode ser a alternativa para se definir o nome do candidato do PSB a disputar a prefeitura de Petrolina mais uma vez. Os reflexos desta possível disputa é que serão, neste cenário, devastadores, pois quem vencer no voto não vai contar com o apoio do vencido, pelo menos, esse é o pensamento de Gonzaga e Lucas, se não avançarem no bate chapa os dois vão declarar apoio a um outro candidato e aí pode ser Adalberto, Odacy ou mesmo um nome indicado por Júlio Lossio. É chumbo grosso, é racha na certa se FBC não recuar, desistir do sonho e apoiar um outro candidato que não seja um dos seus filhos.

Reunião do PSB reúne lideranças e prefeitos do Recife e BH

encontro psb

Está acontecendo neste momento, no Sest/Senat, em Petrolina, Sertão de Pernambuco, reunião que  com filiados, vereadores e militantes dos movimentos sociais ligados ao PSB.  O encontro é comandado pelo presidente municipal do partido, o deputado estadual Miguel Coelho e conta com a presença de prefeitos da capital do estado, Recife, Geraldo Júlio e também o Márcio Lacerda, de Belo Horizonte.

Os dois relatam suas experiências e políticas públicas que deram certo nas respectivas capitais.

Estão presentes também o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, o senador Fernando Bezerra Coelho e o líder da bancada socialista na Câmara dos Deputados, Fernando Filho.

Miguel Coelho afirma que Petrolina terá mais duas escolas estaduais

Miguel Coelho

Em conversa com o deputado estadual Miguel Coelho (PSB), na última quarta-feira (03), o secretário de Educação Fred Amâncio confirmou que, ainda este ano, duas escolas começam a ser construídas em Petrolina. As obras tinham sido solicitadas pelo parlamentar socialista diretamente ao governador Paulo Câmara, no ano passado.

As escolas serão construídas nos bairros de João de Deus e São Gonçalo. De acordo com o secretário estadual, o processo de licitação já está em curso e a estimativa é de que o resultado do vencedor do certame saia até abril. Sendo assim, no segundo semestre, a construção das duas unidades escolares deve ser iniciada.

“É uma grande notícia para a população de Petrolina. Nós já havíamos solicitado pessoalmente ao governador a construção dessas escolas após conversas com moradores da região. Isso reflete o empenho do Governo para melhorar a educação de nossa cidade”, comemora Miguel Coelho.

Miguel Coelho faz balanço do primeiro ano de mandato

Miguel Coelho

O deputado estadual Miguel Coelho (PSB) visitou nesta quinta-feira os municípios de Santa Filomena e Santa Cruz. Acompanhado pelo senador Fernando Bezerra e o deputado federal Fernando Filho, o socialista aproveitou a agenda pelos municípios sertanejos para prestar contas do primeiro ano na Assembleia Legislativa.

Miguel considerou o início de mandato como produtivo e de aprendizado. Antes do recesso parlamentar, Miguel deixou 14 projetos de lei prontos, alguns deles já aprovados, como o que prioriza o uso de livros de autores pernambucanos nas escolas do Estado. Outra iniciativa importante do deputado é a proposta para garantir que 25% da verba do FEM seja exclusivamente destinada para educação e saúde.

“Esse primeiro ano, apesar das grandes dificuldades que nosso país atravessou, foi de muito trabalho e aprendizado. Tivemos que lidar com circunstâncias difíceis diante dessa crise, discutir ajustes em nosso estado, mas estamos animados para que em 2016 possamos colaborar mais”, ressaltou o deputado.

À frente da Comissão de Agricultura, Miguel conduziu seis audiências públicas com temas sobre seca, fruticultura, ovinocaprinocultura entre outros. O deputado ainda lembrou o trabalho da Comissão Especial de Fiscalização das Obras do PAC, que ouviu representantes do Estado e União sobre intervenções estratégicas como a transposição e a transnordestina.

“Realizamos várias ações para assegurar que o Sertão encontre um caminho de desenvolvimento sustentável. Por isso, cobramos o Governo Federal e iniciamos uma jornada através do Movimento União Pelo Nordeste para criar uma política permanente de convivência com a seca. Não basta apenas ficar nessa briga por carro-pipa e outras medidas paliativas, precisamos é de um projeto de longo prazo para potencializar as regiões mais áridas de nosso estado”, explicou.

Sobre 2016, Miguel acredita que o ano será novamente de dificuldades e incertezas e, por isso, é necessário unidade política e bom senso para superar as dificuldades. O deputado ainda ressaltou que vai intensificar o contato com a população. “Num momento de tanta dificuldade é importante que as forças políticas tentem um caminho em comum acordo para fazer o país voltar a crescer. É necessário também ouvir as vozes das ruas, que a cada dia clamam por mais saúde, mais serviços e melhor qualidade de vida”, refletiu Miguel, que é presidente do PSB de Petrolina.

Em resposta a Lucas, Miguel diz que o foco é discutir o futuro de Petrolina

Miguel Coelho 02

A queda de braços protagonizada pelos socialistas petrolinenses Lucas Ramos e Miguel Coelho ganha mais um capítulo, mais uma vez os dois trocam farpas pela condução do PSB em Petrolina.

Presidente do Partido Socialista Brasileiro em Petrolina, Miguel afirmou que Lucas insiste em fazer um debate que na opinião dele está superado e afronta a direção estadual da legenda.

“Desde agosto do ano passado, o deputado Lucas Ramos insiste nessas críticas desnecessárias. Isso já cansou, está superado e ele permanece nessa discussão para se promover. Estamos focados em unir o partido, em buscar o diálogo, mas se ele quer criar uma rinha e fazer futrica é uma vontade apenas dele”, condenou Miguel.

Para Coelho, a hora não é de dividir o partido, mas de ouvir a população e discutir o futuro do município sertanejo. “Vamos realizar neste mês mais duas agendas 40 atendendo a orientação do governador de aumentar a escuta à população. Então, se o deputado Lucas Ramos quiser trabalhar pela população de Petrolina vamos trabalhar em conjunto. É hora de ouvir a população, saber quais as principais demandas dos petrolinenses e construir um projeto para a cidade”, destacou Miguel.

Sobre o processo eleitoral, o presidente do PSB de Petrolina disse que somente a partir de abril será iniciada a discussão sobre as candidaturas. “Temos um senador, dois deputados federais, dois estaduais, vereadores e todos estão legitimados a disputar. O candidato será aquele que tiver mais condições de agregar. Estamos em janeiro ainda e este é momento de escuta. A partir de abril, dentro do que determina o prazo eleitoral, aí sim vamos chamar os partidos aliados para discutir nomes”, explicou.

Lucas Ramos alfineta partido e afirma que PSB é tratado como patrimônio familiar em Petrolina

lucas ramos

Em entrevista a uma emissora de rádio no Recife nesta quinta-feira (07), o deputado estadual e vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Lucas Ramos (PSB), afirmou que o ano de 2016 será fundamental para o estado se planejar e garantir mais recursos para investimentos públicos. “Depois de um 2015 difícil, este é o momento de planejar e também de tirar do papel ações, entregar obras, fazer uma mudança na qualidade de vida dos pernambucanos”, disse o parlamentar.

Lucas destacou a prudência do governador Paulo Câmara com as contas públicas no seu primeiro ano de mandato. “O estado deixou de arrecadar R$ 1,5 bilhão e foi preciso aplicar planos de contingenciamento para não estourar as contas públicas e garantir a prestação de serviços essenciais à população”. Para 2016, o parlamentar espera do Governo Federal a abertura de mais linhas de crédito que podem resultar em até US$ 700 milhões para investimentos em Pernambuco.

Segundo Lucas, mesmo enfrentando um cenário de crise econômica, o Estado conseguiu investir mais de R$ 1,1 bilhão. “São obras, ações, investimentos no FEM (Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal), que garantiram ao povo pernambucano, especialmente nos municípios menores que têm recursos próprios limitados, a promoção do desenvolvimento. Avançamos em muitas áreas, mas ainda temos muito o que fazer”, avaliou.

Agenda 40 – Sobre a presença nas reuniões da Agenda 40 em Petrolina promovidas pelo Partido Socialista Brasileiro, Lucas Ramos foi enfático: “enquanto o PSB for tratado, em Petrolina, como patrimônio familiar não participo de nenhuma Agenda 40”. O parlamentar citou a falta de lideranças regionais socialistas que não integram as discussões. “Os encontros configuram apenas a promoção pessoal dos que estão à frente do diretório, mas continuo contribuindo com o partido e estarei no lançamento do Programa Chapéu de Palha no Sertão do São Francisco marcado para o dia 18”, explicou. (Blog do Finfa)

PSB e a dúvida cruel: apoiar ou não o impeachment de Dilma

Partido rompeu com Dilma e o PT em 2013 para lançar Eduardo Campos, candidato a presidente

Único grande partido de oposição à presidente Dilma Rousseff que ainda não se definiu em relação ao impeachment, o PSB, que conta com uma bancada de 36 deputados federais, viu sua divisão interna se agravar com o início do acolhimento do processo de afastamento da petista no Congresso. Enquanto a bancada na Câmara apoia majoritariamente a petição de impedimento assinada pelos juristas Miguel Reale Jr. e Hélio Bicudo, a maioria dos governadores, senadores e dirigentes da legenda que atuam em movimentos sociais se posiciona contra a medida.

O PSB esteve na área de influência do PT até 2013, quando rompeu com a presidente Dilma Rousseff e lançou o então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como candidato à Presidência. Após a morte dele no ano passado em um acidente aéreo durante a campanha presidencial e, na sequência, a derrota da ex-ministra Marina Silva, sua sucessora, no 1.º turno da disputa, a legenda deu apoio ao senador tucano Aécio Neves (MG) no 2.º turno.

Mesmo sem uma liderança nacional, líderes do PSB afirmam que a legenda não quer mais ser linha auxiliar porque hoje o partido busca protagonismo como terceira via à polarização entre PT e PSDB. Por isso, a legenda resiste em embarcar no discurso pró-impeachment capitaneado pelo PSDB de Aécio. A mesma razão faz com que parte do partido se negue também a apoiar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em seu projeto presidencial.

O tucano paulista recebeu a sinalização de que poderia contar com a sigla caso não consiga se lançar candidato ao Palácio do Planalto pelo PSDB. Diante do impasse sobre o afastamento de Dilma, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, costurou um acordo pelo qual a palavra final sobre o impeachment será da direção nacional executiva do partido, que está dividida ao meio.

“O debate está em suspenso. Fechamos o ano sem uma definição clara. Há uma certa simpatia na Câmara, mas no Senado (o impeachment) encontra resistência”, avaliou Siqueira. Os quatro deputados indicados pelo PSB para a Comissão Especial que avaliará o impedimento após o recesso parlamentar, em fevereiro, se comprometeram a acatar a decisão do comando partidário. São eles Fernando Bezerra Filho (PE), Tadeu Alencar (PE), Danilo Fortes (CE) e Bebeto (BA).

Segundo cálculo da cúpula socialista, 28 dos 36 deputados apoiam o pedido de afastamento da presidente que tramita na Câmara. Os que se posicionam contra – caso da deputada Luiza Erundina, por exemplo – integram a ala mais “à esquerda” do PSB. Em caráter reservado, parlamentares pró-impeachment alegam que estão sendo pressionados por suas bases e temem não eleger seus aliados em 2016 ou renovar o próprio mandato em 2018.

O mesmo levantamento informal prevê que pelo menos 5 dos 7 sete senadores do PSB rechaçam a tese do impedimento de Dilma Rousseff. A bancada chegou a discutir pelo WhatsApp a ideia de lançar um documento com o argumento de que a impopularidade não justifica o impedimento.

Governadores

Já entre os três governadores do PSB – Rodrigo Rollemberg (DF), Ricardo Coutinho (PB) e Paulo Câmara (PE) –, há consenso contra o impeachment. “Da maneira como o processo está sendo levado pelo Eduardo Cunha (presidente da Câmara dos Deputados), ele está fadado a não ter legitimidade”, disse ao Estado, o governador Paulo Câmara.

Crítico enfático do movimento pelo impeachment, Coutinho reconhece que o PSB vive hoje um dilema. “O PSB, como os demais partidos do Brasil, passa por uma crise de rumo”, afirmou o governador da Paraíba.

Paulo Câmara e Coutinho também criticam a estratégia da oposição na Câmara, sobretudo do PSDB, ao longo de 2015. “A oposição não construiu um norte. A população não reconhece a devida legitimidade na oposição”, declarou Coutinho em entrevista recente à TV Estadão.

Com Blog Gilvandro Filho-Do Estadão Conteúdo

Geraldo Alckmin pode migrar para o PSB

Segundo senador Fernando Bezerra Coelho, conversa estaria sendo intermediada pelo vice-governador de São Paulo, Márcio França

As idas e vindas do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e do prefeito do Recife, Geraldo Julio, a São Paulo, mais especificamente para reuniões com o governador Geraldo Alckmin, vão muito mais além do que uma possível aliança do PSDB com o PSB. Alckmin conversa com as lideranças socialistas para, caso o cenário entre os tucanos não lhe seja favorável, migrar para o PSB. Seria uma alternativa aos dois lados: desde a morte do ex-governador Eduardo Campos, em 2014, o PSB ficou sem uma liderança nacional forte. E Alckmin está sendo relegado a segundo plano no PSDB, com a liderança de Aécio Neves.

“Essas conversas ocorrem a partir do vice-governador (de São Paulo) Márcio França. Se ele está pensando em deixar o PSDB ou não, isso não é do meu conhecimento. É evidente que um nome como de Geraldo Alckmin é um quadro que tem uma trajetória, uma expressão política que certamente interessa a um partido como o PSB, que busca fortalecer os seus quadros, não só para as eleições de 2016, mas para defender um projeto alternativo a essa polarização PSDB-PT, que o PSB entende que é chegada a hora de um caminho alternativo”, afirmou o senador Fernando Bezerra Coelho, em visita nessa segunda (21) ao Jornal do Commercio.

O governador paulista estaria se sentindo incomodado com o posicionamento de Aécio Neves, que está atraindo para si boa parte da “máquina” tucana. Além da migração de um nome expressivo para a legenda, o PSB pode engordar, também, o número de deputados que podem acompanhar Alckmin nessa possível migração. Nos bastidores, comenta-se que Alckmin talvez tenha que tomar uma decisão mais cedo do que esperava. Recentemente, França afirmou que o “compromisso do PSB era com Alckmin e não com o PSDB”.

A leitura que alguns nomes fazem é que, caso Alckmin não migre para o PSB, o partido fica numa situação mais complicada, pois não teria tempo de formar um quadro de liderança nacional até as eleições de 2018.

O PSB também tem outro ponto a resolver, este com mais urgência, que é o posicionamento que adotará para o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “Nosso partido deverá convocar reunião da Executiva Nacional ao longo de janeiro para firmar uma posição. O partido se encontra dividido. A maioria da Câmara tem uma tendência para apoiar o impeachment, uma leve maioria no Senado é contra e os governadores se posicionaram contra. Portanto, isso vai merecer um debate mais aprofundado”, explicou o senador.

Para Bezerra Coelho, alguns fatores podem alterar o processo na Câmara ao longo do recesso parlamentar e até a instalação completa do processo. “Acabamos de ter a troca do ministro da Fazenda, mostrando a gravidade do quadro da economia brasileira. Teremos uns 60 dias para saber se o novo ministro vai animar o cenário da economia, recuperar a confiança e dar um encaminhamento para as graves questões que ameaçam o crescimento e o desenvolvimento do Brasil”, disse.

Na visão do senador, a presidente Dilma tem maioria no Senado que poderá contribuir para barrar o processo, segundo apontou o rito determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Eu diria que hoje o governo federal tem uma maioria dentro do Senado para evitar o processo de impeachment. Mas essa votação só se dará em fevereiro ou março”, disse o parlamentar.

Sobre o inquérito na Operação Lava Jato, o senador afirmou que considerou “desnecessário” o mandado de busca e a apreensão no seu escritório político de Petrolina, na semana passada. “Todo o material que foi apreendido poderia ser solicitado que nós teríamos encaminhado. Renovo a nossa confiança nas autoridades e ao cabo dessas investigações, os fatos ficarão devidamente esclarecidos”, disse. Já sobre a investigação de desvio de recursos na Transposição do São Francisco no período em que ele estava à frente do Ministério da Integração, Bezerra Coelho disse que está “absolutamente tranquilo” e que realizou auditorias em contratos, com apoio do Tribunal de Contas da União e da Controladoria Geral da União. (Fonte: NE10)

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