Ministro pede envolvimento da sociedade para evitar racionamento

O ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque pediu o envolvimento de toda a sociedade para evitar apagões e racionamento de energia nos próximos meses. Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, ele explicou a situação hídrica nos reservatórios das usinas e a alta na tarifa para pagar a energia produzida por termelétricas e a importada de países vizinhos.

Segundo o ministro, a perda de geração hidrelétrica provocada pela estiagem no Centro-Sul no fim do ano passado e no início deste ano equivale ao consumo de energia de uma cidade como o Rio de Janeiro por cerca de cinco meses.

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Casa Nova: Prefeito busca todos os meios para acabar com racionamento de água

Acompanhou o prefeito Wilker Torres a Diretora do SAAE, Dagmar Nogueira. (Foto: ASCOM)

Uma rede de distribuição com quase 50 anos de existência, que não atende a demanda, baixa do lago e distância cada vez maior da captação, bombas antigas e defasadas além de problemas financeiros e administrativos herdados da gestão anterior. Tudo isso contribui para que a administração do SAAE de Casa Nova tenha dificuldades crescentes no atendimento à população.

O prefeito Wilker Torres está em Brasília nesta terça-feira (19), acompanhado do Deputado Elmar Nascimento buscando a liberação dos recursos já comprometidos pela direção da CODEVASF para aquisição de bombas, nova adutora e melhoria da rede de água para sanar definitivamente o problema de abastecimento. Acompanhou o prefeito Wilker Torres a Diretora do SAAE, Dagmar Nogueira.

“É uma luta árdua” – constata o Deputado Elmar Nascimento – “Temos o compromisso de aproximadamente 8 milhões através da CODEVASF e estamos aqui hoje com o prefeito cobrando do Presidente Antônio Avelino Neiva a liberação destes recursos. Vamos insistir até essa obra ser concretizada!”

Wilker Torres reforça: “Nesta audiência com o presidente da CODEVASF insistimos, eu e o Deputado Elmar, na urgência da liberação destes recursos. O povo de Casa Nova não pode ser mais penalizado com a falta de água nas torneiras, com racionamento” e completa: “O presidente da CODEVASF sabe que o município não tem recursos para investir na melhoria da captação e da rede. Pelo que ouvimos em resposta ao nosso apelo, acredito que a liberação será rápida. Fiz um compromisso de atender às necessidades de água da cidade e vou cumprir!”

Caruaru: Racionamento de água em terá nova redução em setembro

(Foto: ASCOM)

A Barragem do Prata vertendo é um cenário que não se via há seis anos, desde 2011. A recuperação do manancial, localizado em Bonito, é uma excelente notícia para a população de Caruaru e das cidades de Altinho, Ibirajuba, Agrestina, Cachoeirinha e Santa Cruz do Capibaribe que, neste ano, enfrentaram o sétimo ano consecutivo de seca na região Agreste.

Em pouco mais de um mês, a Barragem do Prata saiu da situação de pré-colapso e conseguiu armazenar 42 milhões de metros cúbicos de água, a capacidade máxima acumulação do reservatório. No entanto, a Barragem do Prata cheia não é suficiente para retirar a maior cidade do Agreste do racionamento. Caruaru precisaria da água da Barragem de Jucazinho para ficar livre do rodízio definitivamente.

Jucazinho, localizado em Surubim e responsável pelo abastecimento de 60% da cidade de Caruaru, permanece em colapso desde setembro do ano passado – quando foi implantado o calendário de abastecimento em Caruaru – e ainda não conseguiu acumular água no período de chuvas.

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Suspensão de captação de água do Rio São Francisco preocupa produtores da região

(Foto: Arquivo)

A medida de suspensão de captação de água no Velho Chico foi determinada pela Agência Nacional de Água (ANA) e começa a valer hoje. De acordo com a ANA, caso o racionamento não seja realizado, o volume útil do líquido no rio chegará a zero antes do ano terminar.

Os produtores da região ainda não sabem como proceder à suspensão de captação de água no Velho Chico que acontecerá todas as quartas-feiras. Diariamente, cerca de 26% do volume de água drenado do São Francisco em Pernambuco se destina à irrigação. Em Pernambuco, mais de 30 municípios sertanejos são abastecidos com a água retirada do São Francisco. Os recursos hídricos são responsáveis, ainda, por irrigar os cultivos de fruticultura em localidades como Petrolina, Santa Maria da Boa Vista e Petrolândia.

A captação de água continuará sendo permitida para o abastecimento humano e de animais, conforme prevê a Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9.433/97), que considera esses casos prioritários quando há escassez de água. Os produtores da região do Vale do São Francisco, por outro lado, estão de mãos atadas.

“Nós precisamos de água diariamente e, até o momento, não fomos procurados para debater quais serão as alternativas para os produtores locais. Porque não podemos aumentar a captação de água nos outros dias para criar reservatórios, então ainda não sabemos o que poderemos fazer e estamos aguardando um posicionamento. Hoje, não haverá água para irrigar as culturas de frutas”, comenta o presidente da Valexport, José Gualberto Almeida

Para a ANA, a única saída é reduzir o desperdício de água e racionar, já que não serão permitidas captações extras nos outros dias da semana. “Pedimos aos produtores que planejem melhor a irrigação para evitar desperdícios. Mesmo com a redução do consumo, será possível continuar as atividades normalmente”, diz o superintendente adjunto da instituição. A fiscalização para saber se a suspensão está sendo respeitada será realizada por meio do monitoramento do gasto energético dos consumidores e com a colaboração dos próprios usuários.

Com informações do JC

Bacia do rio São Francisco pode enfrentar racionamento de água

(Foto: Arquivo)

A Casa Civil está conduzindo a elaboração de um decreto que estabelece as condições para que a Agência Nacional de Águas (ANA) declare racionamento no Rio São Francisco, caso seja necessário. Se este cenário se configurar, o reflexo na tarifa do consumidor será por meio de reajustes nas bandeiras tarifárias.

Apesar de o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informar que a publicação do documento não significa restrição imediata para o uso dessa água, o decreto abre caminho, cria condições e requisitos para a distribuição controlada de recursos.

“O decreto poderá levar a ANA a estabelecer uma vazão máxima para assegurar as condições do fluxo do rio, visto que as condições hídricas na região não têm sido boas”. O valor dessa vazão máxima ainda está em discussão. Podemos falar sobre o impacto para o setor elétrico. Hoje, apesar da vazão estar em 700 m³/s – e não em 1.300 m³/s, que é a condição normal -, o setor elétrico tem a prerrogativa de modular, ou seja, aumentar a vazão, se necessário. Na hora em que for estabelecida uma vazão máxima, perde-se a flexibilidade”, disse o ONS.

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Empresas fazem racionamento de água no interior da Bahia

(Foto: Ilustração/Internet)

A estiagem prolongada em diversas regiões do estado tem provocado o racionamento de água em municípios baianos.

Em Itabuna (a 457 km de Salvador), a Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa) divulgou tabela com bairros abastecidos pelo rio Almada, que representam 75% das águas ofertadas à população local, indicando que em alguns locais a água chegará entre duas a três vezes por mês, apesar das reclamações da população.

Dos 366 municípios atendidos pela Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa), quatro já estão em regime preventivo de racionamento: Vitória da Conquista, Belo Campo, Santa Luz e Queimadas.

Até o final de fevereiro, outras oito cidades abastecidas pela barragem de Ponto Novo têm previsão de início de racionamento. A informação deixou em alerta os moradores de Senhor do Bonfim, Jacobina, Jaguarari, Caldeirão Grande, Andorinha, Itiúba, Ponto Novo e Filadélfia.

Quatro cidades do Agreste terão racionamento ampliado a partir de segunda

Barragem de Palmeirinha, em Belo Jardim. (Foto: Divulgação/Compesa)

Devido à seca prolongada no Agreste de Pernambuco, as cidades de Surubim, Bom Jardim, Orobó e João Alfredo, terão o racionamento de água ampliado a partir da próxima segunda-feira (30), quando receberão água vinda da Zona da Mata Norte. A obra é uma ação emergencial, segundo a Compesa, visando a preservar a Barragem de Pedra Fina, – que se encontra com apenas 27% do volume da sua capacidade total de 6,2 milhões de metros cúbicos.

A partir da próxima semana, Surubim e Orobó terão dois dias de fornecimento de água e 24 dias sem. Em João Alfredo, serão quatro dias com fornecimento de água e 24 dias sem e, para Bom Jardim, estão previstos quatro dias com água para 16 dias sem. As áreas localizadas nas periferias e nas partes mais altas dessas cidades receberão carros pipas que serão encaminhados para complementar o abastecimento.

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