MEC revoga decisão de não avaliar estudantes em alfabetização

O Ministério da Educação (MEC) revogou a portaria que deixava de avaliar as crianças de sete anos em fase de alfabetização. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (26) apôs uma polêmica criada no começo da semana, quando o ministro Ricardo Vélez Rodríguez anunciou a não avaliação.

Vélez teria demitido o presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), Marcos Vinicius Rodrigues. Os dois discutiram rispidamente em reunião que tratou da desistência em avaliar o nível de alfabetização das crianças a na segunda-feira (25), informou a Folha de São Paulo.

A demissão ainda não foi confirmada oficialmente e estaria aguardando decisão do presidente Jair Bolsonaro. Rodrigues é ex-professor da Fundação Getulio Vargas e foi indicado pelo grupo de militares de reserva que auxilia o governo desde a transição.

O pedido de não acompanhar o conhecimento das crianças foi criticada por especialistas, porque a alfabetização é considerada o momento mais importante da educação. Especialistas enfatizam que um aluno alfabetizado de maneira insuficiente dificilmente terá condição de continuar aprendendo na escola. (Com informações de Exame).

Ministro da Educação admite erro ao pedir que escolas filmassem alunos cantando Hino Nacional

(Foto: Reprodução/TV MEC)

Depois da repercussão negativa, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez reconheceu hoje (26) que errou ao pedir que as escolas filmassem as crianças cantando o Hino Nacional, sem a autorização dos pais. Na segunda-feira (25) o Ministério da Educação (MEC) enviou um e-mail para as escolas do país pedindo a leitura de uma carta de Vélez orientando que as escolas executassem o Hino Nacional e filmassem as crianças durante o ato.

O pedido foi alvo de críticas de educadores e juristas. A carta é encerrada com as frases “Brasil acima de tudo” e “Deus acima de todos”, que foram o slogan da campanha do presidente Jair Bolsonaro nas eleições. “Eu percebi o erro, tirei essa frase, tirei a parte correspondente a filmar crianças sem a autorização dos pais. Evidentemente, se alguma coisa for publicada, será dentro da lei, com autorização dos pais”, disse o ministro.

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