Lagoa Grande: Sistema de rodízio vai acabar, garante gerente regional da Compesa

A Companhia Pernambucana de Saneamento e Abastecimento (Compesa) anunciou, durante reunião nessa segunda-feira (07), que em fevereiro de 2021 será apresentado o projeto da reestruturação total do sistema de abastecimento de Lagoa Grande (PE) para eliminar o abastecimento por rodízio.

“Estamos reordenando todas as redes disponíveis, algumas estão sendo totalmente substituídas, outras tendo aumento do diâmetro para melhorar a capacidade de vazão. Em breve o abastecimento de água em Lagoa Grande será autossuficiente e o sistema de rodízio vai acabar”, destacou Marcelo Guimarães, gerente regional da companhia.

De acordo com o prefeito Vilmar Cappellaro, a cidade está crescendo e precisa ter segurança no abastecimento de água.” O abastecimento precisa ser confiável, e todas as áreas da cidade precisam ser abastecidas de forma igualitária e com suficiência. Estamos reestruturando o sistema, dimensionando todas as redes e preparando a cidade para os próximos 30 anos”, disse.

Parte da cidade de Serra Talhada sai do rodízio de abastecimento de água

(Foto: Blog Waldiney Passos)

Com as chuvas no Agreste e Sertão, mais um município pernambucano foi contemplado com a redução no rodízio. Depois de 10 anos, o Açude Cachoeira 2, responsável por parte do fornecimento de água para a cidade de Serra Talhada, recuperou sua capacidade total de 21 milhões de metros cúbicos.

Assim, a Compesa instituiu um novo regime de distribuição, passando a atender 40% da cidade com água 24 horas por dia e as demais localidades com um rodízio de 6 com água, 7 dias sem. Antes, a realidade era de seis dias com água para oito sem na maioria bairros do município.

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Oferta de rodízio de mulheres em Petrolina gera polêmica

Imagem ilustrativa/Internet

Um cartaz afixado em um bar da cidade foi o suficiente para gerar muita discussão em Petrolina. Feministas já entraram em contato com este Blog externando a indignação com, segundo elas, “o agenciamento de mulheres” na cidade.

O fato ganhou notoriedade pela oferta de rodízio de mulheres “Noite do Rodízio – Fique com quantas aguentar”, pelo valor de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais).

Se por um lado, existe a crítica à oferta, por outro, a notícia serviu para dar mais visibilidade a promoção nos meios de comunicação da cidade e redes sociais.

“Eu estou indignada, muito triste com essa situação, já pensou se fosse uma filha nossa? Isso é muito sério, as autoridades do município precisam tomar uma providência, eu não sou contra mulher se prostituir, cada uma faz do corpo o que bem quer, o que a gente não pode admitir é o agenciamento de mulheres”, disse uma feminista que preferiu não se identificar.

Ainda de acordo com as feministas, este, no entanto, não é o única local onde pessoas ganham dinheiro em Petrolina com o agenciamento de mulheres, alguns bares no centro da cidade estão repletos de mulheres se prostituindo, além das que ficam nas esquinas a espera de clientes diuturnamente.

Seca faz com que período de rodízio de água aumente em Serra Talhada

reservatorio serra

O sexto ano consecutivo de seca no Nordeste tem levado a Compesa a estudar e planejar a utilização dos recursos hídricos disponíveis a fim de preservar os seus mananciais por mais tempo e garantir a distribuição de água à população. A ausência de chuvas em novembro e dezembro, meses onde comumente ocorrem precipitações pluviométricas no semiárido pernambucano, a cidade de Serra Talhada, localizada no sertão do Pajeú por exemplo, terá o calendário de distribuição alterado a partir do próximo dia 12, em virtude do nível da barragem de Cachoeira II, que encontra-se com 12,8% da sua capacidade.

Segundo o gerente Regional do Pajeú, Luciano Freitas, a falta de chuvas e mediante as previsões pouco otimistas para este ano, a Compesa precisou ampliar o período do rodízio na cidade com o objetivo de evitar o colapso do manancial. Hoje, Serra Talhada tem um calendário de seis dias com água e um dia sem produto. Com a alteração do revezamento, o município ficará um dia a mais sem água, passando para o regime de dois dias sem água e cinco dias com. A Compesa dividiu o município em três setores de abastecimento, de forma que toda a cidade consiga receber água de forma equitativa. “Tínhamos esperança de chuvas nestes dois últimos meses, fato que não aconteceu. Assim, mesmo economizando o manancial Cachoeira II, a vazão da barragem foi reduzida e preferimos ampliar o calendário e garantir água para a cidade por mais tempo”, observou o gerente.

Além do Cachoeira II, Serra Talhada é atendida pela Adutora do Pajeú, que recebe água do Rio São Francisco , abastecendo ainda os municípios de Calumbi, Flores, Carnaíba, Quixaba, Afogados da Ingazeira, Tabira, e atualmente realizando os testes para abastecimento das cidades de Tuparetama e São José do Egito, fazendo um percurso de 300 km até chegar nessas cidades. “Esperamos mais chuvas nos próximos meses, mas é algo que não podemos garantir por conta da instabilidade do tempo. Caso o manancial não acumule água suficiente, teremos de intensificar o rodízio”, disse Luciano.

Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), caso não chova, é provável que o manancial atinja o volume morto em julho de 2016. “Estamos passando pela maior estiagem dos últimos 50 anos no Sertão, o que tem dificultado o armazenamento de água em toda região do Pajeú. Em 2014 ocorreram precipitações na bacia hidrográfica do Pajeú que recarregou o Cachoeira II em 40%. De lá pra cá só pancadas leves de chuvas, o que nos deixam em sinal de alerta.”, concluiu Luciano Freitas.