Continuidade da chuva dificulta escoamento de água em Coronel João Sá

(Foto: Secom/BA)

Deve continuar chovendo em Coronel João Sá, cidade baiana atingida pelo rompimento de uma barragem na última quinta-feira (11). A previsão do tempo para esse domingo (14) é de chuva até hoje, o que dificulta o escoamento das águas.

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500 famílias estão desabrigadas desde o rompimento da barragem do Quati, que fica localizada na cidade vizinha. “O problema é o transtorno que causa. A chuva não para. Fica difícil o trabalho dos bombeiros e da Defesa Civil”, afirma o secretário de Defesa Civil, Valdomiro da Conceição Jr.

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Técnicos atestam rompimento na estrutura de barragem na Bahia

(Foto: Secom/BA)

O Governo da Bahia confirmou hoje (12) o rompimento da barragem do Quati, localizada na cidade de Pedro Alexandre. Técnicos estiveram no local durante a manhã dessa sexta-feira e constataram uma ruptura na estrutura.

Isso provocou o transbordamento da barragem, com rachadura nas laterais. No entanto, a pressão da água acabou provocando rompimento parcial do equipamento. Uma nova vistoria será realizada durante a tarde para verificar a extensão dos danos.

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Vizinha a Pedro Alexandre, Coronel João Sá foi a cidade mais afetada. Um dia após o rompimento os moradores de puderam voltar às suas casas. Apesar do susto que os moradores levaram ontem, até o momento não há registro de mortos ou feridos.

A Defesa Civil atua em conjunto com a polícia e bombeiros, levantando informações sobre atingidos e os prejuízos causados com o rompimento. Cerca de 48 bombeiros estão nas duas cidades e outros militares estão de prontidão para seguirem para as cidades atingidas em caso de necessidade. (Com informações de A Tarde e G1).

Brumadinho: entidades fazem visita técnica e não detectam contaminação da Bacia do São Francisco

(Foto: Polícia Federal/Divulgação)

Um relatório elaborado pelo Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam) apontou que não há, até o momento, contaminação da Bacia do Rio São Francisco por rejeitos de minério da barragem de Brumadinho (MG). O Igam é uma das entidades que realizou uma visita técnica entre 9 e 16 de maio ao longo dos rios Paraopeba e São Francisco, em Minas.

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A expedição técnica foi coordenada pela Polícia Federal e contou com a participação da Universidade de Brasília (UnB), Agência Nacional de Águas (ANA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Serviço Geológico Brasileiro (CPRM), além do apoio do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Empresa Mineira de Pesquisa Agropecuária (Epamig), Prefeitura Municipal de Felixlância e empresas de consultoria ambiental.

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Relatório do Ibama não indica contaminação do São Francisco por rejeitos de Brumadinho

Segundo Ibama, ainda não é possível saber quando lama de rejeitos atingirá bacia (Foto: Léo Boi)

A Fundação SOS Mata Atlântica havia informado na semana passada que o Rio São Francisco já está contaminado com rejeitos da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). Entretanto, em um relatório divulgado na quarta-feira (27) o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou a contaminação.

O documento foi elaborado em parceria com o Instituto Federal de Florestas (IEF), tendo como base dados coletados pelo Instituto Mineiro de Águas (Igam), principal órgão monitorador do desastre ocorrido em 25 de janeiro.

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Segundo o Ibama, “até o momento, os dados oficiais de qualidade de água não indicam que os rejeitos atingiram o trecho do rio Paraopeba a jusante da UHE de Retiro baixo, portanto também não atingiram o reservatório da UHE de Três Marias e o rio São Francisco”.

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IML confirma nome de Claudio Marcio entre mortos em Brumadinho

Claudio tinha dois filhos, que viviam em Petrolina com ex-mulher da vítima

O Instituto Médico Legal (IML) de Brumadinho (MG) atualizou por volta de 12h40, horário de Brasília, o número de vítimas identificadas após o rompimento da barragem. A lista desse domingo (3) consta com o nome de Claudio Marcio dos Santos, que tinha família em Petrolina, afirma o Jornal o Tempo, de MG.

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Claudio era natural de Itabirito (MG) e trabalhava na Vale há 13 anos. Engenheiro mecânico, segundo a família, ele inspecionava as máquinas da empresa. Com a atualização dessa manhã sobe de 91 para 107 o número de vítimas identificadas após a tragédia.

Força Nacional ajuda nas buscas

Hoje pelo menos mais quatro corpos foram encontrados, mas eles ainda não estão na contagem oficial. O trabalho de buscas em Brumadinho (MG) entrou no 10º dia com a participação das Força Nacional que se junta ao Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. 60 homens vão atuar lado a lado com os bombeiros.

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Rejeitos de Brumadinho ameaçam contaminar o Rio São Francisco; produção de Petrolina pode ser afetada

Pesquisadores temem que produtos tóxicos eventualmente despejados no rio sejam carregados até áreas produtivas. (Foto: Divulgação/Ministério da Integração Nacional)

Pesquisadores da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) temem que os efeitos do desastre ocorrido em Brumadinho (MG) afetem a população pernambuco. O grupo está realizando um estudo emergencial a partir de imagens de satélites para descobrir o alcance de uma provável contaminação da bacia do Rio São Francisco.

O responsável pelo estudo e pós-doutor em risco de desastres pela Universidade de Buenos Aires (Argentina), Neison Freire, está avaliando os volumes em quilômetros quadrados e a velocidade de movimentação da lama. “Teremos a extensão da área de contaminação até determinada data. Saberemos se haverá possibilidade de atingir a bacia do São Francisco. Se houver contaminação lá, com certeza sentiremos aqui. Fatalmente o rio será contaminado. Procuramos agora o nível de contaminação. Mais cedo ou mais tarde isso chegará à foz, em Piaçabuçu, Alagoas”, explicou o pesquisador.

Em Pernambuco, Neison demonstra preocupação especialmente com a produção frutiovinocultura (consorciação de fruteiras com criação de ovinos) de Petrolina. “Os elementos dessa vez são mais pesados que os da barragem de Mariana, rompida em 2015. Por isso temos mais energia cinética (que dá velocidade à lama) e mais poder de destruição”, avalia.

“Se for detectado metal pesado nos melões ou nas mangas produzidas em Petrolina, sem dúvida as exportações para a Europa serão afetadas. O problema vai do pescador, do pequeno produtor, até o grande latifundiário. Falamos de um rio que já é muito sofrido. Pela contaminação por esgoto, desmatamento, assoreamento”, ressalta o pesquisador.

O problema, contudo, não é a lama em si, mas os elementos químicos que se misturam na água, segundo o doutor em Oceanografia Biológica pela Universidade de São Paulo Clemente Coelho. “Não veremos a parte física, aquela lama, mas sentiremos a partir do material diluído na água. E, mesmo se toda a lama fosse contida agora, esse material chegaria até o litoral através da cadeia de fauna e flora do rio São Francisco.

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Número de mortos em Brumadinho sobe para 37; buscas são interrompidas em decorrência do risco de rompimento de outra barragem

(Foto: Internet)

Na manhã deste domingo (27), o Corpo de Bombeiros informou, que o número de pessoas que morreram em decorrência do rompimento da barragem em Brumadinho (MG), subiu para 37. Outras 192 foram resgatadas. As buscas por novas vítimas foram interrompidas na madrugada de hoje por conta do risco iminente de rompimento de outra barragem pertencente à Vale na cidade.

O número de desaparecidos não foi atualizado nesta manhã. No último balanço, divulgado na noite de sábado (26), 296 pessoas foram consideradas desaparecidas pelos Bombeiros.

Risco de rompimento da barragem VI

Menos de 48 horas depois da tragédia na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), por volta das 5h30 da manhã de hoje (27) a companhia Vale voltou a acionar as sirenes de alerta. Os moradores que estavam na área foram retirados do local. Em comunicado, a Vale informou que foi detectado aumento dos níveis da água na região.

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Governo monitora lama de dejetos que pode atingir o Rio São Francisco

Barragem de Retiro de Baixo (Foto: Furnas)

A lama de rejeitos da barragem de Brumadinho (MG) atingiu o rio Paraopeba, um dos principais afluentes do rio São Francisco. Apesar disso, o governo espera que as barragens nos estados consigam amortecer a onda de rejeitos de minério e não impactem o Velho Chico.

O maior obstáculo é o reservatório da Hidrelétrica Retiro de Baixo, localizado a 220 km do acidente em Brumadinho, cuja previsão é que a lama alcance o local em até dois dias. Por precaução o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) determinou a interrupção da operação da usina.

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A hidrelétrica pertence à Cemig e Furnas. A avaliação do ONS é que o acidente não terá impacto significativo nem causará problemas para a operação do sistema elétrico do país. Furnas também monitora a possibilidade de a onda de rejeitos atingir a usina de Três Marias.

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Barragem da empresa Vale do Rio Doce se rompe em Brumadinho (MG)

(Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Informações preliminares repassadas pela Defesa Civil, dão conta de que uma barragem se rompeu na cidade de Brumadinho, próximo a Belo Horizonte. Ainda de acordo com o órgão, uma equipe com técnicos está se dirigindo ao local para avaliar a situação.

A Vale do Rio Doce, empresa responsável pela barragem, divulgou nota há pouco. “As primeiras informações indicam que os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. Ainda não há confirmação se há feridos no local. A Vale acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens”, informou a empresa.

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