Em reunião com vice-presidente do Banco do Brasil, Guilherme Coelho defende acesso ao crédito rural para os colonos do Vale do São Francisco

Nesta quarta-feira (02), o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho, esteve reunido virtualmente com o vice-presidente do Banco do Brasil (BB), Renato Naegele. A pauta do encontro foi o Artigo 833 do Código de Processo Civil e o artigo 4 da lei 8.629.

O Supremo Tribunal Federal decidiu, baseado nesses artigos, que os bancos não podem fazer empréstimos usando como garantia imóveis que tenham mais de quatro módulos fiscais. O módulo fiscal é uma unidade de medida expressa em hectares, fixada para cada município.

Guilherme Coelho explicou que a determinação do tribunal inviabiliza a liberação de crédito rural para os pequenos produtores. “Um módulo fiscal para a nossa região tem cerca de 50 hectares, mas 70% das propriedades possuem apenas 6 hectares. Solicitei ao vice-presidente do Banco do Brasil saídas para que os colonos tenham acesso a recursos, necessários para custear suas produções. Também já conversei com o presidente do Banco no Nordeste a respeito”, disse.

De acordo com Renato Naegele, a equipe do Banco do Brasil está sensível à situação dos agricultores. “Temos procurado customizar o nosso atendimento e a análise de crédito diante das diferentes realidades. Não podemos enxergar o Agro Brasileiro como se ele fosse igual no país inteiro, são vários subsistemas agrícolas. Estamos procurando ajudar, dentro dos limites que a lei permite”, garantiu.

Também participaram da reunião: a superintendente do BB em Pernambuco, Ana Paula Matos, a gerente de divisão do BB, Karla Cortes, entre outros integrantes da equipe do banco, além dos produtores rurais Adão Guimaraes e João Nilton Coelho e Edivaldo Rodrigues.

Ascom

Começa nesta segunda (17) prazo para entrega da declaração de propriedade rural

A partir das 8h desta segunda-feira (17), os proprietários rurais de todo o país começam a enviar a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) de 2020. O prazo de entrega vai até as 23h59min59s de 30 de setembro.

A Receita Federal espera receber 5,9 milhões de declarações este ano, cerca de 104,5 mil a mais que as 5.795.480 enviadas em 2019. A declaração só pode ser preenchida por meio do programa gerador da declaração, que pode ser baixado na página do órgão na internet a partir desta segunda-feira.

Devem apresentar a declaração pessoas físicas e jurídicas proprietárias, titulares do domínio útil ou que detenham qualquer título do imóvel rural. Apenas os contribuintes imunes ou isentos estão dispensados de entregar o documento. O produtor que perdeu ou transferiu a posse ou o direito de propriedade da terra desde 1º de janeiro também está obrigado a apresentar a declaração.

A DITR deve ser preenchida no computador, por meio do programa gerador. O documento pode ser transmitido pela internet ou entregue em pendrive (mídia removível acessível por porta USB) em qualquer unidade da Receita Federal. Quem perder o prazo pagará multa de 1% ao mês sobre o imposto devido, com valor mínimo de R$ 50. O contribuinte que identificar erros nas informações pode enviar uma declaração retificadora, antes de o Fisco iniciar o lançamento de ofício, sem interromper o pagamento do imposto apurado na declaração original.

O Imposto sobre Propriedade Territorial Rural pode ser pago em até quatro parcelas mensais, mas nenhuma quota pode ser inferior a R$ 50. O imposto inferior a R$ 100 deve ser pago à vista até 30 de setembro, último dia de entrega da declaração. O pagamento pode ser feito por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) em qualquer banco ou por transferência eletrônica de instituições financeiras autorizadas pela Receita.

Senado aprova projeto que prorroga vencimento de operações de crédito rural

Em sessão remota nesta terça-feira (26), o Plenário do Senado aprovou o projeto (PL 1.543/2020) que autoriza a prorrogação de dívidas rurais pelo período mínimo de 12 meses. O objetivo é amenizar a crise decorrente do estado de calamidade relacionado ao coronavírus. A proposta, do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), foi aprovada na forma do substitutivo apresentado pelo relator, senador Zequinha Marinho (PSC-PA). A matéria segue agora para a análise da Câmara dos Deputados.

Para o autor, a prorrogação é “medida fundamental para socorrer os pequenos produtores rurais neste crítico momento social, econômico e político”. Na avaliação de Mecias, as consequências econômicas da pandemia têm “pressionado sobretudo os pequenos agricultores familiares e seus empreendimentos, que estão passando por forte apreensão e incerteza, por um lado, e por dificuldades financeiras, por outro, em decorrência da perda de renda e da manutenção das despesas assumidas, como de energia e dos financiamentos ao sistema produtivo”.

Zequinha Marinho elogiou a matéria e apontou que a pandemia do novo coronovírus e os problemas decorrentes de seu combate representam uma ameaça à economia global e têm reflexos muito fortes nos pequenos empreendimentos, sobretudo, da agricultura familiar.

“A iniciativa é oportuna, precisa e fundamental para apoiar a agricultura familiar e os empreendimentos rurais de todo o país”, registrou o relator.

Substitutivo

Zequinha Marinho informou que foram apresentadas 27 emendas, das quais, ele acatou seis, de forma total ou parcial. Por sugestão de vários líderes, o substitutivo deixa claro que a prorrogação vai atender “exclusivamente a agricultura familiar”. Com base em uma emenda do senador Jean Paul Prates (PT-RN), o texto deixa claro quais sãos os tipos de operações que serão contemplados pela prorrogação. Segundo o senador, é uma forma de garantir o benefício para o pequeno produtor, independentemente do tipo de contrato firmado.

O texto original tratava das operações de crédito rural com vencimentos exigíveis entre os dias 1º de março e 31 de dezembro de 2020. O substitutivo, porém, prevê o prazo entre 1º de janeiro e 31 de dezembro deste ano. Por sugestão do senador Wellington Fagundes (PR-MT), não incidirá Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF) sobre as parcelas da prorrogação.

Outra emenda acatada, do senador Jayme Campos (DEM-MT), determina que os saldos devedores serão apurados sem cômputo de multa, mora, encargos por inadimplemento ou honorários advocatícios. Zequinha Marinho ainda acatou uma emenda de Jaques Wagner (PT-BA) para prever que a prorrogação dessas operações de crédito rural, nas modalidades comercialização, custeio e investimento, não implicará restrição bancária para concessão de novos financiamentos do Plano Safra 2020/2021.

Aposentadoria rural não será contemplada na reforma da previdência

A proposta da reforma da Previdência tem previsão de ser votada até o dia 28 de fevereiro no Congresso Nacional.

Para quem estava preocupado com mudanças na aposentadoria rural, a notícia é boa. Por se tratar de um tema polêmico, o governo Federal resolveu deixar a aposentadoria rural de fora do texto da reforma da Previdência. Na última semana, foram apresentadas mudanças no texto, mas as regras para os mais de sete milhões e meio de agricultores familiares se aposentarem continuam as mesmas.

De acordo com a proposta inicial, tanto homens como mulheres do campo deveriam se aposentar aos 65 anos de idade e com 25 anos de contribuição obrigatória. No entanto, ficaram mantidas as idades de 55 anos para mulheres e 60 para homens. A contribuição, nesse caso, fica por conta do percentual da produção.

“De moro geral, precisa ser feito um ajuste na Previdência. Mas não necessariamente vai-se conseguir passar todos os pontos. Então, do ponto de vista político, é interessante que você deixe de lado alguns aspectos para que outros aspectos mais importantes possam ser ajustados”, avalia o especialista em finanças Marcos Melo.

Ainda de acordo com Melo, um fator que pode contribuir para o déficit da Previdência são as fraudes em torno do sistema das aposentadorias rurais. Dados da Secretaria de Previdência apontam que, nos últimos quatro anos, foram cancelados mais de 37 mil benefícios irregulares.

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Prazo para aderir o Programa de Regularização Rural irá até o dia 30

(Foto: Arquivo)

Os produtores rurais têm até o dia 30 de novembro para fazer a adesão ao Programa de Regularização Rural (PRR). Com isto, os agricultores vão ter condições especiais para renegociarem as dívidas em relação às contribuições de empregadores rurais e de segurados especiais. O prazo vale para pagamentos atrasados até abril de 2017.

Os produtores que quiserem participar devem pagar, no mínimo, 4% dos débitos até dezembro. O restante pode ter abatimento de 25% sobre o total de multas e 100% dos juros.

Se a dívida for menor do que R$ 15 milhões, 96% do débito vai ser dividido em 176 parcelas de pelo menos R$ 100. Agora, se o valor for maior que R$ 15 milhões, também poderá ser parcelado em 176 vezes, só que as parcelas mínimas serão de R$ 1 mil.

Prefeitura realiza levantamento em assentamentos de Petrolina

(Foto: Divulgação)

Durante a última semana equipes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Agrário de Petrolina, percorreram alguns assentamentos da região para um levantamento das principais demandas dos moradores.

A primeira visita aconteceu no Assentamento Federação, onde o secretário da pasta, José Batista da Gama apresentou ações que serão desenvolvidas pela prefeitura na localidade. Durante a visita, representantes de outros assentamentos estiveram no local.

As equipes ainda estiveram nas barragens do Cristalino e Baixa Alegre. Na comunidade de Volta da Carolina, as obras da barragem serão iniciadas ainda neste mês de abril.

Termo de liquidação de dívidas de produtores rurais deve ser assinado na próxima segunda-feira em Petrolina

(Foto: Arquivo)

Na próxima segunda-feira (17) o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB) assina, o termo de liquidação de dívidas de 380 produtores rurais que estavam com pendências no Banco do Nordeste. O benefício concedido pela prefeitura será destinado aos produtores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Com a quitação dos débitos, os agricultores poderão obter novos financiamentos no Banco do Nordeste, movimentando a economia dos pequenos produtores. “Essa é uma luta antiga do povo do campo. Porém, desde que foi aprovada a lei federal para renegociação das dívidas, notamos uma baixa procura por vários fatores. Sabemos que a crise aperta principalmente para os pequenos produtores, então, decidimos liberar esses recursos e deixar os agricultores livres dessas dívidas que se arrastavam há tanto tempo”, explica o prefeito Miguel Coelho.

O ato ocorre em uma reunião no Sindicato dos Trabalhadores Rurais, a partir das 8h, com presença do chefe do executivo municipal e o senador Fernando Bezerra.

Trabalhadores rurais assinaram concessão de crédito rural em Juazeiro nesta sexta

Cerca de 170 trabalhadores de Juazeiro foram beneficiados com o programa este ano. (Foto: ASCOM)

A assinatura do financiamento rural foi realizada nesta sexta-feira (7), no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Juazeiro (STRJ). O Agroamigo é um programa de microcrédito Rural do Banco do Nordeste que tem como objetivo a concessão de crédito para investimentos na agricultura familiar.

As irmãs Valdira Souza Amorim e Maria Célia Souza Amorim são moradoras do povoado do Salitre, em Juazeiro, e aguardavam, nessa manhã, ansiosas a liberação do micro crédito Agroamigo. Segundo as irmãs, o dinheiro conquistado é usado para investimentos na compra de ovelhas para a fazenda em que residem. “É uma boa forma para o agricultor começar a investir”, afirmou Valdira.

Segundo informações do STRJ, cerca de 170 trabalhadores de Juazeiro foram beneficiados, este ano, com a concessão do Agroamigo. O programa de microcrédito beneficiou em 2016, 2 mil Agricultores. A cada um foi concedido crédito de até 4 mil reais, com ônus de adimplência de 40%.

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