Linha telefônica do serviço de ambulância social é restabelecida em Petrolina

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A Secretaria de Saúde informa que o telefone fixo para solicitação de Ambulância Social já foi restabelecido, com isso o número (87) 3863-4650 já está ativo.

A secretaria ressalta que a Ambulância Social funciona todos os dias da semana em regime de plantão. Para realizar o agendamento do serviço, a marcação pode ser feita por telefone, das 7h às 19h, todos os dias da semana.

Secretaria de Saúde promete concurso para agente comunitário em 2018

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Na sessão desta terça-feira (17), na Câmara Municipal de Petrolina, a secretária de Saúde, Magnilde Albuquerque, prometeu a realização de concurso público para o cargo de agente comunitário de saúde em Petrolina (PE) em 2018.

Segundo Magnilde, a secretaria já está fazendo um levantamento para realizar o certame para atender a necessidade de pessoal nas unidades de saúde do município, já que há um déficit na área.

“Atualmente a gente sabe que temos várias áreas descobertas. Foram construídos vários residenciais e não foi colocada nenhuma infraestrutura de saúde nesses locais. E a gente já tem déficit de agente comunitário. Mas o agente comunitário de saúde só pode ser contratado por concurso púbico. Então a gente já está fazendo levantamento para no próximo ano realizar o concurso para atender as nossas necessidades de pessoal”, afirmou.

Após secretaria de Saúde descumprir acordo entre Univasf e Prefeitura, Petrolina pode perder 25 médicos da Rede de Atenção Básica

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O coordenador/supervisor do Programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade da UNIVASF (PRMFC-UNIVASF), Flávio Arcângelis, criticou uma decisão da secretaria de Saúde de Petrolina que descumpriu um acordo firmado entre as instituições e que pode fazer com que a cidade perca 25 médicos da Rede de Atenção Básica.

Segundo Flávio, a secretaria decidiu, unilateralmente, transferir parte dos médicos do programa, que estão em fase de especialização, para outras unidades de saúde que não estavam no acordo. O grande problema é que nessas novas unidades os médicos do programa não teriam um médico-preceptor, que é o responsável pelos médicos que estão em fase de especialização, o que é “condenável pelos Ministério da Educação, Ministério da Saúde e Comissão Nacional de Residência Médica.”

Além disso, o coordenador do PRMFC-UNIVASF afirmou que a secretaria não o recebeu para dialogar sobre a situação. Nesta quinta-feira (27), a Reitoria irá se reunir com a Secretária de Saúde para buscar a solução do caso.

Confira o texto

Uma decisão unilateral por parte da Secretaria Municipal de Saúde pode colocar em cheque a permanência de 25 médicos da Rede de Atenção Básica de Petrolina. A parceria da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) e a Prefeitura Municipal de Petrolina, iniciada há mais de seis anos, garante a permanência do Programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade da UNIVASF (PRMFC-UNIVASF).

Atualmente, o programa é o maior de especialização médica para a Atenção Básica de todo o Nordeste e um dos maiores do país. Os médicos-residentes e seus médicos-preceptores são responsáveis pela assistência à saúde de cerca de 100 mil habitantes em Petrolina. Estima-se que 1/3 da cobertura da Atenção Básica do município seja feita em parceria com o PRMFC-UNIVASF. O Programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade tem o objetivo de especializar médicos para atuarem na Atenção Primária em Saúde, proporcionando um acompanhamento à população com qualidade, embasamento cientifico e avanços no atendimento humanizado das pessoas.

Em 2017 o programa acontece em 7 AMEs- Areia Branca, Vila Eduardo, Henrique Leite, Pedra Linda, Antônio Cassimiro, Ouro Preto e Jardim Amazonas; é já vem apresentando resultados com a organização dos serviços. Ocorre que um acordo firmado em março previu que cada unidade de saúde deve contar com 03 ou 04 médicos do Programa em fase de especialização (a depender da quantidade de equipes de saúde da unidade) e 01 médico-preceptor especialista responsável pelas atividades médico-assistenciais e acadêmicas. Infelizmente, no dia 12 de abril, a secretaria de saúde comunicou à Coordenação do Programa sua intenção de enviar parte dos residentes vinculados à essas AMEs para outras unidades de saúde que não contam com esta supervisão médico-assistencial e pedagógica. O resultado dessa medida seria a manutenção do Programa sem a devida supervisão médico-assistencial e acadêmica nas unidades que não fazem parte do Programa. Tal medida é absolutamente condenável pelos Ministério da Educação, Ministério da Saúde e Comissão Nacional de Residência Médica.

Ao analisarmos a situação com mais cuidado, percebemos que ao enviar um médico-residente para uma unidade de saúde que não faz parte do Programa a secretaria de saúde irá atingir os outros médicos do município (sejam contratados ou concursados) pois não temos informações sobre “sobra de vagas” – o que poderia significar realocações ou até mesmo demissões. Isso poderá gerar desconforto com os outros trabalhadores médicos e suas representações legais. O PRMFC enfatiza que não está de acordo em atingir os outros médicos do município.

A atual secretaria de saúde possivelmente ainda não compreendeu a dimensão e importância do Programa para o município e para o povo de Petrolina. Infelizmente, mesmo tendo insistido na tentativa do diálogo, a Secretária não recebeu a Coordenação do Programa em seu gabinete para dialogar. Com o objetivo de manter o funcionamento do Programa a Reitoria irá se reunir com a Secretária de Saúde na quinta-feira (27).

Desejamos que esse empecilho seja em breve superado para garantia da continuidade do serviço de atenção em saúde com qualidade para população petrolinense.

Flávio Arcângelis – coordenador/supervisor do PRMFC-UNIVASF.