MPF recorrerá de decisão de Moro para aumentar pena imposta a Lula

O Ministério Público no Paraná, responsável pelas investigações da Operação Lava-Jato, destacou que a decisão de Moro tramitou de forma transparente

O Ministério Público Federal (MPF) anunciou nesta quarta-feira (12/7) que vai recorrer à Justiça para aumentar a pena imposta pelo juiz federal Sérgio Moro ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar da sentença favorável, os procuradores discordaram de alguns pontos da decisão.

Em nota, o MPF no Paraná, responsável pelas investigações da Operação Lava-Jato, destacou que a decisão de Moro tramitou de forma transparente e permitiu ampla possibilidade de defesa. “A atuação da instituição é apartidária, técnica e busca investigar e responsabilizar todas as pessoas envolvidas em atos de corrupção, além de devolver aos cofres públicos os valores desviados nesse gigantesco esquema criminoso. A ação penal contra o presidente Lula é uma dentre várias que foram propostas na Lava-Jato contra centenas de pessoas acusadas por corrupção”, afirmou o MPF.
A condenação é relativa ao processo que investigou a compra e a reforma de um apartamento tríplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. A sentença prevê que Lula poderá recorrer da decisão em liberdade. No documento, Moro afirmou que as reformas executadas no apartamento pela empresa OAS provam que o imóvel era destinado ao ex-presidente.
Após a divulgação da sentença, a defesa do ex-presidente afirmou que Lula é inocente e classificou a condenação como decisão política.
“O presidente Lula é inocente. Por mais de três anos, Lula tem sido objeto de uma investigação politicamente motivada. Nenhuma evidência crível de culpa foi produzida, enquanto provas esmagadoras de sua inocência são descaradamente ignoradas. Este julgamento politicamente motivado ataca o Estado de Direito do Brasil, a democracia e os direitos humanos básicos de Lula. É uma grande preocupação para o povo brasileiro e para a comunidade internacional”, diz trecho da nota.

Imprensa internacional repercute condenação de Lula por corrupção

A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos de prisão repercutiu nesta quarta-feira (12) na versão digital dos principais jornais e revistas do mundo. O americano “The New York Times” enviou notificação aos leitores que têm o aplicativo móvel do jornal noticiando a sentença proferida pelo juiz Sergio Moro.
“O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, figura influente na região, foi condenado a quase dez anos de prisão”, informa o “NYT” em sua página de entrada na internet. O americano “Washington Post” também enviou notificação aos seus leitores: “Ex-presidente brasileiro Silva condenado por corrupção”.
O jornal britânico “Financial Times”, que noticia a condenação e a alta da Bovespa, e a rede BBC, além do francês “Le Monde”, também noticiaram com destaque em suas plataformas digitais a notícia, publicando fotos de Lula e títulos em suas capas.

Ex-ministro Antonio Palocci é condenado a 12 anos de prisão

(Foto: Internet)

O juiz Sergio Moro condenou nesta segunda-feira (26) o ex-ministro Antonio Palocci (PT) a 12 anos de prisão. Palocci foi condenado na primeira instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Palocci atuou como ministro da Fazenda na gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da Casa Civil no mandato de Dilma Rousseff (PT). O ex-ministro está preso desde setembro de 2016, acusado de participação em esquema de corrupção envolvendo contratos de sondas com a Petrobras e com a empreiteira Odebrecht.

Sergio Moro também condenou outras 12 pessoas, incluindo Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e os marqueteiros João Santana e Mônica Moura.

Com informações do FolhaPE

Moro condena Sérgio Cabral a mais de 14 anos de prisão

Cabral foi acusado por propina da Andrade Gutierrez, entre 2007 e 2011 (Foto: Rodrigo Felix/Gazeta do Povo)

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB-RJ), foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 14 anos e 2 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. O peemedebista foi acusado por propina de pelo menos R$ 2,7 milhões da empreiteira Andrade Gutierrez, entre 2007 e 2011, referente as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras. O magistrado fixou o regime fechado para o início de cumprimento da pena.

“Entre os crimes de corrupção e de lavagem, há concurso material motivo pelo qual as penas somadas chegam a catorze anos e dois meses de reclusão, que reputo definitivas para Sergio de Oliveira Cabral Santos Filho”, decretou Moro.

A ex-primeira-dama Adriana de Lourdes Ancelmo foi absolvida ‘das imputações de crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro por falta de prova suficiente de autoria ou participação’

O juiz Moro condenou ainda o ex-secretário do governo do peemedebista Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho – 10 anos e 8 meses – e o ‘homem da mala’ Carlos Miranda – 10 anos – por corrupção e lavagem de dinheiro.

O magistrado decretou, ‘em decorrência da condenação pelo crime de lavagem’ a interdição de Sérgio Cabral, Wilson Carlos e Carlos Miranda ‘para o exercício de cargo ou função pública ou de diretor, membro de conselho ou de gerência das pessoas jurídicas referidas no artigo 9º da mesma lei pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade’.

Com informações do 0000Diário de Pernambuco.

Lula depõe para Moro depois de um dia de derrotas na Justiça

No dia que a Justiça Federal suspende atividades do Instituto Lula, a defesa do petista tem pedidos negados para adiar o depoimento hoje à tarde em Curitiba, mas advogados do ex-presidente tentam uma última cartada e recorrem ao STJ

Na véspera do primeiro depoimento que prestará ao juiz Sérgio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acumulou uma série de derrotas políticas em diversas instâncias. O juiz federal Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal, em Brasília, suspendeu as atividades do Instituto Lula nos autos da investigação sobre obstrução de Justiça envolvendo o ex-presidente na Operação Lava-Jato. A decisão acolhe pedido do Ministério Público Federal.
Mais cedo, o juiz Nivaldo Brunoni, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), negara à defesa de Lula o direito de gravar o interrogatório de hoje à tarde, em Curitiba. O magistrado também rejeitou alterar a forma de gravação de depoimento feita pela Justiça Federal. Para Brunoni, “não se verifica ilegalidade no indeferimento do pedido pelo juízo de primeiro grau”. “As gravações de audiência já passam de uma década e, até hoje, nunca transitou por este Tribunal inusitado pedido, tampouco notícia de que a gravação oficial realizada pela Justiça Federal tenha sido prejudicial a algum réu”, afirmou o magistrado.
O mesmo juiz também não aceitou a solicitação feita pelos advogados do ex-presidente de suspender o depoimento de hoje. O pedido foi feito na última segunda-feira, sob a justificativa de que foram anexados ao processo um volume imenso de documentos, totalizando quase 100 mil páginas e que seria impossível para a defesa analisar todas as novas informações em tempo hábil.
Nivaldo alegou que foi a própria defesa que pediu a juntada dos documentos e que, por isso, eles não poderiam alegar falta de tempo para avaliar o novo material. O juiz também pontuou que “não pode passar despercebido que o interrogatório do réu, ato comum a qualquer ação penal, ganhou repercussão que extrapolou a rotina da Justiça Federal de Curitiba e da própria municipalidade”, completando que foram tomadas “medidas excepcionais para evitar tumulto e garantir a segurança nas proximidades do fórum federal”.
À noite, os advogados de Lula fizeram mais uma tentativa de evitar o depoimento. Eles entraram com três pedidos de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), recorrendo de decisões do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. O primeiro (HC 398570) pede que o STJ considere o juiz federal Sérgio Moro suspeito para julgar a ação penal. No segundo (HC 398577), a defesa argumenta pelo direito de gravar todo o depoimento de Lula com uma equipe independente. E no terceiro (HC 398589), além de pedir o adiamento do depoimento no processo, os advogados pedem “pleno acesso aos documentos”. Os pedidos foram remetidos para a 5ª turma do STJ e serão relatados pelo ministro Félix Fisher nesta quarta.

Alvaro Dias elogiou Moro por pedir a apoiadores que não se manifestem

Senador Alvaro Dias (PV-PR)

O senador Alvaro Dias (PV-PR) cumprimentou o juiz Sergio Moro pelo que chamou de “gesto de lucidez” nas redes sociais: em vídeo, o magistrado pediu aos que apoiam  Operação  Lava Jato, da Polícia Federal, que não façam manifestações durante o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira. Para o senador paranaense, qualquer ato de apoio à operação e ao juiz  Sérgio Moro serviria para valorizar a mobilização dos partidários de Lula contra a Lava Jato. Ele acusou as entidades ligadas ao ex-presidente de explorar a boa-fé do povo ao promover atos públicos em Curitiba.

– Chegam com ônibus e convidam para esta viagem até Curitiba, e certamente muitos que para lá irão não sabem por que estão viajando. Acreditam em determinadas promessas que muitas vezes não dizem respeito à realidade do que está se dando nesse momento – disse o senador.

Alvaro Dias também protestou contra o alto custo do satélite brasileiro lançado na quinta-feira, que superou o orçamento várias vezes e demandou mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos. Segundo o senador, trata-se do satélite mais caro do mundo. Ele acrescentou que Índia e Japão teriam gastado menos da metade para pôr o artefato em órbita. Lembrando que a construção e o lançamento do satélite foram terceirizados à França, Alvaro criticou a incapacidade do Brasil de ter um programa espacial próprio, e reiterou sua demanda por uma auditoria na aplicação de recursos no Centro de Lançamento de Alcântara.

Gleisi acusa o juiz Sérgio Moro de parcialidade e de buscar a condenação de Lula sem provas

Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR)

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou nesta segunda-feira (8) que o juiz federal Sérgio Moro se comporta com parcialidade, falta de isenção, na condução da Operação Lava Jato, que investiga corrupção no âmbito da Petrobras. A senadora acusou o magistrado de buscar a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “de qualquer forma, sem encontrar as devidas provas e sem zelar pela imparcialidade”.

Segundo Gleisi Hoffmann, a controvérsia sobre o depoimento de Lula a Sergio Moro, na próxima quarta-feira, resulta da “politização do processo do início ao fim”. A senadora advertiu que a imprensa apoia a Lava Jato e mostrou o depoimento como uma “luta”. Ela questionou o fato de Moro ter pedido aos apoiadores que não se dirijam a Curitiba e não se manifestem durante a audiência.

Ao manifestar seu receio de que ocorram vazamentos seletivos das palavras do ex-presidente, Gleisi ainda cobrou de Sérgio Moro a “dignidade” de permitir que os advogados de Lula façam a gravação de todo o depoimento ou consigam o direito de transmiti-lo ao vivo.

“Aí fizeram toda essa ação midiática, política, que nós nunca vimos no nosso Judiciário, e não aguentam agora com o tranco. Querem que o presidente Lula fique isolado e que o depoimento dele não saia da sala do Sérgio Moro, a não ser para aqueles momentos de vazamento, que vão ter obviamente”, disse Gleisi.

Fachin manda para Sergio Moro investigação contra filho de Lula

Odebrecht teria apoiado a Touchdown, empresa de Luís Cláudio

O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou para o juiz Sergio Moro, do Paraná, as citações feitas por delatores da Odebrecht em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu filho, Luís Cláudio, e a ex-presidente Dilma Rousseff.

Emílio Odebrecht, presidente do conselho de administração da empreiteira, e Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais, disseram à PGR (Procuradoria-Geral da República) que Lula “teria se comprometido a melhorar a relação entre o Grupo Odebrecht e a então Presidente” Dilma.

Como contrapartida, a empreiteira apoiaria a Touchdown, empresa de Luís Cláudio.

“Há menção, nesse contexto, de reunião entre Luís Cláudio Lula da Silva e representantes da empresa, ocasião em que foi apresentado ao grupo [Odebrecht] o projeto ‘Touchdown’, associado à criação de liga de futebol americano no Brasil”, escreveu o ministro.

O despacho informa ainda que, segundo o Ministério Público Federal, já há uma investigação no Paraná, “cenário a recomendar análise conjunta”.

Não há autoridade detentora de foro no Supremo nesta investigação iniciada pela PGR.

O STF tornou públicos os documentos relativos à delação da Odebrecht na noite desta terça (11).

Com informações da Folhapress.

Lula é o ‘amigo’ da planilha de propinas, diz Odebrecht a Moro

Odebrecht foi interrogado durante cerca de duas horas meia. Ele praticamente reiterou o que já disse à Procuradoria-Geral da República e ao Tribunal Superior Eleitoral

O empresário Marcelo Odebrecht confirmou ao juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, que o ex-presidente Lula é o ‘amigo’ da planilha de propinas milionárias da empreiteira. Em depoimento nesta segunda-feira, 10, Odebrecht disse ainda que ‘Italiano’ – alcunha também lançada na planilha – é uma referência ao ex-ministro Antônio Palocci (Fazenda/Casa Civil/governos Lula e Dilma) e ‘Pós Itália’ referência a Guido Mantega, que também ocupou a pasta da Fazenda.
As informações foram divulgadas pelo site O Antagonista e confirmadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Odebrecht foi interrogado durante cerca de duas horas meia. Ele praticamente reiterou o que já disse à Procuradoria-Geral da República e ao Tribunal Superior Eleitoral.
Como delator da Lava Jato, Odebrecht se obrigou a responder a todas as perguntas, diferentemente da primeira vez em que foi ouvido por Moro, ainda em 2016 – na ocasião, limitou-se a entregar esclarecimentos por escrito, não respondeu nenhuma indagação do magistrado e acabou condenado a 19 anos e quatro meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro do esquema de propinas e cartel na Petrobras.
Nesta ação que o levou a novo encontro frente a frente com Moro, Odebrecht é réu ao lado de outros 14 acusados, entre eles Palocci, que, segundo o Ministério Público Federal, teria recebido propinas de R$ 128 milhões da empreiteira.
Relatório da Polícia Federal entregue ao Ministério Público Federal e ao juiz Moro já havia cravado que o ‘amigo’ da planilha de corrupção era uma alusão a Lula. A defesa do petista nega taxativamente envolvimento em qualquer tipo de ilegalidade.
Ainda segundo o site O Antagonista, o empresário confirmou a Moro que tentou avisar o governo Dilma do risco de que a Lava Jato pudesse chegar à conta secreta do marqueteiro João Santana – das campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma (2010/2014).
Odebrecht teria ido até o México alertar pessoalmente a então presidente, mas ela não teria demonstrado preocupação.
Odebrecht descreveu a Moro a planilha elaborada pelo Setor de Operações Estruturadas da empreiteira, o Departamento de Propinas.
O empresário falou sobre R$ 4 milhões que teriam sido repassados ao Instituto Lula e na soma de R$ 12,4 milhões supostamente investidos na compra do prédio do Instituto.
Também abordou a cifra de R$ 50 milhões em propinas para Mantega que teriam sido usados na campanha de Dilma e, ainda, os R$ 13 milhões em espécie sacados pelo ex-assessor de Palocci, Branislav Kontic, ou Programa B, entre 2012 e 2013.
Odebrecht disse no interrogatório que Palocci era ‘o principal interlocutor da empresa com o governo Lula’. Ele definiu o ex-ministro como ‘o intermediário’. Esclareceu todos os pagamentos lançados na planilha das propinas a Palocci, Lula e o PT.
Ainda segundo revelou O Antagonista, Odebrecht confirmou uma doação de R$ 4 milhões ao Instituto Lula em 2014. A propina teria saído da conta corrente que supostamente o petista tinha com a empreiteira e foi registrada na ‘Planilha Italiano’, subplanilha ‘amigo’.
No interrogatório, Odebrecht contou que, por meio de uma empresa laranja, a empreiteira comprou o terreno que serviria para abrigar a sede do Instituto Lula.
Defesa
A assessoria de imprensa do Instituto Lula afirma que:
“O Instituto Lula funciona em uma casa adquirida em 1991 pelo antigo IPET, que depois seria Instituto Cidadania e depois Instituto Lula. O Instituto jamais teve outra sede ou terreno.
O ex-presidente Lula teve seus sigilos fiscais e telefônicos quebrados, sua residência e de seus familiares sofreram busca e apreensão há mais de um ano, mais de 100 testemunhas foram ouvidas em processos e não foi encontrado nenhum recurso indevido para o ex-presidente. Lula jamais solicitou qualquer recurso indevido para a Odebrecht ou qualquer outra empresa para qualquer fim e isso será provado na Justiça. Lula não tem nenhuma relação com qualquer planilha na qual outros possam se referir a ele como ‘amigo’, que nem essa planilha nem esse apelido são de sua autoria ou do seu conhecimento, por isso não lhe cabe comentar depoimento sob sigilo de justiça vazado seletivamente e de forma ilegal.
Todas as doações para o Instituto Lula, incluindo as da Odebrecht estão devidamente registradas, com os nomes das empresas doadoras e com notas fiscais emitidas, foram entregues para a Receita Federal em dezembro de 2015 e hoje são de conhecimento público.”

Popularidade de membros do Judiciário supera a de políticos tradicionais, aponta pesquisa

(Foto: Internet)

A crise de confiança nas instituições e nos partidos políticos, precipitada nos últimos anos por protestos e pela Operação Lava Jato, fez com que juízes como Sergio Moro, Joaquim Barbosa e Cármem Lúcia e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tenham índice de aprovação mais elevado do que políticos tradicionais e novos no cenário nacional.

É o que mostra a nova edição do Barômetro Político, pesquisa da consultoria Ipsos. O levantamento, feito na primeira quinzena de março nas cinco regiões do país, perguntou a 1.200 pessoas sua opinião sobre 26 personalidades do mundo político e jurídico.

Moro e Barbosa aparecem na lista desde 2015, e têm, há alguns meses, os maiores índices de aprovação na opinião pública. Na pesquisa mais recente, ficam em 63% e 51%, muito à frente de Lula, o terceiro com maior aprovação. Janot tem índice de aprovação de 18%, mais alto do que o do presidente Michel Temer (17%), o do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (16%), e o do líder do PSDB, Aécio Neves (11%).

A ministra Cármem Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal e inserida na pesquisa apenas em fevereiro, já aparece com 26% de aprovação, à frente de Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff e Marina Silva (todos 23%).

A pesquisa também quantifica, no entanto, o índice de pessoas que dizem não conhecer suficientemente bem os políticos e juristas para opinar sobre eles. Neste quesito, a ministra é desconhecida de 36% dos entrevistados – bem mais do que os ex-presidentes e presidenciáveis, mas menos do que o prefeito de São Paulo, João Doria (39% dizem não conhecê-lo), e do que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (37%).

A descrença no futuro do país também se reflete na pergunta sobre o Brasil estaria no rumo certo ou errado – 90% dos entrevistados se mostraram pessimistas. Em janeiro de 2015, logo após as eleições, 65% achavam que o país estava no caminho certo.

Com informações do BBC

Nova fase da Lava Jato cumpre mandado no Rio a pedido de Moro

A Polícia Federal (PF) abriu nesta terça-feira (28) uma nova etapa da Operação Lava Jato, a 39ª fase. Os mandados foram expedidos por ordem do juiz federal Sérgio Moro. A última fase da Lava Jato foi deflagrada em 23 de fevereiro deste ano.

A Operação Blackout, 38ª fase, prendeu os lobistas Jorge Luz e Bruno Luz, pai e filho respectivamente, apontados como operadores do PMDB. Na ocasião, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva no Rio

Com informações do Estadão Conteúdo

No Recife, Vem Pra Rua protesta em defesa de Moro e contra lista fechada

Foto: Mariana Araújo/JC

O movimento Vem Pra Rua realizou uma manifestação, na manhã deste domingo (26), no Recife, em apoio à Operação Lava Jato, em defesa do juiz Sérgio Moro e contra a lista fechada, em que o leitor vota no partido, que estabelece uma lista pré-ordenada de candidatos a serem eleitos pela sigla. O ato, que é nacional, ocorreu na Avenida Boa Viagem, Zona Sul da cidade e seguiu em caminhada.

Ainda na concentração, o início da manifestação foi marcado pelo Hino Nacional. Vestidos de verde e amarelo e com a bandeira do Brasil, manifestantes reivindicaram o fim do foro privilegiado, pela ética na política e o fim da impunidade, pela manutenção da prisão em segunda instância, pela prisão dos corruptos, contra qualquer tipo de anistia a partidos e políticos, contra o financiamento público de campanha e aumento do fundo partidário, além do voto em lista fechada

O relator na comissão especial da reforma política na Câmara, deputado Vicente Cândido (PT-SP), afirmou que vai propor em seu relatório financiamento misto de campanha e sistema de votação por lista fechada. O petista prometeu entregar o relatório final com as propostas até o fim de março

Manifestantes levaram cartazes e faixas pedindo a prisão do ex-presidente Lula (PT). Durante a manifestação, nenhum político pernambucano foi visto no local. De acordo com a porta-voz do movimento Vem Pra Rua, Maria Dulce Sampaio, 6 a 8 mil pessoas estiveram na Avenida Boa Viagem no evento. Mas, segundo Dulce, o número de pessoas não importa.

“O número pra gente não importa. O que importa é mostrar que continuamos na luta. Eu sei que o público não foi muito grande. Não foi muito grande porque o povo está cansado de tanto escândalo, diariamente nas televisões dos políticos. O povo está cansado de tanta corrupção”, disse.

A porta-voz também fez críticas sobre a lista fechada. “Pegamos a pauta do momento, que são pautas que os políticos estão querendo fazer para se manter no poder, A lista fechada é inteiramente antidemocrática e sem transparência, quer dizer que o eleitor vai votar no partido, ele não vai saber o candidato que está votando. E essa lista é feita pelos caciques do partido”, pontuo.

Com informações do Blog do Jamildo.

Caixa dois sempre foi modelo reinante no país, diz Emílio Odebrecht

O empresário Emílio Odebrecht afirmou em depoimento ao juiz Sérgio Moro que caixa 2 na política sempre houve no País

Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, nesta segunda-feira (13), o empresário Emílio Odebrecht, afirmou que o sistema de doações de empresas, por meio de caixa dois, a partidos políticos “reina” no país desde há época em que seu pai, Norberto, presidia o grupo Odebrecht.
O depoimento de Emílio que está sob sigilo da Justiça Federal do Paraná, acabou vazando na internet por conta de um erro técnico no sistema de consulta processual da Justiça Federal do Paraná.
O dono do grupo Odebrecht, Emílio, depôs como testemunha de defesa na ação da Operação Lava Jato em que o filho, Marcelo Odebrecht, é acusado de pagar propinas ao ex-ministro Antonio Palocci.
Para o juiz Sergio Moro, Emílio disse que sabia da existência de um responsável pelos pagamentos dentro da empreiteira, mas disse que não conhecia o “Setor de Operações Estruturadas”, que de acordo com o Ministério Público Federal (MPF), era o “departamento de propinas” da empresa.
O empresário afirmou não saber se o codinome “italiano” citado em planilhas da empresa corresponde ao ex-ministro Antonio Palocci. No entanto, segundo Emílio, existiam executivos da empreiteira que dialogavam com o governo levando “contribuições daquilo que era importante para o país” e também buscando questões de interesse da Odebrech

Sergio Moro é hostilizado por manifestantes em Nova York (EUA)

O juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato, foi hostilizado por manifestantes em uma palestra na Universidade Columbia, em Nova York (EUA), nesta segunda-feira (6).

Moro é um dos convidados do evento para discutir governança e combate à corrupção no Brasil, que ocorre até amanhã (7). O procurador da Lava Jato Paulo Roberto Galvão e a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, também estão na lista de palestrantes. A ministra não confirmou sua participação.

O protesto contra Moro começou logo que ele entrou no auditório. Da plateia mulher começou a gritar acusando o juiz de ser “enviesado”. Com faixas, um grupo a acompanhou com vaias e grito de “bias” (viés, em inglês).

Aparentemente constrangido, Moro aguardou no palco o grupo ser retirado. A palestra foi iniciada. Antes de o evento começar, cerca de dez estudantes e professores protestaram com cartazes na frente da universidade. O grupo afirma que o evento mostra apenas um lado da situação política brasileira atual.

Com informações do FolhaPE

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