Sindicalistas marcam presença na casa Plínio Amorim nesta sexta-feira

(Foto: Blog Waldiney Passos)

Nesta sexta-feira (10), representantes sindicais estiveram na sessão extraordinária de debate sobre a PEC 287/16 sobre a reforma da Previdência Social.

Com discursos de revolta e insatisfação diante da PEC, líderes sindicais ocuparam a bancada do legislativo para opinar. Estiveram presente representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato dos Comerciários, Sindicato da Agricultura Familiar e o Sindicato de hotéis, restaurantes e bares.

Presidente do Sintcope, Dilma Gomes (Foto: Blog Waldiney Passos)

A presidente do Sintcope, Dilma Gomes “Desde o primeiro momento, que o sindicato foi informado da sessão, decidimos marcar presença. Essa PEC é uma afronta ao trabalhador e o sindicato dos trabalhadores do comércio está aqui para dizer não e lutar contra a aprovação deste absurdo”, declarou para o blog Dilma Gomes.

O discurso do presidente do Sindilojas, Joaquim de Castro foi a favor da reforma da previdência, entretanto afirma que alterações devem ser feitas, para que PEC seja aprovada.

“Falta o governo apresentar números convergentes, mas precisa avaliar a diferença entre as categorias. A minha esperança é que o congresso e o governo, em meio ao apelo popular encontre um meio termo. A reforma precisa pensar nas gerações seguintes, se todos os números que são divulgados for verdade, vai chegar um momento que a previdência não vai ter condições de pagar é preciso encontrar uma solução para isso”, afirma Joaquim Castro.

Sindicalistas vão cobrar Moro por ‘prejuízos’ da Lava Jato, a mando de Lula

LULA

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer que as centrais sindicais cobrem do juiz Sérgio Moro a “estimativa” do suposto prejuízo econômico causado pela Operação Lava Jato. “É possível combater a corrupção sem fechar empresa?”, questionou Lula no final do seu discurso durante Plenária Nacional de Sindicalistas em Defesa da Democracia, do Estado de Direito e Contra o Golpe, ocorrida na tarde desta quarta-feira (23), na Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, centro de São Paulo.

“A operação de combate a corrupção é uma necessidade para esse país. Mas é bom vocês se reunirem, fazerem uma pesquisa, por que quando tudo isso terminar pode ter muita gente presa, mas pode ter muito desempregado nesse país”, disse o ex-presidente.

De acordo com reportagem da Uol, sindicalistas já haviam expressado que a Operação Lava Jato estaria inibindo investimentos em toda a economia por conta da incerteza jurídica, e que, com a economia devagar há demissões.

Durante o evento, convocado por seis das principais centrais sindicais do país, Lula criticou o impacto da política econômica do governo sobre a criação de empregos e os salários, afirmando que na época da sua gestão os trabalhadores tiveram ganhos reais nos salários.

“Empresários falavam que o trabalhador aqui estava muito caro, muito valorizado, mas agora está ficando barato outra vez porque quando tem desemprego, é a primeira coisa que eles fazem: diminuir o salário do trabalhador. Por isso, é preciso mudar a política econômica”, disse. Lula afirmou ainda que “toda vez que se fala em corte, falamos em diminuir a capacidade de investimento do Estado”.

Ele voltou a atacar os meios de comunicação e relembrou o caso Escola Base, quando denúncias de pedofilia em uma escola de São Paulo no começo dos anos 1990 se mostraram falsas. “Eu sei que estão fazendo comigo. Mas, eles não sabem que sou um nordestino que não morreu até os 5 anos de idade, escapei da fome, cheguei na presidência. Não vou desistir por meia dúzia de acusações. Continuem acusando.

As centrais sindicais do país assinaram um manifesto em apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula. No documento, eles citaram o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e a deposição de João Goulart, em 1964. Diz o manifesto: “O momento requer unidade e demanda repúdio a atitudes antidemocráticas que, a pretexto do combate à corrupção, resultaram no suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e na deposição de João Goulart, em 1964”.