Pernambuco: criança morre com síndrome rara associada à Covid-19

Nesta quarta-feira (16), a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) atualizou os dados da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) – condição que acomete crianças e adolescentes e que está associado à covid-19. Segundo a SES, foi confirmado o segundo óbito de menina de 1 ano e 11 meses, moradora do Recife, que faleceu no início de agosto.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SES) informou que recebeu a notificação da morte da criança na terça-feira (15). A menina tinha asma e, no dia 18 de julho, começou a apresentar febre, tosse, baixa produção de urina, falta de ar e saturação abaixo de 95%.

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Grupo de estudo criado pelo Colegiado de Psicologia da Univasf ajuda pessoas que sofrem com Fibromialgia

O grupo coordenado pela Profª Dra. Sílvia Raquel de Morais, do Colegiado de Psicologia da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), é composto por estudantes de psicologia, medicina e farmácia da instituição.

O projeto chamado de Fibrovasf (Fibromilgia – encontros no Vale), começou às atividades em 28 de julho de 2016, com o objetivo de dar visibilidade às pessoas que possuem a síndrome Fibromialgia, uma doença crônica que provoca fortes dores por todo o corpo.

“Além das dores nos ombros, pernas, braços, pescoço… a Fibromialgia também provoca fadiga, irritabilidade, enxaqueca, depressão… que muitas vezes impossibilita a gente de levar uma vida normal e de até ir trabalhar quando ela vem muito forte”, fiz a estudante Rafaella Torres, que sofre com a doença.

O Fibrovasf, realiza encontro com pessoas como Rafaella, para proporcionar espaços de aprendizagem a fim de promover saúde, bem-estar e o empoderamento das pessoas que convivem com essa síndrome.

Segundo Eugênia Souza, estudante de psicologia da Univasf e idealizadora do Fibrovasf, como é um projeto de extensão, ele tem duração limitada, mas os trabalhos foram prorrogados e devem acontecer até maio de 2018.

“A proposta do projeto surgiu a partir da inquietação de um grupo, multidisciplinar de estudantes da Univasf, que à princípio se reuniam para estudos. Mas compreenderam que os ganhos na aprendizagem deveriam extrapolar os muros da academia e favorecer à comunidade meios de promoção de saúde” explicou Eugênia.

A estudante Rafaella Torres é uma das beneficiadas com o projeto. Ela participa dos encontros e passou a compreender melhor a convivência com a doença.

“Participando desses encontros, não só que tem a Fibromialgia, mas nossa família, nossos amigos, compreendem melhor o que é conviver com a síndrome. Porque quem nunca ouviu falar dessa doença acha que é frescura da nossa parte. Além das dores a gente sofre também com o preconceito”, concluiu a estudante.

Ao longo desses meses de atividades já foram debatidos temas como depressão, práticas integrativas no cuidado da pessoa com Fibromialgia, preconceito, nutrição, entre outros.

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Homem morre com Guillain-Barré após doença ser confundida com virose

atestado

Virose. Esse foi o diagnóstico ouvido pela família do metalúrgico Ivaldo Alves da Costa, 53, nas três vezes em que procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sotave, em Jaboatão dos Guararapes. No último dia 16, depois de 12 dias internado no Hospital da Restauração (HR), no Recife, Ivaldo morreu. No atestado de óbito, a rara Síndrome Guillain-Barré (SGB) – associada a processos infecciosos como dengue, chikungunya e zika – consta como causa da morte e revolta a família, que acredita que ele poderia estar vivo caso tivesse sido diagnosticado a tempo. Nos últimos dois dias, outras duas pessoas morreram com suspeita da síndrome no HR, que investiga os casos. Na unidade de saúde que é referência para o tratamento da síndrome neurológica no estado, a taxa de mortes associadas à Guillain-Barré foi de 16,3% – superior a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), que não chega a 10%.

Uma dor muito forte na perna e uma febre leve foram os sintomas que levaram Ivaldo a procurar, no fim de janeiro, um Posto de Saúde, em Jaboatão. Poucos dias depois, com dor nas juntas, formigamentos, dormência e sem conseguir se alimentar direito, procurou a UPA Sotave, onde uma suposta virose foi confirmada, mesmo sem a realização de exames específicos – segundo relata a família. Nos dias seguintes, voltou à mesma UPA duas vezes, já sem conseguir ficar em pé sozinho e com dificuldade de suportar as fortes dores. O diagnóstico era sempre o mesmo.

Revoltada diante da falta de atenção com o marido, que piorava agressivamente a cada dia, a viúva Valdênia Vieira chegou a pressionar o médico para que ao menos um nome fosse dado à tal virose. “Deve ser uma virose dessas, tipo chikungunya”, foi a resposta que ouviu, conta, lembrando de outros abusos ocorridos dentro da unidade de saúde. “Na segunda vez que fomos eu perguntei se ele não ia nem aferir a pressão e nem fazer teste de glicose e o médico perguntou ‘ele é diabético? é hipertenso? então não precisa fazer’”, relata. “Se o médico, que estudou para isso, está dizendo que é uma virose, uma pessoa simples como eu vai dizer o que?”, questiona.

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