23 de fevereiro é o Dia Nacional do Surdo; confira algumas dicas para respeitar a boa comunicação com essas pessoas

Nesta sexta-feira (23), é lembrado o Dia Nacional do Surdo, deficiência que afeta a fala e a audição ao mesmo tempo. A data tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância desta condição e de reivindicar medidas que incluam essas pessoas de forma eficiente.

A maioria dos surdos tecnicamente não são mudos (exceto nos casos em que também haja deficiência na fala), e que um surdo até pode ficar sem falar quando não faz os exercícios necessários para tornar-se um “surdo oralizado”.

A maior parte dos deficientes auditivos não são mudos, mas apenas não recebem os adequados estímulos para suprir o referencial perdido com a falta da audição, fazendo com que eles possam se tornar surdos oralizados, visto que, muitos têm voz e conseguem falar se forem estimulados por fonoaudiólogos.

Quando uma criança nasce com problemas de audição é preciso estimulá-la desde cedo para que aprenda a falar. Mesmo que essa percepção se faça tardiamente, ainda assim, as chances do aprendizado da fala são grandes.

Muitas pessoas erroneamente acreditam que o surdo-mudo vive isolado por conta de suas limitações de audição e fala, o que pode dificultar a comunicação, tanto que a doutrina no Direito Civil, somente considera que um surdo mudo somente poderia ser considerado incapaz para os atos da vida civil, se não tiver sido estimulado o suficiente para alcançar uma boa comunicação com o mundo exterior.

Os surdos-mudos podem realizar muitos tipos de atividades, basta que desenvolvam outros sentidos e que sejam estimulados. A integração dessas pessoas na sociedade é de suma importância, por isso é preciso respeitá-las e reconhecer seus direitos. Daí uma urgente necessidade de que a sociedade aprenda mais também sobre os deficientes auditivos e de fala.

Ao tratar com um surdo ou surdo-mudo, leve sempre em conta as seguintes dicas:

Não é correto dizer que alguém é surdo-mudo apenas porque ela também não fala. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam ou não lhes foi ensinado a falar. Muitas fazem a leitura labial, e podem fazer muitos sons com a garganta, ao rir, e mesmo ao gestualizar.

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Tema da redação do Enem inicia discussão sobre a educação inclusiva no Brasil

O tema escolhido para a redação foi o seguinte: “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. (Foto: Ilustração)

No último domingo (5) diversos estudantes participaram da primeira etapa do Enem 2017, para alguns o tema da redação surpreendeu, para outros chamou atenção para a educação inclusiva no Brasil. Em Petrolina, Núcleo de Apoio Psicopedagógico aos Portadores de Necessidades Especiais (NAPPNE) atende 59 estudantes.

Com duração de 5h, o primeiro dia contou com questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação.  O tema escolhido para a redação foi “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”.

Mesmo que o aluno fosse indiferente ao tema a prova apresentou quatro textos motivadores diferentes. Um deles incluiu dados sobre o número de alunos surdos na educação básica entre 2010 e 2016. Outro apresentou um trecho da Constituição Federal afirmando que todos têm direito à educação. Um terceiro mostrou aos candidatos uma lei de 2002, que determinou que a Língua brasileira de sinais (Libras) se tornasse a segunda língua oficial do Brasil.

Mesmo com todas as informações fornecidas o tema ainda foi alvo de críticas, surpreendendo até mesmo os educadores. Para os surdos, o tema foi inclusivo e pode acender uma esperança para dias melhores.

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2º Workshop Saúde em Libras do Vale do São Francisco acontecerá na Univasf nos dias 14 e 15

Durante dois dias, os participantes aprenderão com os próprios surdos como se deve atender uma pessoa surda./ Foto: imagem ilustrativa

Durante dois dias, os participantes aprenderão com os próprios surdos como se deve atender uma pessoa surda./ Foto: imagem ilustrativa

A saúde e o atendimento prestado pelos profissionais da área à pessoa com deficiência auditiva estarão em discussão durante o 2º Workshop Saúde em Libras do Vale do São Francisco, que será realizado na segunda (14) e na terça-feira (15). O evento acontecerá no Complexo Multieventos, no Campus Juazeiro (BA), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).

O 2º Workshop Saúde em Libras é promovido pela Coordenação de Políticas de Educação Inclusiva (CPEI), vinculada à Pró-Reitoria de Ensino (Proen), em parceria com a Associação de Surdos de Petrolina (ASP).

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