Moro exige presença de Lula em depoimentos de 87 testemunhas de defesa

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O juiz federal Sérgio Moro decidiu hoje (17) aceitar pedido feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para arrolar 87 testemunhas de defesa em uma das ações penais da Operação Lava Jato. No entanto, Moro determinou que Lula compareça a todas as audiências para “prevenir a insistência na oitiva de testemunhas irrelevantes”.

“Já que este julgador terá que ouvir 87 testemunhas da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva, além de dezenas de outras, embora em menor número arroladas pelos demais acusados, fica consignado que será exigida a presença do acusado Luiz Inácio Lula da Silva nas audiências nas quais serão ouvidas as testemunhas arroladas por sua própria defesa, a fim prevenir a insistência na oitiva de testemunhas irrelevantes, impertinentes ou que poderiam ser substituídas”, decidiu Moro.

Entre as pessoas que foram convocadas pela defesa de Lula estão os ex-diretores da Polícia Federal Luiz Fernando Correa e Paulo Lacerda, além do ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) Jorge Hage.

Defesa de Lula

Em nota, a defesa de Lula declarou que a decisão de Moro é arbitrária porque a presença do acusado é facultativa e não obrigatória nas audiências de processos criminais. Para os advogados, Moro pretende desqualificar a defesa.

“Essa decisão foi proferida na ação penal em que Lula é indevidamente acusado de ter recebido um terreno para a instalação do Instituto Lula e um apartamento, vizinho ao que reside. No entanto, as delações dos executivos da Odebrecht mostraram que o ex-presidente não recebeu tais imóveis, o que deveria justificar a extinção da ação por meio de sua absolvição sumária”, diz a nota.

Fonte Agência Brasil

Eduardo Cunha cita Temer e Lula como testemunhas de defesa

O processo foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal, mas, após a cassação do mandato de Cunha, a ação foi enviada para o juiz Sérgio Moro porque o ex-parlamentar perdeu o foro privilegiado. (Foto: Internet)

O processo foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal, mas, após a cassação do mandato de Cunha, a ação foi enviada para o juiz Sérgio Moro porque o ex-parlamentar perdeu o foro privilegiado. (Foto: Internet)

Preso na Operação Lava Jato, o ex-deputado federal Eduardo Cunha incluiu em seu rol de testemunhas de defesa o presidente Michel Temer e o ex-presidente Lula. A indicação de testemunhas foi feita em um documento de defesa prévia do ex-parlamentar, que presidiu a Câmara dos Deputados.

No documento, a defesa pede a absolvição de Cunha e a rejeição das denúncias contra ele apresentadas. O documento foi protocolado ontem (1º) à noite na Justiça Federal, no Paraná.

A assessoria de Temer informou que não comentará o fato. Também foram arroladas como testemunhas o ex-ministro Henrique Alves, o pecuarista José Carlos Bumlai, o ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró, e o ex-senador Delcídio do Amaral, dentre outros nomes.

Foram incluídas 22 testemunhas no processo. Segundo a defesa argumentou, “o número de testemunhas se justifica pelo número de fatos imputados ao defendente”.

Evidências de contas no exterior ainda não identificadas

Cunha está preso na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde o dia 19 de outubro. Segundo a força-tarefa do Ministério Público Federal, “há evidências” de que existem contas pertencentes a Cunha no exterior que ainda não foram identificadas, fato que, segundo os procuradores, coloca em risco as investigações. Além disso, os procuradores ressaltaram que Cunha tem dupla nacionalidade (brasileira e italiana) e poderia fugir do país.

A prisão foi decretada na ação penal em que o deputado cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, que foram depositados em contas não declaradas na Suíça.

O valor seria oriundo de vantagens indevidas, obtidas com a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África.

O processo foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal, mas, após a cassação do mandato de Cunha, a ação foi enviada para o juiz Sérgio Moro porque o ex-parlamentar perdeu o foro privilegiado.

Mulher de Cunha indica deputados e ministros como testemunhas na Lava Jato

cunha

A defesa de Cláudia Cruz, mulher do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), indicou seis deputados federais e dois ministros como testemunhas de defesa na ação penal a que responde na Operação Lava Jato pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

De acordo com a petição endereçada ao juiz federal Sérgio Moro, os advogados afirmam que os parlamentares podem atestar que Cláudia Cruz não tinha envolvimento com negócios de Cunha. Apesar de terem sido indicados como testemunhas, os arrolados podem pedir dispensa dos depoimentos.

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Comissão do Impeachment ouve testemunhas de acusação

Senado federal

Os nomes foram indicados pelos advogados Janaína Paschoal, Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior – responsáveis pela acusação. / Foto: arquivo

A Comissão Processante do Impeachment do Senado começa hoje (8) a ouvir as testemunhas de acusação no processo de afastamento da presidenta Dilma Rousseff. Serão ouvidos o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo de Oliveira, e o auditor do TCU Antonio Carlos Costa D’avila Carvalho. Os nomes foram indicados pelos advogados Janaína Paschoal, Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior – responsáveis pela acusação.

Também serão ouvidas hoje três testemunhas indicadas por senadores que apoiam o pedido: Rogério Jesus Alves Oliveira, Adriano Pereira de Paula e Otávio de Medeiros, da Secretaria do Tesouro Nacional.

Testemunhas ajudaram a Polícia Civil na elaboração do retrato falado do suposto assassino de Beatriz

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Após quase três meses da morte da estudante Beatriz Angélica Mota, 7 anos, encontrada morta dentro de uma das salas de aula de uma escola católica de Petrolina (PE) com mais de 40 perfurações pelo corpo, provocados por uma faca de cozinha, a Polícia Civil (PC) de Pernambuco finalmente mostrou a imagem do suposto assassino da garota.

A apresentação do retrato falado do suspeito de cometer o crime  aconteceu na manhã desta segunda-feira (22/02) o em coletiva à imprensa no Recife .

De acordo com a polícia, o homem é moreno, tem altura entre 1,65 e 1,70 e aparenta ter 70 quilos. A imagem mostra um rosto largo e olhos fundos. O retrato falado foi feito a partir do relato de testemunhas, que teriam visto um homem com estas características próximo ao local do crime.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Marceone Ferreira Jacinto, um homem com estas características estava dentro do Colégio Auxiliadora no dia do crime. O suspeito foi visto por três testemunhas dentro do banheiro feminino e do masculino em atitude suspeita, lavando o cabelo e o rosto.

“Nós encontramos uma testemunha que estava próximo ao local onde a criança foi encontrada, essa testemunha visualizou determinada pessoa saindo das imediações do local onde o corpo foi encontrado. A partir desta testemunha nós elaboramos o retrato falado e mais outras duas pessoas também disseram que viram essa pessoa com as mesmas características em atitude suspeita”, detalhou o delegado.

Marceone destacou que a família não reconheceu o homem, mas que a polícia não descarta nenhuma linha de investigação no momento, uma vez que o caso é de difícil elucidação.

O delegado chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Antônio Barros, pontuou que o caso de Beatriz é considerado atualmente o número um do órgão e todo esforço da PC está sendo direcionado para esse caso. “Não tenho dúvidas de que a gente vai chegar a um resultado positivo”, afirmou.

A Polícia pede para quem tiver informações que ajudem a encontrar o assassino de Beatriz ligar para o Disque Denúncia que oferece R$ 10 mil. A denúncia pode ser feita pelo telefone (81) 3719-4545 ou através do site http://www.disquedenunciape.com.br/.