Brasil conquista mais duas medalhas de ouro nas Olimpíadas de Tóquio e ainda pode vir mais uma no futebol masculino

Depois de ser o primeiro atleta do Brasil a ganhar três medalhas em uma mesma edição dos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, há quatro anos, Isaquias não vai voltar de Tóquio como multimedalhista. Quando entendeu o fato, ficou mordido. O quarto lugar no C2 1.000m, em dupla com Jacky Goldman, desceu rasgando a garganta, teve gosto de último lugar, mas foi digerido em quatro dias.

Nesta madrugada (no Brasil), só havia uma possibilidade na cabeça de Isaquias: o ouro. E o corpo correspondeu. Isaquias cruzou a linha de chegada já sem remar, com um barco e meio de distância sobre o chinês Hao Liu, medalhista de prata —o bronze foi para Serghei Tarnovschi, da Moldávia.

“Quando passou os 500 metros, eu tive essa certeza [de que venceria], porque eu estava descansado, ainda com gás, e vi que os atletas da esquerda estavam para trás, só o chinês não. Deixei o barco andar e descansar. Quando passou os 500, passei botar mais ritmo e, nos 200, não tinha mais dúvida nenhuma: ninguém mais tira”, disse Isaquias.

Há cinco anos, no Rio de Janeiro, o baiano foi fundamental para, com suas três medalhas, ajudar o Brasil a bater seu recorde histórico de medalhas. Quando o baiano alinhou na final do C1 1.000m da canoagem velocidade no último dia das Olimpíadas de Tóquio, neste sábado no Japão, o antigo recorde já estava superado, sem sua ajuda. Sua medalha foi a 21ª do Brasil e o recorde foi batido na 20ª.

Outro recorde, porém, pode ter sua contribuição: sua medalha foi a quinta de ouro do Brasil. Horas depois, outro baiano, Hebert Conceição, ganharia a sexta, no boxe, com um nocaute impressionante.

Na euforia da vitória, com a medalha de ouro pesando no pescoço, Hebert ficou sério quando um jornalista lhe perguntou no que ele estava pensando quando perdeu os dois primeiros rounds. Naquele momento, no intervalo antes do terceiro round, seus dois treinadores se entreolharam preocupados, e Hebert já tinha entendido que não podia mais esperar.

Moni Silva foi o responsável por transformar aflição em estratégia. “Fixa os pés no chão, entra com um pombo e cruza depois”, ele orientou, conforme lembraria depois. “Pombo” é o termo técnico para um direto que cai de cima pra baixo. O golpe incentiva o adversário a responder com o braço oposto, o que abre sua guarda e o deixa vulnerável.

Sob intenso bombardeio ucraniano, Hebert encontrou um espaço, o primeiro espaço da luta, para executar a estratégia. Ele soltou o “pombo”, o ucraniano respondeu de direita e, sem querer, ofereceu o queixo para o cruzado do baiano.

A sétima ainda pode vir com o futebol masculino, para igualar, nesse quesito, a campanha do Rio.

Richarlison decide contra a Arábia Saudita, e Brasil avança como líder

A seleção brasileira venceu a Arábia Saudita por 3 a 1, hoje (28), e garantiu classificação para as quartas de final do futebol masculino nas Olimpíadas de Tóquio. Os gols foram marcados por Matheus Cunha e Richarlison (duas vezes), enquanto Al-Amri descontou para o rival, em Saitama. Richarlison, aliás, se isolou na artilharia da competição com cinco gols.

O resultado classifica o Brasil como líder do Grupo D com sete pontos somados. A Costa do Marfim avança em segundo e a atual vice-campeã olímpica Alemanha já fica pelo caminho.

O jogo das quartas de final das Olimpíadas será no sábado (31), às 7h, novamente em Saitama, contra adversário que será conhecido só depois dos jogos de 8h (de Brasília). Neste momento seria a Austrália, mas Espanha, Argentina e até Egito ainda disputam as vagas.

Olimpíadas: Brasil e Costa do Marfim empatam sem gols no futebol

A seleção brasileira de futebol masculino ficou no empate em 0 a 0 com a Costa do Marfim. Em jogo duro, as duas equipes não foram capazes de marcar gols e ainda tiveram dois atletas retirados da partida. O volante Douglas Luiz levou um cartão vermelho aos 13 minutos do primeiro tempo após cometer falta que impediu um ataque promissor dos marfinenses.

Porém, Eboue Kouassi também foi expulso ao receber o segundo cartão amarelo aos 25 minutos do segundo tempo e desfalcou o time da Costa do Marfim. Com o empate, o Brasil ainda continua em primeiro no Grupo D, com 4 pontos. Agora a seleção se prepara para enfrentar a Arábia Saudita na próxima quarta, 28.

Reacesa para homenagear Olímpiada de Tóquio, pira Olímpica do Rio 2016 se apaga

A pira olímpica da Rio 2016, na Candelária, se apagou na madrugada desta sexta-feira (23), e ficou cerca de duas horas e meia no escuro, a partir de 5h10. Segundo a prefeitura, houve ‘problema técnico’.

Às 7h36, o prefeito Eduardo Paes postou em uma rede social que a pira já estava funcionando novamente e brincou com a situação.

“Já acendeu de novo. É que o fogo não veio da Grécia e não era olímpico. Acendi a tocha com um isqueiro comum. Aí já sabe né…”

Em nota, a Prefeitura informou que a Naturgy, concessionária responsável pelo abastecimento de gás na cidade, foi chamada.

Olimpíada de Tóquio começa amanhã (23)

Nesta sexta-feira (23), os olhos de boa parte da população mundial estarão voltados para a cidade de Tóquio. Após o adiamento de um ano por causa da pandemia da covid-19 e ameaças de cancelamento, a 32ª edição da Olimpíada de verão ter á a abertura oficial a partir das 8h (horário de Brasília) no Estádio Olímpico de Tóquio.

Pela primeira vez na história, as cerimônias de abertura e encerramento, assim como as competições na capital do Japão, não terão a presença de público. A decisão de proibir espectadores foi tomada por conta da decretação do estado de emergência em Tóquio até o final das competições até 8 de agosto, e em meio a críticas de autoridades de saúde do país e rejeição da população à competição.

Abertura e competições

Prevista para às 8h (horário de Brasília) desta sexta-feira (23) e com duração de cerca de três horas, a tradicional cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos sofrerá alterações em Tóquio, causadas pela emergência sanitária. Além da proibição de venda de ingressos, algumas delegações (incluindo a brasileira) deverão enviar menos atletas para a cerimônia em que a Pira Olímpica é acesa.

Paratleta da APA Petrolina, Samira Brito, é convocada para os Jogos Paralímpicos de Tóquio

A paratleta da Associação Petrolinense de Atletismo (APA), Samira Brito foi convocada para a Seleção Brasileira que vai disputar os Jogos Paralímpicos de Tóquio, no Japão, de 24 de agosto a 05 de setembro.  O anúncio oficial da convocação foi realizado nesta terça-feira (06), pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Aos 31 anos, Samira é a 2ª colocada no ranking mundial dos 100 e 200 metros na categoria T36-Paralisia Cerebral. A convocação para representar o Brasil veio para coroar os excelentes resultados conquistados pela paratleta e sua equipe.

“Estou muito feliz. Agradeço a APA, meu treinador, e vou buscar a minha medalha”, afirmou Samira ao saber da convocação.

Com apenas cinco anos na categoria, a petrolinense já tem no currículo o título de Campeã Brasileira, Campeã Norte-Nordeste e foi eleita a melhor atleta do Regional no ano de 2020.

Yane Marques adia decisão sobre aposentadoria: “vou sentir meu corpo”

A pentatleta considera que a condição para seguir em frente é a capacidade de se manter competindo em alto nível./Foto: internet

A pentatleta considera que a condição para seguir em frente é a capacidade de se manter competindo em alto nível./Foto: internet

Yane Marques chegou na encruzilhada que todo atleta precisa encarar: saber qual é a hora de parar. Dona da única medalha olímpica da América Latina no pentatlo moderno, a pernambucana tem duas opções: ou se mantém na briga por uma vaga nos Jogos de 2020 ou coloca um ponto final em sua vitoriosa carreira. O martelo só deve ser batido em 2017.

“Esse ano de 2017 vai ser um ano-teste para mim. Eu vou sentir meu corpo. Se eu perceber que não vivo sem isso aqui, vou continuar e vou tentar Tóquio. Se eu perceber que a magia acabou e não tenho mais o mesmo sentimento, o legado que deixei para o esporte já vai ter valido a pena”, afirma Yane.

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