Mais de 79 mil militares receberam Auxílio Emergencial indevidamente, afirma TCU

Presidente interino do TCU entregou relatório ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin

O Tribunal de Contas da União (TCU) entregou, na terça-feira (16), um relatório sobre as contas públicas ao governo eleito (de Luiz Inácio Lula da Silva), representado pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). E segundo apuração do TCU, há pelo menos 29 tópicos de risco no país.

Durante a coletiva de imprensa que apresentou o relatório, o presidente interino do TCU, Bruno Dantas lembrou que, entre as falhas encontradas pelo órgão na atual gestão (Jair Bolsonaro) estão o pagamento do Auxílio Emergencial a 79 mil militares.

“A lista dos beneficiários era uma lista que só o Ministério da Cidadania conhecia, o TCU identificou que, só no primeiro mês, mais de 79 mil militares recebiam indevidamente. Quem era militar não poderia receber esse auxílio“, afirmou o presidente do TCU.

O Auxílio Emergencial foi criado no começo da pandemia da Covid-19, em 2020, para ajudar brasileiros desempregados. Contudo, muitos brasileiros enquadrados nos critérios não receberam a ajuda.

TCU recomenda suspensão do consignado no Auxílio Brasil

O Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou a suspensão do empréstimo consignado do Auxílio Brasil. A decisão foi emitida através de um parecer técnico, cuja conclusão é de que o consignado poderia interferir nas eleições presidenciais.

Caixa deve responder sobre medida 

O Tribunal pede que a Caixa Econômica Federal explique em cinco dias úteis, a contar de ontem (20/10), o motivo pelo qual começou a fazer o empréstimo consignado em outubro, durante o período das eleições. Nessa modalidade, o empréstimo é descontado automaticamente na conta do beneficiário.

O Ministério Público já havia solicitado a suspensão do consignado, argumentando que a medida do governo federal pode ter sido implementada para beneficiar eleitoralmente o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Brasil: cartel de empresas teria fraudado licitações de pavimentação realizadas pela Codevasf

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou indícios da ação de um cartel de empresas de pavimentação em fraudes a licitação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que superam R$ 1 bilhão.

A investigação do TCU se baseou numa série de matérias divulgadas pela Folha de São Paulo. A fraude analisada ocorreu na atual gestão de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o TCU, um grupo de empresas agiu em conluio em licitações tanto na sede da Codevasf, como nas suas superintendências regionais.

A Engefort é a principal construtora beneficiada no suposto esquema, vencendo editais com indícios de fraude que somam R$ 892,8 milhões. As situações mais graves foram detectadas em 2021. De 50 licitações que venceu em 2021, a empresa deu em média um desconto de apenas 1%, o que foge do padrão de mercados em que há competitividade normal.

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Com FBC na disputa, Senado discute indicação ao TCU nesta terça-feira

O Senado Federal analisa às 16h desta terça-feira (14), a indicação ao Tribunal de Contas da União (TCU). Na disputa estão Kátia Abreu (PP-TO), Antonio Anastasia (PSD-MG) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do Governo Bolsonaro no Senado.

A sessão de hoje ocorrerá de forma semipresencial e os candidatos serão ouvidos pelos colegas. Segundo apuração de alguns veículos, o MDB que é dono da maior bancada estaria dividido entre apoiar Fernando Bezerra e Kátia. Anastasia conta com apoio do seu partido, que é a segunda maior bancada.

Além disso, Kátia também teria simpatia do PT e PP, já que com sua ida ao TCU, um suplente do PT herdaria a vaga no Senado. O TCU é composto por nove ministros, dos quais três podem ser indicações diretas do presidente da República. Os outros seis são cotas da Câmara e do Senado.

Manaus tem 10 dias para informar ao TCU se foi pressionado pela Saúde a usar cloroquina

(Foto: Reuters)

Dez dias. É o prazo que o governo de Manaus tem para informar ao ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Benjamin Zymler, se foi pressionada pelo Ministério da Saúde a tratar pacientes com Covid-19 com os remédios cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina, medicamento ineficazes para o tratamento da doença, conforme estudos realizados no Brasil e no exterior.

Desde o início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro insiste no tratamento com os medicamentos. O Ministério da Saúde adquiriu comprimidos de cloroquina e hidroxicloroquina e produziu um protocolo em que recomenda no SUS o uso dos remédios para tratar a Covid-19.

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