“Não precisamos de voto impresso para garantir a lisura das eleições” afirma Bolsonaro

Durante um evento na quarta-feira (27), o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não há necessidade do voto impresso para garantir a lisura do processo eleitoral de 2022. Bolsonaro cumpriu agenda no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) quando fez a declaração.

“A gente espera que, nos próximos dias, o Tribunal Superior Eleitoral dê uma resposta às sugestões das Forças Armadas. Porque eles nos convidaram. Nós aceitamos, estamos colaborando com o melhor do que existe entre nós e essas sugestões todas foram técnicas. Não se fala ali de voto impresso, não precisamos de voto impresso para garantir a lisura das eleições”, disse o presidente.

Ao mudar o discurso, Bolsonaro sugeriu que a votação seja acompanhada pelas Forças Armadas em uma sala secretar. “Uma das sugestões é que esse mesmo duto que alimenta a sala secreta, os computadores, seja feita uma ramificação, um pouco à direita, para que temos, ao lado, um computador também das Forças Armadas para contar os votos do Brasil”, pontuou.

7 de setembro: Bolsonaristas organizam carreata em Petrolina e Juazeiro em apoio ao presidente

Manifestantes de Juazeiro e Petrolina vão aderir ao movimento em apoio ao Presidente Jair Bolsonaro, marcado para o dia 7 de setembro. Segundo a organização do evento, será realizada uma carreata nas principais avenidas de Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco. A concentração da carreata será no Pátio Ana das Carrancas, às 8h da manhã.

Após passarem por várias ruas das duas cidades, os manifestantes vão se concentrar na orla de Petrolina, onde estará um trio elétrico.

Segundo nota dos organizadores, o evento tem o objetivo de garantir o direito à liberdade de expressão e ao voto impresso. “Os conservadores e patriotas do Vale do São Francisco se unirão para manifestar o seu apoio ao Presidente Jair Bolsonaro e mostrar aos ministros do STF, deputados e senadores que queremos que sejam garantidos os nossos direitos à liberdade de expressão e ao voto impresso, auditável, com contagem pública”, afirmam.

Fernando Filho rebate críticas por não apoiar PEC do voto impresso

O deputado federal Fernando Filho (DEM) decidiu rebater as críticas que tem recebido devido seu posicionamento contra o voto impresso. Por fazer parte do grupo político de Bolsonaro, o deputado foi criticado por não votar a favor da pauta, defendida pelo presidente da República.

O parlamentar disse que as urnas já são auditáveis e que a proposta do voto impresso atrasaria a apuração das eleições. Além disso, Fernando Filho disse não ser subserviente ao governo, apesar de ser um apoiador de Bolsonaro.

O fato ganhou mais repercussão devido ao fato de o pai do parlamentar, o senador Fernando Bezerra Coelho, ser o líder do governo no Senado Federal.

Em entrevista ao Super Manhã, Fernando Filho (DEM) fala porquê, mesmo sendo aliado do governo, votou contra projeto do voto impresso

Nesta sexta-feira (13), o deputado Fernando Filho (DEM) concedeu entrevista ao radialista Waldiney Passos, no Programa Super Manhã, da Rádio Jornal, e destacou porquê votou contra a proposta do voto impresso enviada pelo governo Bolsonaro.

Fernando Filho é aliado do Presidente da República no Congresso Nacional e causou estranheza ao votar contra o projeto de lei enviado por Bolsonaro estabelecendo o voto impresso. Fernando disse que é aliado, mas não subserviente ao presidente. ” Muitas pessoas questionando que nós somos aliados e apoiamos o presidente, mas eu não sou subserviente ao presidente. Eu tenho minhas convicções também, minhas posições. Eu disputei cinco eleições, perdi um e ganhei quatro e nunca a gente teve nenhum debate em Petrolina, em Pernambuco ou no Brasil, pra ser bem sincero, sobre a lisura das eleições ou das urnas. Eu, particularmente, não tenho motivo pra poder questionar a eficiência, eficácia do sistema eletrônico que é adotado no Brasil”, afirmou.

O deputado destacou ainda que não é contrário ao investimento de mais transparência nas eleições. “É evidente que ninguém é contra a mais transparência para eleições. Eu acho que nós precisamos evoluir para poder buscar mais transparência e tempo. Agora, não é a todo custo ou a todo jeito, agredindo ou  criando, sinceramente, falsas ilações sobre coisa que não se tem nenhuma provas e nenhum vício”, disse Fernando Filho.

Voto impresso: Após derrota na Câmara, Bolsonaro diz que resultado das eleições não será confiável

Um dia após ser derrotado em votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso no plenário da Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro voltou a colocar em xeque a segurança das eleições de 2022, sob o argumento de que o resultado da votação de ontem indicaria desconfiança de parte do parlamento sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas. “Hoje em dia sinalizamos para uma eleição, não que está dividida, mas que não vai se confiar nos resultados da apuração”, disse o presidente a apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta-feira (11).

A PEC do voto impresso foi derrubada pelo plenário da Câmara na noite de terça-feira (10). Foram 229 favoráveis à proposta e 218 votos contrários, além de uma abstenção e dezenas de ausências. Para que o texto fosse aprovado, seria necessário o apoio de, no mínimo, 308 deputados. A Casa tem 513 deputados, mas o quórum efetivo de ontem, contando com o presidente Arthur Lira (Progressistas-AL), foi de 449 deputados. A decisão do plenário foi a terceira derrota do Palácio do Planalto sobre o assunto na Câmara. Antes, a proposta do voto impresso já tinha sido rejeitada em duas votações pela comissão especial, na semana passada.

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Câmara dos Deputados rejeita a PEC do voto impresso

Bolsonaro, presidente do Brasil.

O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou ontem (10) a proposta que pretendia incluir um módulo de voto impresso ao lado das urnas eletrônicas a partir das eleições de 2022.

A PEC do voto impresso (Proposta de Emenda à Constituição 135/19) teve 218 votos contra, 229 votos a favor e uma abstenção. Para que a tramitação avançasse eram necessários votos favoráveis de 308 dos 513 congressistas.

De autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), a PEC era de interesse do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e foi rejeitada no dia em que o Ministério da Defesa realizou um desfile militar no Planalto — criticado por políticos, que viram o ato como uma tentativa do presidente de intimidar deputados.

Em dia da discussão do voto impresso, Bolsonaro receberá desfile de tanques na Esplanada dos Ministérios 

O presidente Jair Bolsonaro receberá nesta terça-feira (10) um desfile de blindados e tanques de guerra na Esplanada dos Ministérios. A demonstração ocorre no mesmo dia em que o projeto de voto impresso deverá ser analisado pela Câmara e é vista como uma demonstração de força do mandatário.

Na ocasião, os veículos estacionarão em frente ao Palácio do Planalto, onde o mandatário e o Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, receberão convites para comparecer à Demonstração Operativa, que ocorrerá no dia 16 de agosto, no Campo de Instrução de Formosa (CIF). Apesar de ocorrer todo ano, é a primeira vez em que anunciam que os tanques passarão pelo centro de Brasília. Os blindados da Marinha realizarão um treinamento em Formosa. Este ano, a operação contará também com a participação do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira.

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“Não há necessidade de se imprimir voto no Brasil”, dispara o presidente do TRE-PE

Com o debate sobre a possiblidade de volta do voto impresso no Brasil, o desembargador Carlos Moraes, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco resolveu se pronunciar sobre o assunto.

Para ele, as fraudes existiam antes do voto eletrônico, não depois. “Não há necessidade de se imprimir voto no Brasil”, disse. As declarações foram dadas ao programa Manhã na Clube, da Rádio Clube AM 720.

O presidente explicou que as urnas já são auditadas, um ano antes de qualquer eleição, e também em dias mais próximos, antes, durante e depois das votações. Além disso, a urna emite um boletim impresso contabilizando os votos, que será comparado com os dados eletrônicos, impossibilitando erros no resultado. Tudo isso é feito de maneira aberta para o Ministério Público, a Polícia Federal, a OAB e todos os partidos políticos.

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Presidentes de partidos avaliam que voto impresso vai ser rejeitado pela Câmara

(Foto: André Dusek/Estadão)

Presidentes e líderes partidários afirmam que “não há clima” na Câmara para aprovar a proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso.

A avaliação é de que os recentes rompantes do presidente Jair Bolsonaro, que ameaçou não aceitar o resultado da eleição de 2022 sem a mudança na urna e fez vários ataques ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, dificultam a tarefa de construir maioria para aprovar o texto.

A proposta será votada no plenário da Câmara, no fim da próxima semana. Para ser aprovada precisa de pelo menos 308 votos em duas votações, na Câmara e no Senado, número que dirigentes partidários veem como muito difícil de alcançar, dado o cenário de crise institucional.

Quanto mais o presidente eleva o tom, menos provável se torna a aprovação de uma matéria como essa porque fica muito evidente que está havendo muito exagero“, disse o presidente do DEM, ACM Neto.

Apoiadores do Bolsonaro fazem atos a favor do presidente e do voto impresso nas eleições de 2022

Manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro. (Foto: Daniel Silveira/G1)

Manifestantes foram às ruas em algumas cidades do país neste domingo (1) em atos a favor do voto impresso e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Alguns protestos tiveram início ainda pela manhã.

A maioria dos manifestantes usava roupas nas cores verde e amarela e carregava cartazes e faixas com mensagens sobre pedido de voto impresso nas eleições de 2022 e com declarações em apoio a Bolsonaro. Houve também registros de faixas com mensagens inconstitucionais, como pedidos de destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Presidente da Câmara não acredita na aprovação da PEC do voto impresso

Presidente da Câmara dos Deputados Federais, Arthur Lira, e o presidente da república, Jair Bolsonaro. (Foto: Isac Nóbrega/PR)

“A questão do voto impresso está tramitando na comissão especial, o resultado da comissão impactará se esse assunto vem ao plenário ou não. Na minha visão, tudo indica que não”. A frase foi dita pelo presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira (PP-AL), nesta sexta-feira (30), durante uma live realizada pelo Conjur, que também teve a participação do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Na avaliação de Lira, o texto não terá apoio suficiente para chegar ao plenário. A declaração foi feita um dia após Jair Bolsonaro fazer, durante live, seu principal ataque ao sistema de votação brasileiro e repetir com alarde teorias já desmentidas sobre as urnas eletrônicas.

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Câmara Federal debate voto impresso nesta semana

A Câmara Federal debaterá a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do voto impresso nas eleições de 2022. A Comissão Especial se reúne hoje (5). De acordo com a CNN Brasil, há possibilidade de uma votação inicial ainda nesta semana.

O relator da Comissão Especial, o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) apresentou parecer favorável. Contudo, um pedido de vista coletivo adiou a votação do documento. Esta votação está prevista para acontecer na quinta-feira (8).

Mas o presidente da Comissão, o deputado Paulo Martins (PSC-PR), acredita que a matéria não deve avançar. Isso porque, a ideia de Barros é que a urna eletrônica permita a impressão do registro do voto, que seria depositado automaticamente em uma urna. Depois da votação, nas seções eleitorais, com o uso de um equipamento automatizado, a contagem dos votos seria feita.

PEC do voto impresso avança e deputados devem instalar comissão em fevereiro

PEC pode acrescentar item na CF (Foto: Blog Waldiney Passos)

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) determinando que o voto eletrônico seja impresso e depositado em outra urna avançou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. A matéria foi analisada na terça-feira (17) e recebeu 33 votos a favor, contra 5 contrários.

A expectativa dos deputados é que já em fevereiro seja criada e instalada uma comissão especial para analisar o mérito do texto. Caso aprovada, a PEC adicionar um parágrafo no artigo 14 da Constituição, obrigando a expedição de cédulas físicas, conferíveis pelo eleitor, “a serem depositadas em urnas indevassáveis, para fins de auditoria”.

A PEC é de autoria de Bia Kicis (PSL-DF). Ela alega que “a solução internacionalmente recomendada para que as votações eletrônicas possam ser auditadas de forma independente, medida que, inexplicavelmente, causa receio à Justiça Eleitoral brasileira”.

O Brasil, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem um dos sistemas mais atualizados e seguros já que as urnas não são conectadas à internet e são programadas apenas para funcionar durante o pleito. Em junho de 2018, a maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 8 votos a 2, suspender implantação do voto impresso no pleito passado.