Droga que pode bloquear passagem de zika para o feto é identificada por cientistas

(Foto: Arquivo)

A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF). (Foto: Arquivo)

Um novo estudo feito por cientistas americanos mostra como o vírus zika passa da mulher grávida para feto. Os pesquisadores também identificaram uma droga que pode bloquear a entrada do vírus no organismo do feto em desenvolvimento.

De acordo com os autores, há duas vias para que o vírus chegue ao feto: pelas células da placenta, durante o primeiro trimestre de gravidez, e pelo saco amniótico – a membrana que envolve o bebê e o líquido amniótico -, durante o segundo trimestre.

Em um estudo feito em laboratório com tecidos humanos, os pesquisadores mostraram que um antigo antibiótico veterinário, chamado Duramycin, consegue bloquear a replicação do vírus em células que o transmitem nas duas vias de infecção.

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Exames de Zika serão obrigatórios para planos de saúde a partir desta semana

Ministério da Saúde registra uma queda de 78% no número de casos suspeitos de Zica em Pernambuco. (Foto: Arquivo)

Os planos de saúde tiveram 30 dias para se adequarem à nova regra (Foto: Arquivo)

A partir da próxima quarta-feira (6),  os planos de saúde terão que cobrir obrigatoriamente três exames de detecção do vírus Zika. Os procedimentos deverão ser disponibilizados para gestantes, bebês filhos de mães com diagnóstico de infecção pelo vírus, bem como aos recém-nascidos com malformação congênita sugestivas de infecção pelo zika.

A escolha destes grupos levou em conta o risco de bebês nascerem com microcefalia devido à infecção da grávida pelo vírus durante a gestação. A microcefalia é uma malformação irreversível que pode comprometer o desenvolvimento da criança em diversos aspectos.

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ANS obriga cobertura de testes do vírus da zika por planos de saúde

A cobertura do teste-rápido para as demais doenças transmitidas pelo mosquitoAedes aegypti, dengue e chikungunya já é obrigatória/Foto:reprodução da internet

A cobertura do teste-rápido para as demais doenças transmitidas pelo mosquitoAedes aegypti, dengue e chikungunya já é obrigatória/Foto:reprodução da internet

Resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicada nesta segunda-feira (6) no Diário Oficial da União regulamenta a utilização e obrigada a cobertura por parte de operadoras de planos de saúde de testes para diagnóstico de infecção pelo vírus da zika.

Passam a fazer parte do “Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde”, de cobertura obrigatória pelos planos, os seguintes testes:

PCR (técnica que pesquisa no sangue do paciente a presença de material genético do vírus);

IGM (técnica que detecta anticorpos produzidos na fase aguda da doença);

 IGG (técnica que indica se houve uma infecção mais antiga pelo vírus).

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Brasil apresenta teste rápido para zika: resultado sai em 20 minutos

O dispositivo tem duas fitas portáteis (cassetes), que usam uma pequena amostra de soro do paciente/Foto:Bahiafarma

O dispositivo tem duas fitas portáteis (cassetes), que usam uma pequena amostra de soro do paciente/Foto:Bahiafarma

A Secretaria de Saúde da Bahia obteve o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e apresentou nesta terça (31/5) em Salvador, o primeiro teste sorológico rápido nacional para detecção do vírus Zika. Assim, o exame que costumava levar semanas terá resultado em até 20 minutos.

O Secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, destaca que o teste rápido facilitará a vida da população, ao permitir às mulheres, por exemplo, saberem se já foram ou estão infectadas pelo vírus.

“Hoje existe uma quantidade de pessoas com sintomas que não têm o diagnóstico definitivo, ou seja, você acha que a pessoa tem a zika, mas pode ser uma outra virose. A partir de agora, principalmente para as mulheres em idade gestacional, ter a informação se ela teve ou ainda não zika é extremamente relevante para a decisão dela, em iniciar uma gestação”, ressalta Fábio Villas-Boas.

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Epidemia de zika foi alimentada por ‘falha em controle de mosquito’, diz OMS

Segundo Chan, "Sem vacinas e sem testes diagnósticos amplamente disponíveis, o único que podemos oferecer para proteger mulheres em idade fértil são recomendações/Foto:Adriano Vizoni

Segundo Chan, “Sem vacinas e sem testes diagnósticos amplamente disponíveis, o único que podemos oferecer para proteger mulheres em idade fértil são recomendações/Foto:Adriano Vizoni

A epidemia do vírus da zika é o preço pago por uma enorme falha das políticas de controle do mosquito Aedes aegypti, afirmou a diretora da OMS (Organização Mundial de Saúde) Margaret Chan.

Falando na Assembleia Anual da Saúde Mundial, realizada pela agência, Chan afirma que especialistas “deixaram a peteca cair” nos anos 1970 no controle do inseto que carrega os vírus da dengue, da chikungunya e da zika.

Mais de 60 países e territórios já registram no momento transmissão contínua do vírus.

Mais recentemente, o vírus da zika asiático, responsável pela epidemia no Brasil e pelos casos de microcefalia em bebês, foi detectado pela primeira vez no continente africano.

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Vacina contra zika deve ser testada em animais a partir de novembro

Os estudos em pessoas seriam feitos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Amapá, Estados que não registram até o momento a circulação do zika/Foto: Cláudia FachelOs estudos em pessoas seriam feitos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Amapá, Estados que não registram até o momento a circulação do zika/Foto: Cláudia Fachel

Testes da vacina contra zika em desenvolvimento pelo Instituto Evandro Chagas e a Universidade Medical Branch, dos Estados Unidos, devem começar a ser feitos em animais a partir de novembro. “Conseguimos acelerar o cronograma em alguns meses, em parte por causa dos ganhos na tecnologia, em parte por sorte”, afirma o diretor do instituto, Pedro Vasconcelos.

A previsão inicial era de que essa etapa seria concluída somente em fevereiro de 2017. Se não houver problemas ao longo do caminho, avalia Vasconcelos, em fevereiro já será possível iniciar os testes da vacina em voluntários humanos. Os estudos em pessoas seriam feitos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Amapá, Estados que não registram até o momento a circulação do zika.

vacina em desenvolvimento em parceria com a Universidade Medical Branch é feita a partir de partículas do vírus atenuado. A meta é fazer mutações no genoma do vírus para que ele perca sua capacidade de produzir a doença mas, ao mesmo tempo, seja reconhecido pelo organismo para que anticorpos sejam produzidos

Vasconcelos integra o Comitê de Emergência para Zika eMicrocefalia da Organização Mundial da Saúde. Na próxima reunião do grupo, programada para os dias 6 e 7, o diretor do Instituto Evandro Chagas vai apresentar uma proposta para que prazos de realização de testes das vacinas de zika, sejam encurtados. “Vivemos numa situação especial. Já houve o precedente do Ebola. Podemos ser mais rápidos sem abrir mão da segurança”, disse o diretor.

Depois de testes em animais (primatas e camundongos), são feitas análises sobre efeitos da vacina em humanos. Na primeira fase é avaliada a segurança do produto. Geralmente é feita em cerca de 300 voluntários, todos saudáveis, que residam em regiões sem a circulação do vírus. Essa etapa geralmente leva cerca de um ano. Vasconcelos vai sugerir que o prazo seja reduzido para um período que varie entre 3 a 6 meses.

Na fase dois, o objetivo é avaliar a capacidade da vacina de produzir a imunidade no organismo. Nesta etapa, o teste é feito geralmente em cerca de 2 mil pessoas. Os efeitos são avaliados por um período de até dois anos. Vasconcelos vai sugerir que a análise seja feita num prazo que varie entre 6 meses a um ano. “Se o imunizante mostrar-se capaz de neutralizar a ação do vírus selvagem por esse período, há grandes chances de que isso valha para um prazo mais longo”, completou.

Na terceira fase, em que se analisa a eficácia da vacina, são testadas cerca de 30 mil pessoas. O tempo desta etapa, afirma, também pode ser reduzido de forma significativa. “Se conseguirmos sensibilizar a OMS, acredito que a vacina poderá estar disponível num prazo de cinco anos”, disse. “Se há alguns anos fizéssemos uma proposta como essa, seríamos criticados. Mas, com tecnologia atual, é possível cumprir esse prazo com segurança”.

A vacina desenvolvida pelo Instituto Evandro Chagas do Pará e Universidade Medical Branch tem como público alvo mulheres em idade fértil que não estejam grávidas. O projeto prevê a aplicação de uma dose. Um outro imunizante que está sendo desenvolvido poderia ser usado por gestantes. Este, no entanto, não é feito com vírus atenuado, mas com DNA recombinante.

Com informações do Estadão Conteúdo

 

Bolt se diz tranquilo sobre zika e brinca: “mosquito não consegue me pegar”

Bolt defenderá no Rio de Janeiro três títulos olímpicos/Imagem:reprodução

Bolt defenderá no Rio de Janeiro três títulos olímpicos/Imagem:reprodução

Usain Bolt é rápido demais para o Aedes aegypti. Em entrevista divulgada nesta quarta-feira (18) pela da rede americana NBC, o jamaicano seis vezes campeão olímpico disse acreditar que até agosto as autoridades sanitárias cariocas terão controlado o problema do mosquito transmissor do zika vírus, febre chikungunya e dengue em tempo para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Segundo seus colegas de time jamaicano, os insetos não se sentem atraídos por ele. O motivo? “Eu sou rápido! Eles não conseguem me pegar”, brincou o velocista. “Espero que quando eu chegar lá eles terão controlado. Tenho certeza que eles colocarão as coisas no lugar”, disse, em tom descontraído.

Na mesma entrevista, o atleta declarou ainda ficar nervoso quando compete na Olimpíada, maior palco da sua modalidade, mas não muito. “Eu sempre disse: se eu consigo vencer diante do meu próprio público, quando estou sempre nervoso, então eu posso fazer isso na frente de estranhos”, explicou.

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Sem verba, pesquisa sobre Zika está parada em Pernambuco

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A investigação deveria ter iniciado em janeiro deste ano

Em novembro do ano passado, o imunologista Rafael França foi o primeiro pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a ter projeto aprovado para receber financiamento para investigar o vírus Zika em Pernambuco. Quando o projeto foi elaborado, o país ainda não enfrentava a explosão de casos de microcefalia relacionados ao vírus. O pesquisador foi selecionado para receber R$ 2 milhões divididos entre os governos do Reino Unido e de Pernambuco. Mas o estudo de Rafael França está praticamente parado, conforme o pesquisador, pois os recursos ainda não chegaram.

O projeto foi selecionado em edital lançado pelo Fundo Newton – programa do governo britânico que reúne diversas instituições que financiam pesquisa no Reino Unido – sobre doenças infecciosas e negligenciadas. Pelo Reino Unido, R$ 1,5 milhão deverão vir do Medical Research Council (MRC UK). O edital prevê uma contrapartida de R$ 505 mil da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe).

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Zika pode estar associado a outra doença neurológica

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Além da microcefalia e da síndrome de Guillain-Barré, o vírus zika pode estar associado a mais uma doença neurológica: a encefalomielite aguda disseminada (ADEM, na sigla em inglês), síndrome autoimune que causa inflamação no sistema nervoso central.

Um estudo feito no Recife e que será divulgado na sexta-feira (15) no encontro anual da Academia Americana de Neurologia, em Vancouver, no Canadá, encontrou evidências de associação entre o vírus e a ADEM em pelo menos dois casos.

Cientistas já desconfiavam de uma conexão entre o zika e a ADEM, conforme mostrou o jornal O Estado de S. Paulo em fevereiro. Mas só agora serão apresentados os resultados científicos do estudo liderado por Maria Lucia Brito Ferreira, chefe do Serviço de Neurologia do Hospital da Restauração, no Recife.

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EUA orientam infectadas pelo Zika a esperar ao menos 8 semanas para engravidar

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As autoridades de saúde dos Estados Unidos orientam as mulheres infectadas com o vírus ZiKa a esperar pelo menos oito semanas, após o aparecimento da doença, para tentar engravidar.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos recomenta ainda que os homens infectados com o vírus Zika ou com sintomas da doença não tenham relações sexuais sem uso de preservativo durante pelo menos seis meses. A Zika é uma doenças infecciosa transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

O organismo recomenda os mesmos períodos de tempo de prevenção para os casais sexualmente ativos que não estão tentando ter um filho.

Essa orientações têm por base o período mais longo de resistência do vírus conhecido até agora, multiplicado por três.

O Zika foi detetado no sêmen de um homem 62 dias após os primeiros sintomas, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças.

Os homens com parceiras sexuais grávidas são aconselhados a usar preservativos em caso de sexo vaginal, anal e oral ou a se abster de sexo durante toda a gravidez.

O vírus Zika tem sido relacionado ao nascimento de bebês com microcefalia.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos registrou seis casos de transmissão sexual do Zika por homens que haviam sido infectados durante viagens a países da América Latina.

OMS alerta que vacina contra vírus Zika pode chegar tarde demais

Microcefalia

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje (9) que uma vacina contra o vírus Zika pode chegar “tarde demais” para ter um impacto real na atual epidemia na América Latina.

“O desenvolvimento das vacinas ainda está em um estágio muito precoce e as opções mais avançadas ainda vão demorar vários meses para serem testadas em humanos”, disse a diretora-geral-adjunta da OMS, Marie-Paule Kieny, acrescentando que “é possível que as vacinas cheguem tarde demais para o atual surto na América Latina”.

Em declarações, dadas ao fim de uma reunião de dois dias sobre a pesquisa relacionada ao vírus, a especialista disse que a vacina é um “imperativo”, especialmente para mulheres grávidas e para mulheres em idade fértil.

No entanto, o diretor do instituto de pesquisa brasileiro Butantan, Jorge Kalil, disse que o processo será lento: “Talvez dentro de três anos tenhamos uma vacina. Três anos, sendo otimista”.

Na reunião, que juntou especialistas e representantes dos países afetados, os cientistas definiram como prioridades o desenvolvimento de testes de diagnóstico, a produção de vacinas para mulheres em idade fértil e a criação de instrumentos de controle vetorial que permitam reduzir a população de mosquitos.

“O vírus Zika leva a uma infecção moderada e quase inofensiva na maioria dos pacientes”, recordou Marie-Paule Kieny, explicando que, por esse motivo, a produção de medicamentos para tratar a infecção “e menos prioritária nesta fase”.

“A necessidade mais premente é o desenvolvimento de instrumentos de diagnóstico e prevenção para preencher a atual lacuna na investigação e para proteger as mulheres grávidas e os seus bebês”, afirmou.

Zika pode estar ligado a lesões no cérebro de adultos

Aedes

Além de lesões no cérebro de bebês, o vírus zika pode estar provocando também problemas no cérebro de adultos. É o que desconfia um grupo de cientistas do Rio, que iniciou um projeto de pesquisa no começo da semana para investigar casos de encefalite (inflamação do cérebro) e de encefalomielite (inflamação também na medula espinhal) que vêm chegando aos hospitais do Estado em pacientes que também relataram sintomas de zika.

Os casos que estão sendo investigados chamam a atenção diante de uma revelação feita na semana passada, quando foi noticiado o sequenciamento do genoma do zika, de que o vírus tem proximidade genética com o vírus da encefalite japonesa. A d oença causa inflamação cerebral e sua transmissão envolve mosquitos do gênero Culex. O dado poderá ser útil para que os cientistas entendam melhor a biologia da zika.

O trabalho no Rio, coordenado por pesquisadores do Instituto D’or de Pesquisa e Ensino (Idor) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), visa a verificar se existe a relação entre o vírus e os problemas que estão sendo relatados. Para isso, é preciso antes de mais nada ter a confirmação da infecção, estabelecer a cronologia dos acontecimentos e investigar por imagens do cérebro o que de fato está acontecendo com essas pessoas.

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OMS orienta que mães não deixem de amamentar filhos por medo da zika

Baby Breast Feeding --- Image by © Corbis

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que as mulheres nos países afetados pelo vírus da zika devem amamentar seus bebês normalmente. Segundo a OMS, não há prova de que o vírus possa infectar as crianças por meio da amamentação. O zika é tratado como uma emergência global, por causa de sua possível ligação com o aumento de casos de microcefalia no Brasil. Além disso, o vírus se dissemina rapidamente pelas Américas.

Em orientação divulgada nesta quinta-feira, a OMS afirma que, ainda que o vírus zika tenha sido detectado no leite materno de duas mães que tinham a doença, não há relatos de que a enfermidade seja transmitida aos bebês por meio da amamentação.

A entidade afirmou ainda que não houve casos de bebês que tenham sofrido de problemas neurológicos graves ou qualquer dano cerebral por terem sido infectados com zika após o nascimento.

Margareth Chan visita Recife para falar do Zika Vírus na quarta

Margareth Chan

Nesta quarta-feira (24) no Recife a diretora geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margareth Chan, visita a capital pernambucana para acompanhar as ações de combate à epidemia do Zika vírus no Brasil.

Antes de vir ao Recife, a sanitarista terá um encontro com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, para discutir a coordenação dos pontos em comum dos esforços do Brasil e da OMS para enfrentar o problema.

Pernambuco entrou no roteiro de viagem da diretora da OMS por registrar o maior número de casos relacionados à doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Segundo dados do Ministério da Saúde, do dia 1 de janeiro até o dia 13 de fevereiro, foram notificados 2.720 casos de dengue, zika e chikungunya no Estado. No mesmo período do ano passado, as notificações chegaram a 2.865 casos.

Com informações do 247

Zika: diretora-geral da OMS visita o Brasil esta semana

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A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, visita o Brasil esta semana para acompanhar a epidemia do vírus Zika no país.  A previsão é que ela desembarque em Brasília na próxima terça-feira (23). Da capital, Margaret Chan deve ir ao Recife, já que o estado de Pernambuco registra o maior número de casos de microcefalia possivelmente associados à infecção pelo Zika (182 casos da malformação confirmados e 1.203 em investigação).

De acordo com o Ministério da Saúde, a visita da diretora-geral da OMS ocorre a convite do governo brasileiro. A agenda oficial de Margaret Chan no Brasil deve ser divulgada amanhã (22). No início do mês, a OMS declarou emergência em saúde pública de interesse internacional em razão do aumento de casos de infecção pelo Zika em diversos países e de uma possível relação da doença com quadros de malformação congênita e síndromes neurológicas.

O Ministério da Saúde investiga pelo menos 3.935 casos suspeitos de microcefalia possivelmente associada ao vírus. Até o dia 13 de fevereiro, 508 casos foram confirmados e 837 descartados de um total de 5.280 notificações de estados e municípios ao governo federal.

Desde a última quinta-feira (18), a notificação de casos suspeitos de infecção pelo Zika é obrigatória no Brasil. A portaria, publicada no Diário Oficial da União, prevê que todos os casos suspeitos deverão ser comunicados semanalmente às autoridades sanitárias. Margaret Chan foi eleita diretora-geral da entidade pela primeira vez em novembro de 2006. Em maio de 2012, a  sanitarista foi reconduzida para o mandato que vai até junho de 2017. Antes, ela já havia ocupado dois diferentes postos na OMS.

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