Temer reduz mulheres no alto escalão do governo ao nível de 15 anos atrás

Ao assumir a  Presidência e indicar seus ministros, no ano passado, Temer foi criticado pela ausência de mulheres e negros nos ministérios. (Foto: Internet)

A proporção de mulheres nos cargos mais altos de confiança no Executivo federal diminuiu após Michel Temer assumir a Presidência da República. Levantamento feito pela Folha com dados do Ministério do Planejamento aponta que o percentual de mulheres na elite do funcionalismo voltou ao patamar de 15 anos atrás, fim do governo Fernando Henrique Cardoso.

Nas funções de confiança com remuneração média de R$ 20 mil, as mulheres são apenas 22% —ou seja, não chegam a um quarto do total dessas vagas. Quando Fernando Henrique deixou o governo, no fim de 2002, a taxa era de 21,5%.

O cálculo considera parte dos cargos em comissão do grupo DAS (sigla para Direção e Assessoramento Superiores), que são divididos em níveis de 1 a 6 – quanto maior o nível, mais alto o salário do servidor.

Os patamares 5 e 6, considerados no levantamento, são as funções mais elevadas, atribuídas, por exemplo, a assessores especiais e secretários de ministérios. Se forem considerados também os níveis 1 a 4, que estão abaixo dos outros dois, a proporção de mulheres é, segundo os dados mais recentes, de 42,7% do total de cargos comissionados.

A inserção das funcionárias cai, contudo, nos níveis mais altos e com remunerações melhores -comportamento que também é verificado na iniciativa privada, segundo especialistas.

Vale lembrar ainda que, ao assumir a  Presidência e indicar seus ministros, no ano passado, Temer foi criticado pela ausência de mulheres e negros nos ministérios.

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