TSE rebate “erros” apontados por militares sobre eleições

(Foto: Lalo de Almeida/Folhapress)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se pronunciou nessa segunda-feira (09) sobre os questionamentos das Forças Armadas a respeito da segurança das urnas eletrônicas. Através de um documento oficial, o tribunal negou a existência de uma possível “sala secreta” para apuração dos votos populares.

Não existem salas secretas, tampouco a menor possibilidade de alteração de votos no percurso, dado que qualquer desvio numérico seria facilmente identificado, visto que não é possível alterar o resultado de uma somatória sem alterar as parcelas da soma“, enfatiza o tribunal no documento.

Questionada pelos militares sobre a centralização dos equipamentos em Brasília, o tribunal afirmou que isso “é parte de um processo histórico de evolução que não guarda correlação com as competências dos diversos níveis jurisdicionais no processo de totalização“.

As Forças Armadas tinham sugerido, ainda, um processo totalmente aleatório para a escolha das urnas a serem submetidas a teste de integridade. Atualmente, entidades fiscalizadoras, como os próprios partidos políticos, podem escolher uma seção eleitoral para passar pela inspeção.

O TSE afirma que a estratégia atual “permite que se mantenha um grau de aleatoriedade, pela eleição das seções pelas próprias entidades vocacionadas a fiscalizar o processo eleitoral“. Apesar disso, define que a sugestão “não é inviável” e pode vir a ser usada depois, mas a alteração deveria passar pelo crivo de entidades fiscalizadoras, “uma vez que implicaria na supressão de um direito que lhes foi reconhecido, em prol da efetividade e da transparência do processo eleitoral de 2022, já consolidado“.

Deixe um comentário