União Europeia pede que o Reino Unido acelere sua saída do bloco

Ao lado da mulher, Samantha, o premiê britânico, David Cameron, anuncia que vai renunciar após os britânicos decidirem romper com a União Europeia em referendo (Foto: UOL)

Ao lado da mulher, Samantha, o premiê britânico, David Cameron, anuncia que vai renunciar após os britânicos decidirem romper com a União Europeia em referendo (Foto: UOL)

A União Europeia (UE) defendeu nesta sexta-feira (24) a união, após a decisão dos britânicos de sair do bloco, mas pediu a Londres para que inicie “o quanto antes” o processo de ruptura, “sem pensar em quanto doloroso possa ser”.

“É um momento histórico, mas com certeza não é um momento para reações histéricas”, destacou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, em uma declaração em nome dos outros 27 Estados membros.

A votação dos britânicos “é um golpe contra a Europa e o processo de unificação”, declarou, por sua vez, a chanceler alemã Angela Merkel, que pediu para se evitar conclusões “rápidas e simplistas”.

Este não é o fim da União Europeia, afirmou em coletiva de imprensa, visivelmente afetado, o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, europeísta convicto e veterano de Luxemburgo que resgatou a zona do euro em plena crise financeira.

Juncker leu uma declaração conjunta assinada por Tusk, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, e o primeiro-ministro holandês Mark Rutte, cujo país ocupa a presidência rotativa da UE.

“Estamos prontos para iniciar as negociações rapidamente com o Reino Unido”, escreveu Juncker, Tusk, Schulz e Rutte.

Os tratados europeus estabelecem que o processo de saída pode começar assim que o Estado-membro anuncie aos outros países da UE o seu desejo.

Em Bruxelas, a questão será discutida na próxima semana, nos dias 28 e 29, em uma cúpula. Antes, no sábado, os ministros das Relações Exteriores dos países fundadores da União, Alemanha, França, Itália, Bélgica, Luxemburgo e Holanda, vão se reunir em Berlim.

Com informações da UOL

Deixe um comentário