Único representante do PT na Casa Plínio Amorim, Gilmar Santos comenta decisão de Moro sobre delação de Palocci

(Foto: Blog Waldiney Passos)

Sérgio Moro, juiz federal encarregado pela Operação Lava Jato retirou na segunda-feira (1º) o sigilo da delação premiada de Antonio Palocci. ex-ministro dos governo Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef, ambos do PT, e afirmou que a dupla sabia do esquema de corrupção existente na Petrobras.

A retirada do sigilo repercutiu nacionalmente, já que a decisão de Moro foi tomada na semana das eleições. Na visão do vereador Gilmar Santos (PT), que hoje é o único representante do partido na Casa Plínio Amorim, a ação de Moro demonstra partidarismo.

“Essa decisão do juiz Moro é mais uma reafirmação do quanto as decisões do juiz é partidária e política, é orientada por uma intencionalidade de prejudicar o Partido dos Trabalhadores. Uma perseguição que já está bastante consolidada em relação ao presidente Lula e uma delação que por sinal havia sido rejeitada pelo Ministério Público”, afirmou Gilmar após a sessão de hoje (2).

Ainda segundo o edil, a situação brasileira é delicada porque os poderes estão envolvidos politicamente nas decisões. “Esse momento que nós estamos vivendo é bastante difícil para a democracia, porque nós temos a influência do poder Judiciário articulado com a grande mídia para impedir o projeto do Partido dos Trabalhadores”, pontuou.

A delação

Palocci disse a Moro ter sido contratado pela sigla com a função de administrar verbas ilegais da Petrobras e que tanto Lula, quanto Dilma sabiam do esquema de indicações para gerenciar a estatal. Ele também revelou gastos nas campanhas de 2010 e 2014 à Presidência da República, cujo montante chegou a R$ 1,4 bilhão.

Os advogados de defesa de Lula rebateram a fala de Palocci. Atual presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann usou as redes sociais para criticar Sérgio Moro, alegando em tom de ironia que o juiz “não podia deixar de participar do processo eleitoral”.

Mesmo com a manobra, o vereador Gilmar Santos acredita que a resposta dos brasileiros será dada nas urnas. “A gente entende que o povo não é bobo e a resposta será dada positivamente no dia 7 de outubro”, finalizou.

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