Vacina anti-HIV tem bons resultados e permite testes em larga escala

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Cerca de 2,5 milhões de pessoas ainda são infectadas todos os anos no mundo com o HIV. (Foto: Ilustração)

Resultados promissores de uma vacina contra o vírus da imunodeficiência humana adquirida (HIV), apresentados na terça-feira na 21ª conferência internacional sobre a Aids, permitirão realizar um estudo em grande escala a partir deste ano, anunciaram pesquisadores.

Cerca de 2,5 milhões de pessoas ainda são infectadas todos os anos no mundo com o HIV, o vírus que causa a Aids, um número que permaneceu relativamente constante na última década, segundo um estudo publicado na terça-feira na revista médica The Lancet.

Um total de 252 pessoas participaram durante 18 meses de um ensaio, chamado HVTN100, na África do Sul.

Todos os participantes tinham um risco muito baixo de contrair o HIV. O objetivo desta fase do teste era garantir que a vacina era segura.

O sistema imunológico reagiu bem à vacina. “Queríamos determinar se esta vacuna era segura (…) e suportável” para os pacientes, explicou à AFP Kathy Mngadi, pesquisadora do projeto, na conferência que está sendo realizada em Durban, na África do Sul.

O ensaio se baseou em resultados significativos de 2009 de uma vacina experimental que reduziu em um terço os riscos de contaminação do vírus da Aids na Tailândia.

Essa vacina experimental “nos deu esperança, mas também revelou tudo que ainda tínhamos que aprender”, afirmou a codiretora do ensaio HVTN100, Fatima Laher.

Para a segunda fase do ensaio, que será iniciada em novembro, os cientistas vão recrutar 5.400 homens e mulheres sul-africanos de alto risco, de entre 18 e 25 anos. Desta vez, será medida a eficácia da vacina.

“Esperamos ter resultados dentro de cinco anos”, disse Glenda Gray, diretora do programa HVTN Africa.

Na última conferência internacional sobre a Aids, realizada em Durban em 2000, as vacinas quase não foram mencionadas, lembrou Larry Corey, da Rede de ensaios de vacinas contra o HIV. “É muito gratificante ver os progressos científicos”, afirmou.

Fonte IstoÉ

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