Filha de paciente relata falta de medicamento para hanseníase; Secretaria esclarece situação

(Foto: Ilustração)

Segundo uma leitora do Blog, está faltando medicamento para o tratamento da hanseníase em Petrolina. Ela é filha de um paciente, cujo acompanhamento é feito na Unidade Básica de Saúde (UBS), do bairro Areia Branca. “Meu pai tem hanseníase, o ciclo sempre está sendo interrompido por falta de medicamento e está piorando o caso dele. Os medicamentos não vende e automaticamente não se pode comprar“, explica a paciente.

Em nota, a Secretaria de Saúde esclareceu a situação. Os medicamentos da hanseníase não fazem parte da Atenção Básica, portanto não são comprados pela gestão municipal e sim pelo Governo Federal. A falta do remédio é ocasionado por culpa do laboratório na Índia.

“Esses remédios são distribuídos de graça pelo Ministério da Saúde aos estados que, por sua vez, repassam aos municípios. A Secretaria Municipal de Saúde deixou de receber, desde o mês de abril, o medicamento PQT MB A, que é produzido por um laboratório na Índia. Além do medicamento PQT MB A, também está em falta a Clofazimina 50 mg, que é distribuída pelo mesmo laboratório”, explica a Prefeitura.

Ainda segundo a nota, os demais medicamentos “para a hanseníase, no tratamento de crianças ou a forma paucibacilar (estágio inicial da doença) estão sendo fornecidos normalmente. O município já solicitou previsão do estado de Pernambuco para o recebimento regular o PQT MB A, mas ainda não obtivemos resposta de um prazo”.

Mãe denuncia falta de medicamento fornecido pelo Governo de PE; SES afirma que já comprou remédio

Medicamento está em falta desde novembro passado, afirma mãe (Foto: Reprodução/WhatsApp)

Uma mãe de Petrolina está preocupada com a saúde do seu filho. O garoto de seis anos, cuja identidade será mantida em sigilo, tem fibrose cística e faz uso do medicamento Creon Pancreatina. O remédio está em falta no Estado desde novembro passado, interrompendo o tratamento dos pacientes  – em sua maioria crianças – em Pernambuco.

“A gente está esperando esse remédio desde novembro, tem uma associação em Recife que entrou na Justiça e ficou de comprar até dezembro. O que aconteceu é que o Governo [de Pernambuco] resolveu prolongar o prazo [para compra] e a gente não pode esperar mais. Já arrumei confusão com a Farmácia do Estado aqui, mas não é com eles. É o SUS que não está comprando esse medicamento“, afirmou a mãe.

A fibrose cística é uma doença genética, crônica, que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo, afetando principalmente as crianças. Sem previsão de quando a Secretaria Estadual de Saúde (SES) fará aquisição do medicamento, a mãe pediu ajuda ao Blog Waldiney Passos.

Fornecedor está com problemas na aquisição de insumo

Procurada pelo Blog, a SES afirmou em nota que “já realizou a compra da Pancreatina (nome comercial Creon) para beneficiar os pacientes com fibrose cística”. Contudo, o fornecedor está com problemas e isso motivou o atraso na produção do medicamento utilizado no tratamento da fibrose cística.

Confira a seguir a resposta do Governo de Pernambuco:

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Pacientes denunciam falta de medicamentos no Hospital Dom Tomás

Hospital Dom Tomás atende pacientes de Petrolina e da rede PEBA (Foto: Blog Waldiney Passos)

O Hospital Dom Tomás (HDT) é referência no interior de Pernambuco, mas apesar da sua importância a nível local os pacientes em tratamento na unidade estão passando por dificuldades. O Blog Waldiney Passos recebeu denúncias a respeito da falta de medicação de quimioterapia.

De acordo com os denunciantes – familiares de pacientes em tratamento no HDT – o hospital não estaria recebendo medicação suficiente. “Tá faltando medicamento de quimioterapia, tem pouca gente fazendo o tratamento porque está faltando esse medicamento. Várias pessoas estão voltando pra casa sem receber o tratamento. Um funcionário inclusive chegou a confirmar que estava faltando”, relatou a familiar de uma paciente ao Blog.

Em falta

Uma parte dessa medicação seria fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a outra parte, adquirida com recurso das doações recebidas pela Associação Petrolinense de Amparo à Maternidade e à Infância (APAMI). Os remédios em falta seriam o Tamoxifeno, comprimido entregue a pacientes em pós-quimioterapia e o Taxol, utilizado na quimioterapia injetado na veia do paciente.

Outro lado

Nossa produção tentou desde ontem (31) contato com a coordenação do Hospital para saber o que estaria ocasionando os problemas citados na matéria. Contudo, não conseguimos conversar com ninguém da unidade, apesar de agendarmos dois horários para entrevista via telefone na quinta-feira e hoje (1º).

Também procuramos a secretaria Estadual de Saúde (SES) durante essa sexta-feira. A pasta afirmou estar apurando a situação e em breve se pronunciará oficialmente. Reiteramos que o Blog permanece aberto aos esclarecimentos.