Brasil é campeão no Mundial de Robótica em Houston

O Brasil conquistou o primeiro e o segundo lugar na modalidade de 9 a 16 anos e levou mais sete prêmios técnicos, em todas as categorias, no Mundial de Robótica que começou quarta-feira (17) e terminou neste sábado (20) em Houston, nos Estados Unidos.

O Mundial de Robótica da FIRST ocorre anualmente e reúne 15 mil estudantes de 6 a 19 anos de 50 países. Neste ano, o Brasil teve a maior delegação desde que o primeiro time brasileiro disputou o torneio, em 2000. Foram 144 alunos de escolas públicas e privadas de dez estados.

Os oito integrantes da Los Atômicos, de Araras (SP), garantiram o primeiro lugar na categoria de 9 a 16 anos. “Sem dúvida, essa foi uma experiência única e um sentimento inesquecível. Só temos a agradecer a todas as pessoas que nos ajudaram. É muito gratificante estar aqui e poder ser o campeão do World Festival”, comemorou Ana Clara Simionatto.

Outro time brasileiro que competia na mesma modalidade, a Pardoboots, de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), garantiu não só o segundo lugar, como também o prêmio de técnico/mentor. Os sete competidores e a técnica Monica Marques celebraram o título de Champion´s Award Finalist, que reconhece o sucesso da equipe em todos os critérios de avaliação.

“O prêmio representa a equipe inspiradora que foi bem em todas as áreas, então é o prêmio mais importante da competição. Estamos muito felizes!”, afirmou Otavio Andrade. Os brasileiros levaram mais seis prêmios técnicos: projeto de inovação, time estreante, espírito de equipe, inspiração, controle do robô e apresentação do pôster.

Agência Brasil

Nova espécie de dinossauro que viveu na Bahia é identificada

Cientistas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro identificaram uma nova espécie de dinossauro que viveu no Recôncavo Baiano. O trabalho também revelou os primeiros ossos de dinossauros descobertos na América do Sul, segundo a instituição.

O espécime foi batizado como Tietasaura derbyiana, em homenagem ao romance Tieta do Agreste, do escritor Jorge Amado, e ao geólogo e naturalista Orville A. Derby, fundador do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil e um dos pioneiros da paleontologia brasileira.

“No caso da obra Tieta, ela sai da cidade dela, some um tempo e depois volta trazendo um furdunço pra cidade onde ela nasceu. E esses materiais, numa alusão à história, fizeram a mesma coisa. São levados do Brasil há muito tempo e agora retornam com essas novas informações científicas e essa nova espécie de ornitísquia para o país”, explica uma das pesquisadoras do estudo da Uerj, a paleontóloga Kamila Bandeira, sobre a escolha do nome.

A Tietasaura é a primeira espécie no Brasil de um dinossauro do grupo dos ornitísquios, de alimentação herbívora, caracterizados pelo focinho em forma de bico e pela estrutura da pélvis semelhante à das aves. Além disso, se nota a tendência da região em abrigar esses animais.

“A Tietasaura foi descrita com outros materiais de dinossauros na mesma pesquisa. Esses materiais são os mais antigos coletados na América do Sul. Hoje em dia temos uma diversidade muito alta de espécies na Argentina, no Brasil também. Mas os primeiros dinossauros da região foram coletados na Bahia”, destaca a paleontóloga.

A equipe de paleontólogos, coordenada pelas pesquisadoras Kamila Bandeira e Valéria Gallo, ambas do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes, da Uerj, analisou fósseis coletados entre 1859 e 1906 na Bacia do Recôncavo, no leste da Bahia. Esses materiais eram considerados perdidos, mas foram encontrados recentemente no Museu de História Natural de Londres. Ainda não há previsão de retorno desses fósseis para o Brasil.

Agência Brasil

Inspira Ciência abre inscrição gratuita para professores de todo país

O Museu do Amanhã abre na próxima segunda-feira (8) inscrições para a oitava edição do programa de formação gratuito Inspira Ciência, voltado para professores da educação básica de todo o país. Ele oferece oportunidade de atualização em ciências, abrangendo temas ligados à astronomia, geologia, paleontologia, biologia e ecologia.

“A gente tenta sair um pouco dessa ciência meio dura, como é dada em sala de aula, e trazer outros elementos para que os professores se atualizem e incorporem esses outros elementos e conceitos nas aulas deles”, informou à Agência Brasil a gerente de Desenvolvimento Científico do Museu do Amanhã, Nina Pougy. Ao todo, 900 professores já foram formados pelo programa que oferece, nesta oitava edição, 200 vagas.

As inscrições poderão ser feitas neste link até 12 de maio. Os resultados serão divulgados em 17 de maio.

As três primeiras edições do Inspira Ciência (uma em 2018 e duas em 2019) foram presenciais. A partir de 2020, com a pandemia da covid-19, o programa se tornou online.

A avaliação da mudança foi positiva, disse Nina Pougy. “Porque a gente hoje consegue contemplar professores de todo o Brasil. Na edição do ano passado, tivemos professores de 24 estados e de mais de 90 municípios. Ficou muito rico esse processo, a formação sendo online, com professores de muitos estados e municípios, com experiências diferentes”. Participam professores das redes municipal e estadual de ensino.

A busca pelo programa é muito grande. No total, foram mais de 5,4 mil professores inscritos. Desses, foram selecionados 1,5 mil, sendo que mais de 900 concluíram o curso. Há aulas expositivas e práticas, trabalhando-se métodos de ensino por investigação. Há aulas mais práticas também de ferramentas tecnológicas que possam ser usadas em sala de aula.

Rede
Além de atualizar os docentes, outro objetivo do projeto é formar uma rede entre professores de todo o Brasil. “A gente sempre cria um grupo de whatsapp – há grupos ativos desde a primeira edição, em 2018, e esses professores compartilham informações, cursos e eventos. A gente valoriza muito esse espaço e essa criação de rede entre os professores, entendendo que muitos deles dividem os mesmos desafios, uma realidade semelhante e a gente consegue aproximar, para que eles tenham esse canal também de comunicação que dura para além desse momento da formação”, acentuou Nina.

Para serem selecionados, os professores devem estar vinculados a alguma escola. A seleção é feita com base em critérios de abrangência territorial, de modo a ter professores de todos os estados. Cinquenta por cento das vagas são oferecidas a professores negros (pretos e pardos), indígenas e quilombolas.

Como o Museu do Amanhã não consegue contemplar todos os interessados, foi produzido um conteúdo gravado (videoaulas) que ficará disponível na plataforma da empresa IBM, patrocinadora do projeto.

Com parceria firmada também com o Canal Futura, no segundo semestre será disponibilizado na plataforma educacional do Futura um conteúdo mais introdutório, visando ampliar o alcance das aulas e dos temas trabalhados pelo Inspira Ciência. O programa é realizado em parceria com o British Council.

Encontros
Em 2024, os professores selecionados participarão de cinco encontros virtuais nos dias 8, 15 e 29 de junho e 6 e 13 de julho. A cada dia, palestrantes convidados falarão sobre temas fundamentais em ciência, componentes da abordagem do ensino por investigação, e ainda haverá tempo dedicado para interação entre os participantes, com o foco na troca de experiências entre eles. No final, haverá uma televisita à exposição de longa duração do Museu do Amanhã, relacionando com todo o conteúdo exposto e discutido, finalizou Nina.

O Museu do Amanhã é um equipamento da prefeitura do Rio de Janeiro, gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG).

Agência Brasil

Robô explorador da Nasa encontra matéria orgânica em Marte

O robô explorador da Nasa encontrou matéria orgânica em Marte. O achado foi publicado na revista científica “Nature”, nessa quarta-feira (12).  O material foi localizado pelo robô Perseverance, lançado pela empresa em 2020, com o objetivo se buscar vestígios de vida em Marte, e que pousou no ponto investigado em 2021.A matéria orgânica foi achada na Cratera Jezero, que foi um lago há bilhões de anos, é o que sugere o “Sherloc”, instrumento capaz de mapear e analisar minerais de moléculas orgânicas.

A hipótese se baseia na interação entre água e rocha, depósitos de poeira interplanetária e possível colisão de meteoros. As buscam pretendem entender a formação e evolução do planeta, além de seus processos geológicos ao longo do tempo e possibilidade de vida.

Portal Folha de Pernambuco

 

Pesquisa desenvolve curativos biológicos à base de placenta

Pesquisadores do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), do Ministério da Saúde, estão desenvolvendo pesquisa para implementar no país o uso de curativos biológicos feitos com um tecido da placenta que, normalmente, é descartado após o nascimento dos bebês.

O Into estuda, desde novembro de 2021, a captação e o preparo da membrana amniótica para a produção de curativos que podem agilizar a cicatrização de ferimentos graves. Em entrevista à Agência Brasil, a cirurgiã plástica e responsável técnica pelo Banco de Pele do Instituto, Sandra Baião, informou que, no momento, a pesquisa se encontra na fase de testes.

Ao todo, foram coletadas 20 placentas, resultantes de parceria com a Maternidade Carmela Dutra, unidade da rede municipal de saúde do Rio de Janeiro. Em média, cada placenta resulta em seis curativos. “A gente já fez a coleta de algumas placentas e fizemos todo o trabalho de preparo dessas placentas, para avaliar o resultado. São feitos alguns testes em relação à segurança para utilização desse material”, explicou.

O projeto prevê uma segunda fase, quando os curativos começarão a ser utilizados nos pacientes do Into. Para tanto, será coletada uma nova leva de placentas na maternidade parceira.

“Nesse momento, a gente ainda não iniciou essa utilização. Estamos ainda na primeira fase de avaliação do curativo biológico à base de placenta, em relação à qualidade e à segurança biológica, para depois utilizá-lo em pacientes”, disse Sandra Baião. Ela estima que a segunda etapa deverá ser iniciada ainda este ano.

Regulamentação

Embora o uso da membrana amniótica no tratamento de alguns tipos de ferimentos já seja realizado em países como os Estados Unidos, a Alemanha e a França, o projeto ainda se acha em processo de regulamentação no Brasil. “Ainda não é regulamentando como tratamento no Brasil. Ainda é experimental e está em vias de regulamentação”, disse a pesquisadora.

A médica acredita que a pesquisa do Into pode contribuir para acelerar esse processo. “Embora a gente tenha referências internacionais, queremos avaliar a aplicabilidade disso na nossa população, no caso, no perfil específico de brasileiros com feridas de difícil cicatrização. A gente acredita que isso vai contribuir bastante para agilizar o processo de regulamentação”.

Sandra Baião alertou, porém, que não é qualquer ferida que poderá receber curativo à base de placenta. Trata-se de ferimentos específicos, que tenham algumas características que dificultem a cicatrização. Nesses casos, o uso da membrana amniótica pode ajudar a acelerar esse processo e, com isso, diminuir, muitas vezes, o tempo de hospitalização do paciente, o tempo de reabilitação, para que ele possa voltar às suas atividades que tinha antes de sofrer o ferimento.

Captação

Para captar as placentas, a equipe do Banco Multitecidos do Into vai à maternidade, se apresenta às mães e explica em que consiste o estudo, a fim de obter autorização para realizar o procedimento.

Sandra Baião disse que a coleta não interfere em nada no andamento do parto. “A gente espera o nascimento do bebê. Quando a placenta é retirada pelo obstetra, em vez dela ser dispensada, é feita a coleta de forma estéril e levada para o Into”.

No Banco de Multitecidos do instituto, faz-se o preparo da placenta para transformar a parte da membrana amniótica em curativos biológicos. Ao final de cinco dias, o tecido recebe um formato retangular e é armazenado em embalagens que vão para refrigeração, possibilitando a conservação do curativo.

A médica responsável pela pesquisa esclareceu que a membrana amniótica retirada da placenta é transparente, diferente da pele do peixe tilápia, por exemplo, que é usada em queimaduras. “A membrana amniótica, uma vez retirada do restante da placenta, é completamente transparente. Ela tem aspecto diferente e propriedades também diversas da pele da tilápia, em relação à cicatrização”.

Estudo

Em paralelo à pesquisa do Into, há a programação de um estudo multicêntrico maior, que vai envolver outros bancos de tecidos, no caso, bancos de pele, mas que depende da regulamentação para ser iniciado. Esse estudo envolverá, além do Banco de Multitecidos do Into, os bancos de pele da Santa Casa de Porto Alegre; do Hospital Universitário Evangélico, de Curitiba; e do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo (USP), que também trabalham com membrana amniótica.

O objetivo é utilizar a membrana em áreas onde há a retirada de pele para enxerto, como as coxas, e em pacientes que sofreram queimaduras.

Fonte – Agência Brasil

Ciência aponta caminhos para redes de ensino começarem a combater perdas de aprendizagem da pandemia

A ciência que criou a vacina para a Covid-19 também pode indicar os caminhos para recuperar os estragos que a pandemia causou na educação — já a partir do ano letivo de 2022, início de uma longa caminhada para retomar níveis de aprendizagem perdidos. Na avaliação de pesquisadores educacionais, não há geração perdida com práticas guiadas por evidências científicas.

“No mundo inteiro já há pesquisadores e métodos estabelecidos para garantir a aprendizagem. É um campo bastante confiável”, analisa Guilherme Hirata, pesquisador da consultoria IDados.

Nesta semana, 23 redes de ensino (11 estados e 12 capitais) vão recomeçar as aulas. Dessas, 19 decidiram reabrir com encontros presenciais e todos os estudantes. Entre elas, estão as municipais de São Paulo e do Rio, além da estadual da Bahia e do Rio.

O ano letivo de 2022 é estratégico por ser o primeiro em que as redes voltarão com aulas 100% presenciais após dois anos atuando majoritariamente nos sistemas remoto ou híbrido (parte das aulas em casa, parte na escola), apesar da recente onda de casos e mortes que voltaram a passar de mil num único dia. Para mensurar esse problema, é possível apontar que, de acordo com pesquisadores da Universidade do Missouri e da Universidade do Tennessee, nos EUA, a cada três meses sem estudar, uma criança regride o que aprendeu em 30 dias de aulas.

O pesquisador do Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) João Marcelo Borges considera que as perdas desse período são profundas, é preciso tempo e trabalho focado, mas não se podem tachar essas crianças como uma geração perdida.

“Não vejo os índices educacionais voltando aos níveis pré-pandemia na educação básica antes de um período de cinco anos. Um estudo do Unicef e do Banco Mundial estima que só para retomar os níveis de crianças que vivem fora da linha de pobreza, levará de sete a oito anos. Acredito que na educação será semelhante, já que a situação socioeconômica interfere”, avalia.

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Ele cita, no entanto, caminhos para o começo dessa recuperação. Um estudo de pesquisadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento, com alunos do 3º ano do ensino fundamental de Manizales, na Colômbia, mostra que medidas que não requerem altos investimentos já garantem uma melhor aprendizagem.

Uma delas é colocar mentores especializados em sala de aula para dar reforço de leitura e alfabetização aos alunos três vezes por semana, durante 40 minutos. Com isso, o entendimento da língua melhorou em 20%. O experimento foi desenvolvido em 90 escolas públicas e reuniu mais de 2 mil crianças. Apesar de ser eficiente, caso o Brasil resolvesse adotar o procedimento, precisaria de adaptações, avalia Borges.

“A metodologia é muito eficiente pois usa o horário da escola para realizar atividades complementares, dando a oportunidade de todos os alunos participarem, e não sobrecarrega o professor. No Brasil, alguns colégios aplicam esse modelo, mas é preciso expandi-lo em escala maior”, diz.

A ciência aponta também que métodos modernos, como jogos na escola, e tradicionais, como deveres de casa, podem ser instrumentalizados de forma eficiente para que contribuam na recuperação geral.

Pesquisador da Universidade de Nova York e especialista em inovações educacionais, Américo Amorim apontou que os jogos de aprendizagem e brincadeiras podem estimular a leitura e a escrita precoces para crianças do jardim de infância de baixa renda.

De acordo com o cientista, alunos que usaram os jogos avançaram 3,6 vezes mais em leitura e 2,7 vezes mais em escrita do que crianças que não os utilizaram. O experimento foi feito com 351 alunos de 12 escolas públicas da Região Metropolitana de Recife em um período de apenas quatro meses. Atualmente, a metodologia se expandiu para mais de duas mil escolas infantis municipais.

“A gamificação não envolve apenas elementos eletrônicos. Contagem com objetos físicos, ensinar de forma divertida a separar e juntar sílabas, tudo isso faz diferença no aprendizado baseados em evidências. O desafio será unir forças entre Ministério da Educação, estados e municípios para criar metodologias que atendam as necessidades de cada grupo escolar”, defende.

Já Hirata cita um estudo de uma dupla de pesquisadores da Max Planck Institute for Human Development, na Alemanha, que fornece fortes argumentos de que deveres de casa interessantes e bem selecionados fazem com que os estudantes se esforcem mais para realizar a lição e acabam se tornando um instrumento eficaz para o aprendizado.

“Há evidências de estudos que mostram que um dever de casa bem feito, estruturado, que converse com a sala de aula, ajuda o desenvolvimento do aluno a recuperar aprendizagem. Talvez seja necessário algo intensivo para os alunos com mais dificuldades”, diz.

Folha PE

 Respirador mecânico 37 vezes mais barato fabricado pela Universidade Federal da Paraíba tem licença para produção

Um respirador pulmonar criado em 48 horas pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) teve a licença liberada para produção por empresas. O valor de custo dele é de R$ 400, ou seja, 37 vezes mais barato do que o disponível no mercado.

As empresas precisam ter autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para produzir o aparelho, que precisará passar por testes pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Mas as tramitações burocráticas e os testes poderão ser acelerados devido à urgência, com o aumento de casos de Covid-19 no país.

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Cientistas brasileiros testam medicamento que reduz carga viral do coronavírus em 94%

Pesquisadores do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) descobriram em testes laboratoriais que um medicamento reduz em até 94% a carga viral do novo coronavírus. O anúncio foi feito pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, nesta quarta-feira (15).

Os pesquisadores analisaram mais de 2 mil medicamentos e selecionaram seis que tiveram potencial de reduzir a reprodução do vírus. Esses fármacos foram submetidos a testes com células infectadas por coronavírus em testes de laboratório. Segundo os cientistas, um deles reduziu a carga viral em 94%.

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Consórcio Nordeste cria Comitê Científico para enfrentamento ao covid-19

Consórcio une forças para combater coronavírus (Foto: Heudes Regis/SEI)

Os governadores do Nordeste que integram o Consórcio local, anunciaram na segunda-feira (30) a criação do Comitê Científico. O objetivo é auxiliar os gestores na tomada de decisão no enfrentamento ao novo coronavírus. A primeira reunião do Comitê está marcado para hoje (31).

“É uma guerra. Precisamos de apoio científico para vencê-la”, afirmou o governador Rui Costa (PT), presidente do Consórcio. Entre os convidados a integrar o Comitê Científico do Consórcio Nordeste estão (31) o cientista Miguel Nicolelis e o físico e ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.

A comissão fará reuniões periódicas com autoridades científicas brasileiras e de outros países, a exemplo da Itália, da Alemanha e da China, países afetados pelo covid-19. Outra função do Comitê é a emissão de boletins com todos os números da região relativos à doença e divulgará orientações baseadas nas pesquisas realizadas pelo grupo.

Embrapa desenvolve sensor que avalia grau de maturação de frutas

(Foto: Divulgação/Embrapa)

Pesquisadores da Embrapa Instrumentação desenvolveram um sensor de baixo custo para monitorar o grau de maturação de frutas. O dispositivo é chamado de Yva (fruta, em tupi guarani) e será apresentado publicamente, pela primeira vez, na Anufood Brazil, feira internacional do setor de alimentos e bebidas. O evento será realizado a partir da próxima segunda-feira (9), em São Paulo.

Utilizando recursos de nanotecnologia e inteligência artificial, o Yva detecta a liberação do gás etileno, hormônio responsável pelo amadurecimento de frutos climatéricos, como são denominados aqueles que amadurecem após a colheita. O sensor é classificado de colorimétrico, pois realiza a aferição com base em cores, que variam do roxo para o marrom. Cada uma das tonalidades corresponde a um estágio de maturação do fruto.

Para avaliar a efetividade do Yva, os pesquisadores fizeram testes com manga, mamão e banana, mas afirmam que a tecnologia pode ser aplicada a outros frutos climatéricos, como pêssego, caqui, ameixa e maracujá, também muito presentes na mesa do brasileiro.

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Coronavírus: cientistas britânicos começam a testar vacina em ratos

(Foto: Divulgação/ Josué Damasceno/ IOC/Fiocruz)

Uma equipe de pesquisadores britânicos anunciou hoje (11) que está testando em ratos uma vacina contra o novo coronavírus e espera concluir a experiência até o fim do ano.

“Acabamos de injetar em ratos a vacina que criamos a partir de bactérias e esperamos, nas próximas semanas, determinar a reação nos ratos, no seu sangue, a sua resposta em termos de anticorpos contra o coronavírus”, disse um dos pesquisadores à agência France-Presse (AFP).

A equipe do Imperial College, em Londres, acredita estar entre as primeiras a avançar com ensaios clínicos em animais, no momento em que a comunidade científica está empenhada em encontrar uma vacina eficaz, já que as atuais não protegem contra o novo coronavírus.

O desenvolvimento de uma nova vacina é um processo demorado, que pode se prolongar por vários anos até que se prove que ela é segura e eficaz. Em declarações à AFP, Paul McKay afirmou que sua equipe espera ser a primeira a fazer ensaios clínicos em humanos e a disponibilizar a vacina contra a nova epidemia. As pesquisas partiram do trabalho desenvolvido para o coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda (SARS, na sigla em iglês).

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Domingo é dia de Superlua; saiba os detalhes do fenômeno astronômico

(Foto: ABR)

A Lua será a grande estrela no céu neste domingo (9). Nosso único satélite natural estará em seu ponto mais próximo da Terra e em sua fase mais luminosa: a da Lua cheia. A essa coincidência, os astrônomos dão o nome de Superlua.

A distância média entre a Lua e a Terra é de cerca de 384 mil quilômetros (km). No entanto, por se tratar de uma órbita oval, essa distância pode variar de 400 mil km, quando mais distante, até cerca de 360 mil km, nos períodos de maior proximidade.

“A Superlua é um evento decorrente da coincidência de dois fatos astronômicos. O primeiro é que a Lua não gira em torno da Terra em formato de circunferência, mas em uma órbita um pouquinho achatada. Então, ela tem de estar no ponto mais próximo da Terra, que chamamos de perigeu e, ao mesmo tempo, na fase cheia”, explica o coordenador do projeto Astro&Física do Instituto Federal de Santa Catarina e doutor em física pela Universidade Federal de Santa Catarina, professor Marcelo Schappo.

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Ômega-3 reduz morte de neurônios pelo vírus Zika, diz pesquisa da Universidade de Brasília

(Foto: Ilustração)

Testes clínicos realizados no Laboratório de Imunologia e Inflamação (Limi) da Universidade de Brasília (UnB) indicam que o ômega-3 – um ácido graxo normalmente encontrado em peixes que reduz o colesterol ruim no organismo – combate a inflamação dos neurônios causada pelo vírus Zika. A substância também auxilia na redução da carga viral nas células do sistema nervoso humano.

O vírus Zika acarreta em complicações neurológicas, como encefalites, síndrome de Guillain Barré e microcefalia. Com a infecção do vírus Zika, as mitocôndrias das células nervosas, que capturam energia e funcionam como uma espécie de “pulmão celular”, são atacadas e sofrem estresse oxidante. O desfecho é a morte dos neurônios.

“Quando o Zika infecta um neurônio, ele faz com que esse neurônio produza série de moléculas inflamatórias, citotóxicas e radicais livres que vão causar dano ao DNA”, descreve a coordenadora do Limi/UnB e professora do Depastamento de Biologia Celular, Kelly Magalhães.

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Bagaço de cana pode substituir petróleo na fabricação de plásticos, aponta pesquisa da USP

(Foto: A Tarde/Reprodução)

A Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu um composto derivado do bagaço de cana que pode substituir o petróleo na fabricação de plásticos. A pesquisa é do professor do Instituto de Química de São Carlos Antonio Burtoloso. “A gente construiu uma molécula interessante, que é um poliol, que são muito utilizados para fazer alguns tipos de plásticos”, explicou o pesquisador.

A substância é, segundo Burtoloso, semelhante a usada para elaborar plásticos como os usados em painel de carro ou alguns tipos de espuma dura. Para testar as possibilidades de uso prático, no entanto, o pesquisador está buscando parcerias com a indústria. “É um trabalho que está bem no início, eu estou tentando firmar parcerias para a construção desse tipo de material”, disse.

O trabalho busca alternativas ao petróleo na fabricação desse tipo de material. “Ao invés da gente construir moléculas de fontes de carbono, que não são renováveis, como é o caso hoje em dia, em que quase 100% vem do petróleo, o que agente fez foi usar outra fonte de carbono, que é a biomassa”, resume sobre os objetivos da pesquisa. Os resultados foram publicados na revista científica britânica Green Chemistry.

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Brasil recebe primeiro mestrado em estudos clínicos sobre diabetes

(Foto: Ilustração)

Este ano, será implementado no Brasil, o primeiro mestrado voltado para estudos clínicos relacionados ao diabetes. O campus de estudo será no Hospital Universitário João de Barros Barreto, pertencente à Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém (PA). A estrutura da unidade ficará disponível para o exercício de práticas ambulatoriais para os novos pós-graduados. As inscrições iniciaram nessa quinta-feira (2) e seguem até o dia 5 de fevereiro.

Ao todo, serão 20 vagas para profissionais da área da saúde, quatro dessas estão reservadas para o Programa de Apoio à Qualificação dos Servidores Docentes e Técnico-Administrativos da Universidade Federal do Pará (PADT-UFPA).

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